sexta-feira, outubro 22, 2004

Reavivar memórias
A convocação para o XIX já chegou.
Penso que lá estarei e que vou aproveitar para alguma inspiração. Isto apesar de eles não me ligarem nenhuma e de permitirem a destruição do espaço que vão venerar. A memória dos que já partiram a tanto me obriga. A parte final da convocação também:"Gostamos muito de te ver".
Vou aproveitar para tirar umas fotografias durante a celebração e publicá-las neste local.
Continua a configuração do tunel
Já tínhamos o do Marquês.
Repentinamente, o do Rossio juntou-se ao lote dos despovoados.
Ontem, Mexia anunciou a eventualidade de mais um entre Algés e Trafaria.
E já se fala no nuclear...
Esta gente só quer a sesta para eles.
Para o povo deixam o pesadelo...
Dear Cohen

Este fim de semana gostaria de adquirir e apreciar isto que, antecipadamente, para mim já é uma obra prima.
É um exagero, bem sei, mas perfeitamente compreensível para quem foi submetido aos disparates governamentais e camarários no grau em que temos sido ultimamente.
A magnífica arte de Leonard Cohen far-nos-á, com certeza, recuperar a moral e sublimar a irritação que nos provocaram.
O Fantasma da Câmara
É sempre com agrado que vejo aquela coluna do lado esquerdo da página inicial do Ourém e seu Concelho. Mas desta vez não fiquei totalmente satisfeito. Vejamos...
Diz-se que o nosso venerado presidente vai dando cavadelas com a enxada para daí extrair votos. Que não gostaria que alguém acabe a sua obra, já que a começou.
Possivelmente, esse receio o seu fantasma.
Mas sugere que alguém lhe quer retirar o poleiro.
Quem será? Não é o Governo, não é o próprio jornal.
Eu também não. De facto eu não acabaria a obra de Catarino, eu acabaria com ela.
Mas aquela suspeita ali lançada...
Será que o/a simpático/a editorialista do Ourém e seu Concelho não nos quer dar mais alguns elementos para percebermos tão afastado que estamos das tricas oureenses? É essa a missão do jornal, levar aos que estão longe a compreensão do que se passa naquele meio.
Como é que estes miúdos poderão gostar de estudar?
Ainda ontem tive mais uma prova do que costumo designar por parvoeira do nosso ensino secundário.
Passava com alguns alunos pelas matérias de Estatística Descritiva. Sabia que eles tinham no programa do décimo ano um bom tratamento da mesma apoiada por excelentes manuais.
Mas garantiram-me e tive a prova disso que sobre o assunto nada tinham dado, nem tinham tido qualquer avaliação. Praticamente ninguém sabia o que era uma média ponderada, uma mediana e suspeitavam do que era a moda. Em contrapartida foram rigorosamente examinados numa matéria designada por complexos.
Resta-me acrescentar que isto passa-se numa área que dá acesso a licenciaturas em Economia e Gestão.
O João conheceu a força da repressão
Não sei se os meus amigos viram ontem na RTP uma entrevista ao jovem que foi detido pela polícia devido aos desacatos em Coimbra.
Ficou claro que se tratava de um perigoso malfeitor.
O seu ar tornava evidente que, quando não estava a apedrejar a polícia ou a insultar o pessoal auxiliar, se dedicava a partir vidros de automóveis para retirar o que lá estava dentro e a assaltar velhinhas no dia em que recebiam a reforma.
Os outros dois miudos que o foram esperar também mostravam evidentes sinais de serem perigosos marginais.
E eu garanto que vi o João a ser extraído do seu grupo por um polícia, a ser violentamente deitado no chão e relativamente maltratado.
Honra à nossa polícia! Com criminosos destes, consegue mesmo mostrar como os seus agentes são valentes...
Ressabiado
"Eu entreguei uma declaração de IRS onde mencionava rendimentos de mais de 400000 euros. Quando fui para a Caixa, não foi para ter prejuízos, fiz os descontos legais..."
Decerto já adivinharam quem foi o autor destas palavras. Exactamente, o da reforma milionária da CGD.
Aparentemente tem toda a razão.
Mas respondam-me a esta questão: que bens e serviços a mais foram postos à disposição do nosso povo graças a acção deste senhor? Isto é, em que é que ele contribuiu para a nossa riqueza como povo?
É difícil responder, não é?
A questão é que este senhor e muitos outros com rendimentos milionários obtêm-nos a partir de uma coisa chamada redistribuição da mais-valia. A riqueza já lá está, já foi produzida, parte foi paga ao trabalhador como remuneração da força de trabalho e o restante dá para estas cenas.

quinta-feira, outubro 21, 2004

Mais um...
Há uns 25 anos, o Pinholas foi fazer um trabalho a Cabo Verde e trouxe-me de lá um magnífico vinil: o álbum Tabanca dos Tubarões.
Adorei ouvi-lo especialmente aquelas músicas mais lentas com uma sonoridade fantástica nos baixos que provoca como que um ribombar nos espaços envolventes.
Hoje, soube da notícia da partida do que deu voz aos Tubarões (Ildo Lobo). Vai para boa companhia, eu sei, mas tenho pena.
Parecenças com Marcelo...
Hoje, o Público, traz mais um texto sobre o caso do blogger de Pombal, um texto escrito pelo próprio Orlando Cardoso.
O autor chama mais uma vez a atenção para a semelhança com o que se passou com Marcelo Rebelo de Sousa.
Formalmente, eu penso que ele tem alguma razão. Mas há uma diferença abissal.
Existe uma formidável diferença de meios.
Marcelo pôs toda a comunicação em ebulição. Pessoas do PSD criticaram a situação interna no partido. Pessoas do PS ofereceram-lhe o seu espaço de expressão. Foi ouvido pelo próprio Presidente da República.
Orlando não tem força para tanto. Sinto que o seu caso está quase no esquecimento, apesar da revolta manifestada por algumas pessoas em Pombal, apesar de o Público ainda se referir a ele, bem como o Expresso...
Marcelo tem fortuna própria e emprego assegurado em qualquer lado. Orlando é visto com desconfiança por eventuais empregadores, apesar de lhe reconhecerem a competência.
Isto demonstra que, para casos mais ou menos semelhantes, os cidadãos têm direitos diferentes. Pobre democracia a nossa.
Chegada
Cá estou no posto de observação.
Hoje, vou ficar por aqui até às onze, altura em que o dever me chamará.
Já vi que o misterioso Vigilante dos Céus voltou aos comentários ao Ourém. Tenho que lhe agradecer a atenção que nos tem dado. Mas gostava de saber quem é, porque não me ocorre a identidade de tão simpática criatura.
Percorri os blogs da manhã. O Barnabé também refere a carga doa polícia sobre os estudantes e a utilização de gás. Governo autoritário, grotesco, mas autoritário. As suas tentações para a comunicação já o indiciavam.
Ficam a saber que estarei do lado de cá atento a tudo que façam... ou escrevam. A inspiração, essa, está do pior.

quarta-feira, outubro 20, 2004

Lá apareceram eles... a malhar nos estudantes
Protesto contra aumento de propinas...
É óbvio que não apoio alguns excessos dos estudantes, mas é uma coisa admirável...
A insegurança nas ruas é cada vez maior.
As pessoas são cada vez mais sujeitas a assaltos e violações de toda a ordem.
Em muitos casos, sabe-se quem os pratica.
Fala-se à polícia e não nos ligam nenhuma.
Mas haja uma acção de desempregados ou estudantes que ultrapasse certos limites...
...
e aí estão eles a malhar nas pessoas.
"Tudo não passou de uma normal acção de contenção", disse o senhor ministro da Administração Interna, Daniel Sanches, que ainda não estava informado do que se tinha passado.
É o chamado país do faz de conta.
Acção cautelar contra construção de novo Intermarché
A Associação Nacional de Conservação da Natureza Quercus vai entregar hoje uma providência cautelar contestando a construção de um supermercado em Ourém numa zona alegadamente ameaçada pelas cheias.
Em declarações à Agência Lusa, Hélder Spínola, presidente da Quercus, explicou que o processo será hoje entregue no tribunal administrativo de Leiria, depois de o Ministério do Ambiente e da Câmara de Ourém não terem suspendido a obra, como foi solicitado pelas autarquias.
(A notícia é da página em linha do Região de Leiria e tem a data de 19 de Outubro).
Acesso à totalidade da notícia aqui.
A independência da RTP
Num colóquio sobre serviço público, o ministro da Presidência, Nuno Morais Sarmento, defendeu, ontem, que deve ser o Governo a definir o modelo de programação da RTP, uma vez que é o Executivo que responde pelas decisões adoptadas na estação pública.
Ainda relacionado com o mesmo assunto, o Barnabé deixa-nos esta magnífica descrição da reunião de hoje do Conselho de Ministros.
O mercado como sistema de informação social
Os liberais consideram o mercado como o mais fiável sistema de informação social.
Através das suas orientações, os produtores sabem quanto devem produzir e adaptam os seus processos.
Tal posição parece-me um monumental disparate.
É que, neste mercado onde todos vivemos, existem tantos que não conseguem manifestar as suas necessidades, porque não têm dinheiro para o fazer, que qualquer informação por ele dada é com certeza enviezada por aqueles que mais têm.
Brisa Mínima
Anda por aí mais um blog que parece de um oureense. É assinado por 1bigonobalcão.
Há que reconhecer que se trata de uma pessoa informada sobre o que se passa actualmente em Ourém.
Alguns dos seus textos merecem leitura atenta. Aqui ficam alguns apontadores com a promessa de, oportunamente, o juntarmos às nossas Outras Paragens:

Os mesmos caldeiros desta feita com azeitonas

Sabes quem eu sou?

Política da conformidade

Marcelo, o paradigma da contra-informação

As árvores morrem de pé ou carta aberta aos delapidadores do património vegetal

Empresa de Água vs Golfe

O Neto do avô P.D.M.

Ahh, as vindimas!


A nossa crónica
Lembram-se?
Este blog nasceu para recordar e celebrar a juventude de um conjunto de oureenses: aqueles que apelidei de distintos oureenses...
Em certa altura, pôs-se a hipótese da sua publicação em livro.
Penso que é uma loucura.
Não tem mercado, se vendesse 50 exemplares já seria muito bom.
Há dias fiz uma consulta a uma empresa sobre as custos da produção desse número de exemplares e de um texto de mais ou menos 100 páginas. Falaram-me numa exorbitância superior a 2000 euros.
Eu confesso que não percebo como é que com tecnologia tão moderna isto acontece.
É um verdadeiro sufoco para quem quer publicar.
É uma outra forma de censura de que raramente se fala.
Por isso é melhor pôr a ideia de lado. O Blogger, se não morrer, encarregar-se-á de a eternizar.
Boa nova
Como podem ver ali em baixo, escrito preto no branco, o Sérgio vai retomar as suas crónicas sobre o Parlamento Europeu e vai possibilitar-nos a sua publicação.
"Obrigado, caro Sérgio, pela honra que nos dás. Este espaço estará sempre à tua disposição, porque sei que o utilizarás bem, a favor do nosso povo."
Exactamente por isso, estamos com imensa curiosidade sobre as conclusões e efeitos desse relatório sobre os Açores. Há dias, num comentário que aqui deixou, deu-me a impressão que falava em censura relativamente ao mesmo. Quererá ele explicitar mais?
Entretanto o exemplo do Sérgio, prestar contas através de um espaço na Internet, já está a ser seguido por outros deputados europeus e começa a notar-se uma tendência para os nossos representantes na Assembleia da República terem o seu blog para se dirigirem aos portugueses e receberem os seus comentários.
Só em Ourém, mesmo com a promessa do digital, é que os nossos eleitos se fecham em si mesmos, ouvem apenas as vozes dos seus camaradas de partido nas respectivas estruturas e entendem que o povo exsclusivamente serve para lá ir pôr o respectivo voto. Está errado, depois de eleitos deviam considerar-se em interacção e comunicação com todos...

terça-feira, outubro 19, 2004

004400
Vem aí mais um número giro.
Quem será o leitor do nosso blog que o vai conseguir?
Pode deixar um comentário, o prémio será incontornável.
Permanecendo em números, este é o post número 542. Grande produção, para uma pessoa só e que apenas pode ser explicada pela adoração pela nossa Ourém. Não a que é, mas a que foi...
Continuaremos!
Quero lá saber que haja poucos leitores, não estou a vender nada a ninguém, não me guio pelas regras de mercado.
A veia (pouco) vermelha
Fiz mais umas modificações na template.
À direita juntei a velha e gasta crónica, organizei a colaboração do Sérgio, relativamente ao parlamento europeu, em formato blog (de que já não recordo a password, mas ele talvez tenha) e fiz o link para a tentativa de discussão do programa de governo.
Mais abaixo, juntei um link para o Zé Oliveira (deixou de haver perigo de se perder no meio de outros posts) e inseri uma ligação para um blog com uma perspectiva pluralista, mas mais liberal do que eu costumo ser.
Assim, também nós ficamos mais pluralistas, o que é saudável.

segunda-feira, outubro 18, 2004

Já somos o bombo da festa
Vejam-me esta blasfémia

E, no Barnabé, um desavergonhado sprotinguista diz que gostou muito dos jogadores do Porto, especialmente dos que estavam vestidos de preto.
Um dia cinzento
Uma tonalidade que me faz sempre recordar Ourém.
Um dia perfeito se não fossem as chuvas e as rajadas.
Retorno à casa da Rua de Santa Teresinha.
Havia árvores, havia o uivar do vento que vinha da zona da Sapateira. Havia aquela magnífica vinha.
Uma Ourém cada vez mais longe...
... da qual quase nada resta, destruída que tem sido por gente que não a sentiu.
Quem é…?

Que quando escreve nos traz o bálsamo do amor?
Que nos visita aqui neste lugar,
o escolhido até quando?
Será o seu amor outro fogo
ou quasi uma árvore de tons vermelhos
que ofuscam a noite, apenas sonho
e nos trazem imensos aromas (de ti)?

domingo, outubro 17, 2004

Fomos roubados!

Eles podem ter sido melhores, muito melhores...
...mas fomos roubados.
Pelo árbitro, duas vezes.
Pelo trapalhoni, nas convocações.
E não gostei nada do comportamento do presidente.

Ourém digital
De acordo com o Região de Leiria, Ourém vai participar num apetitoso manjar de 7,9 milhões de euros associados ao projecto Leiria Região Digital que vai ter três eixos prioritários que passam pelo turismo, um pólo infotecnológico (ligado ao sector empresarial) e, por fim, uma rede de conhecimento regional (onde se incluiu o ensino) e visa ainda facilitar o acesso dos cidadãos aos serviços da administração pública e estimular a utilização das novas tecnologias.
A notícia toda está aqui.
Tendo acompanhado por imperativo profissional a Missão para a Sociedade da Informação desde 1996, confesso que tenho algumas reticências relativamente a estes programas que, na minha perspectiva, se traduzem muitas vezes em desperdícios com benefícios excessivamente voláteis do ponto de vista do cidadão, mas bastante compensadores para as empresas fornecedoras.
No entanto, este ano, em Tavira, pude aproveitar os resultados de um programa como este, ao utilizar um centro de acesso à Internet disponibilizado pela autarquia sem qualquer restrição e sem uma burocracia avassaladora.
Esperemos que Ourém tire o melhor partido das novas tecnologias que aí são prometidas.
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