sexta-feira, julho 13, 2007

Guerra de acrónimos para um contestável contestador


Desde que trabalho com blogs, tenho progressivamente perdido qualquer constrangimento em relação a falar com quem apenas conhecemos por uma sigla. Pouco a pouco, fui conhecendo as pessoas e ganhando-lhes inclusivamente amizade. Agora, até tenho receio de as conhecer fisicamente e o aspecto destruir a imagem que fiz delas. O expoente máximo desta atitude foi a Maria do Cumplicidades logo seguida do terrível Santa Cita que mais conheço por Alforedo de Tanta Fita.
Mas há outros participantes na blogosfera a quem só conheço de nome e cuja participação me mostra serem pessoas dignas de toda a estima: os responsáveis pelo Malibu Cola, pelo Favacal, pelo Jornal da Camarata para só citar alguns...
Agora, aparece-me o Constestável...
Logo na primeira abordagem tive a sensação de ser alguém perto da minha geração. A referência ao calçadão e às antigas festas de Ourém fez-me lembrar de alguém com ligações ao Central e de que algum familiar tivesse estado perto do poder autárquico, concretamente do JMAE. Claro que havia outras hipóteses como o grande chefe JH, também conhecido por Machinho, como o Al Simon que poderia identificar por AVSS, mas que me diz não gostar de escrever, ou o próprio contestário RL, há tantos anos estabelecido naquela praça. Pus ainda a hipótese do que caracterizei como enviado do além, JDFB, embora me digam que ele não é disponível para estas coisas.
Mas o Contestável voltou à carga. Os motivos são legítimos: eu contestei a designação sistemática de BIMBOS e assumi-a para mim relativamente ao "centro histórico" do Calçadão. Ele foi ao dicionário, procurou significado para "BIMBO" e manteve a sua. Mas esqueceu um pequeno pormenor: é que designou por BIMBOS os que se referem à zona do Calçadão como centro histórico. Eu parti do seguinte: se os centros históricos devem ser mantidos, preservados, requalificados e se os BIMBOS dizem isso, então eu assumo essa designação e quero esse estatuto para o Calçadão, para Castela, os Álamos e Santa Teresinha... que, ao contrário deste "deixa cair" do poder actual devem ser revitalizados.
Entretanto, o Contestável trouxe mais uma pista: Chamou-me "Amigo Robalo". É então com certeza alguém que não está na lista inicial, não eram muitos os que me chamavam assim. Quem me dera que fosse o JMMR ou o LNSOR, mas infelizmente qualquer destes já nos deixou. Poderia também ser o MSF, mas penso que ele não anda nas lides dos blogs, ou o RMSBT que abandonou Ourém para não ver a sua contínua degradação.
Assim, só me resta uma hipótese: o JJPS. E, se acertei, fico muito contente por ele regressar deste modo às lides da nossa terra e espero que já nos acompanhe no próximo Poço.

quinta-feira, julho 12, 2007

Espírito guerreiro



Voltemos à terra do dragaüm. Ao passear por uma daquelas ruas já perto dos Aliados, deparei com uma casa destinada à venda de objectos esotéricos. Bruxas, bruxinhas e bruxões. Sacos de pó com cheiros vários. CDs de música espiritual. E uma penumbra quebrada por uma luz difusa azulada. O ambiente perfeito...
Mas o que mais me chamou a atenção foi a sua montra onde se destacava um busto do grande chefe sioux Touro Sentado, um formidável resistente à invasão dos caras pálidas que queriam destruir-lhe a cultura, os costumes e as obras, responsável por infligir pesada e mortífera derrota às tropas do General Custer na legendária batalha de Little Big Horn. Sitting Bull, ali, à minha frente, com um lobo cinzento a seu lado e na parede uma espécie de pergaminho onde se destacavam os seus feitos. Mais ao lado, três imagens de índios complementavam a encenação. Compreendi, então, que elas simbolizavam o espírito guerreiro do grande chefe e resolvi trazer uma comigo.
Ela, neste momento, guarda a casa dos meus fantasmas onde vou recolhendo os objectos daquele tempo, protengendo-a de visitantes indesejáveis.
Fica também aqui no blog. Virada para o invasor David e para todos os seus fieis seguidores que nos vão reduzindo a nossa Ourém a cinzas com o objectivo de a sua lança lhes trespassar o espírito sempre que se lembrarem de malfeitorias... que as fazem constantemente. O espírito guerreiro é o símbolo da resistência na nossa terra, embora isolado e quase condenado a sossobrar tal a força avassaladora do invasor.

quarta-feira, julho 11, 2007

Este escapou à voracidade do JOE



Eis uma bela peça de arte contemporânea que não foi parar às mãos do Comendador. Apreciem a sua cor, o tom verde e leitoso das águas. Apreciem a calmaria aparente que a proximidade das casas quase submersas desmente. Reparem em quão difusa é a representação: pode lembrar a região amazónica, mas, se nos disserem que os seus actores tiveram origem na Ásia das monções, acreditamos e poderia até provir de um dia de cheia na ribeira de Seiça no terceiro quartel do século passado. É este carácter global que caracteriza o espírito do artista contemporâneo.
O JOE pode ter muito dinheiro. Pode ter o Centro Cultural de Belém nas mãos. Pode correr com o Mega. Pode ter a vassalagem da classe ministerial. Mas não tem esta obra a qual, neste momento, enriquece a casa dos meus fantasmas. E eu não a largarei por nada tal o respeito que tenho pelo artista.
Por isso, a partir de agora, seguindo o estabelecido por sua Excelência o ministro Sócrates, o roteiro de arte contemporânea não se inicia em Belém, mas em Ourém...

terça-feira, julho 10, 2007

O Contestável

BIMBO me confesso em relação ao que por ali se diz quanto ao centro histórico de Ourém. Não que partilhe esta designação - em Ourém, hoje cidade, houve vários centros que contribuiram para a sua História e, se não pode esquecer-se esse local, não deverão esquecer-se os centros de Castela, dos Álamos, de Santa Teresinha... - mas pelo facto de considerar que este local, bem como os que atrás referi, deveria ser objecto de um plano de recuperação e preservação em vez de estar votado ao triste destino que a Camarilha lhe vai preparando.
Vem isto a propósito de um desafio posto em comentário para ver um novo blog. Vi três posts de contestação e um de apresentação. Quanto ao último, achei-o muito bem elaborado e cheio de boas intenções. Parece-me de alguém que terá passado por experiência não muito diferente da minha em Ourém e que, como tal, padece das mesma apreensões. Quanto aos restantes, eles contestam o calçadão do Central, a ausência de apoios ao Juventude Ouriense e a política de (in)cultura da câmara. Estou de acordo com eles, com excepção da designação sistemática de "BIMBOS" para os incansáveis autarcas. Com efeito, o presidente David não é BIMBO, ele é uma espécie de "Exterminador Implacável" em relação à nossa terra e ao seu património urbano e histórico com uma pequena nuance: sempre que pode aproveitar para beneficiar interesses de Fátima, ele não hesita, daí o abismo quando comparamos a atitude perante o Juventude com a atitude perante o Fátima. Frazão também não é BIMBO: não lhe conheço grandes feitos na autarquia, mas reconheço, em analogia com Rantanplan, o cão mais estúpido que a própria sombra, que ele deve ser o autarca mais fotogénico que a própria sombra, o autarca que conseguiu manobrar engenhosamente para chegar à concelhia do PSD. Moura será tudo menos BIMBO: perdeu relativamente a Frazão, mas não me parece pessoa para ficar parado. Finalmente, Piedade... temos que saber perdoar algumas insuficiências que eles têm... efectivamente, a política cultural da autarquia deve seguir a cultura motoqueira, é isso que lhe dá votos. Bimbo, ele? Não, apenas está a fazer pela vida.
E pronto, caro Constestável, estas são as primeiras impressões sobre o novo blog, a que desejo muita força e muitos anos de vida... e vou já actualizar os apontadores.

segunda-feira, julho 09, 2007

A sesta da Pipoca






Que importa que a cadeira não seja de qualidade?
Que importa estar rota?
Com este calor, neste ambiente ainda não totalmente degradado, só apetece descansar...
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