sábado, fevereiro 29, 2020

Como fazer amigos fora do FB em estilo Facebook

Actualmente, estou a tentar fazer amigos fora do Facebook, mas usando os mesmos princípios.
Todos os dias saio à rua e durante alguns metros acompanho as pessoas que passam por mim e explico-lhes o que comi, como me sinto, o que fiz ontem, o que vou fazer mais tarde, o que vou comer esta noite e mais coisas.
Entrego-lhes fotos dos meus filhos, dos meus netos, do meu cão, fotografias minhas no jardim, na piscina, e fotos do que fizemos no fim de semana e nas férias.
Também caminho atrás das pessoas, a curta distância, ouço as suas conversas e depois aproximo-me delas e digo-lhes que “gosto” ou que "adoro" o que ouvi. Peço-lhes para sermos amigos a partir desse momento e faço todo o tipo de comentários sobre tudo o que li e ouvi nesse dia, quer em notícias, revistas ou internet, bem como tudo o que falam as outras pessoas.
Mais tarde, partilho tudo quando falo com outras pessoas.

E funciona : já tenho 3 pessoas que me seguem…

São dois polícias e um psiquiatra.

quarta-feira, fevereiro 26, 2020

Uma visita aos bombeiros

Uma manhã, no final de uma aula de Ginástica, o dr. Albano anunciou a realização de uma visita de estudo dos alunos do segundo ano do CFL ao quartel dos bombeiros.
- E posso tocar a sirene? – perguntou a Leninha.
- Têm que comportar-se com civismo. Não se esqueçam que estão num local muito importante para todos os que vivem na nossa terra que importa ter a funcionar com o toda a eficácia. Não pode haver manobras de diversão.
- Um dia, tentei deitar fogo às carumas que tinha lá em casa na Rua de Castela para ouvir a sirene e os ver chegar a apitar – disse o Estorietas.
- Espero que os teus pais te tenham dado a devida lição. Se não o fizeram, fá-lo-ei eu.
E o professor de Ginástica continuou a dar algumas instruções a toda a turma. Era uma pessoa muito rigorosa.
- Amanhã, apresentamo-nos todos aqui em frente ao Colégio pelas 10 horas, vamos formar a três e ir em passo comandado por mim até ao quartel.
Imaginem o gozo que foi, no dia seguinte, numa manhã primaveril, ver os miúdos do segundo ano do CFL irem em formação até ao quartel dos bombeiros com o Dr. Albano muito perfilado ao seu lado a dar a voz de comando:
- Em frente. Muarche…
O grupo arrancou bem alinhado, não fosse a mão pesada do diretor cair-lhes em cima, e foi caminhando, braços direitos para a frente e para trás, sempre ao som de:
- Esquerdo… Esquerdo…
Os miúdos já bufavam em frente à tasca do Frazão, mas a voz do médico continuava sem hesitações:
- Esquerdo… esquerdo… esquerdo…
Na rua, todos paravam para ver aquele singular espetáculo e muitos desatavam a rir. Atrás dos miúdos, começou a formar-se uma pequena fila de automóveis que, sem apitar, respeitava o seu andamento. Outros miúdos apontavam para eles e riam-se. Um deles, o Julito, resolveu seguir aquele estranho grupo.
«Que irão fazer? Parece que vão na direção dos bombeiros…».
Pouco depois, paravam em frente aos bombeiros e o Dr. Albano deu mais uma ordem:
- Marcaaaaar passo…
E aqueles pesitos a bater no chão, todos ao mesmo tempo, produziram o caraterístico ruído. Encantado, junto ao comandante dos bombeiros, o Dr. Armando comprazia-se com a lição de civismo que estava a propiciar a tantos meninos.
«Ainda um dia, vamos ter aqui a Mocidade Portuguesa. Dessa maneira, é que ficariam bem educados.».
O Dr. Albano trocou umas palavras com o comandante e, depois, virou-se para os miúdos que continuavam a marcar passo.
- Podem parar. O sr. Comandante dos bombeiros vai dar início à visita de estudo.
Quando começaram a dispersar da formatura, o Julito aproximou-se do Estorietas:
- O que é que estão aqui a fazer?
- É uma visita de estudo da nossa turma organizada pelo Dr. Albano.
- Engraçado. Ainda um dia hei de ser comandante disto…
- Brincas…
Nesse momento, o comandante viu o Julito e disse para ele:
- Dá-nos aqui uma ajuda para mostrar as instalações aos alunos do CFL.
E, naquele dia, o Julito, uns anitos mais novo que os alunos da turma, foi o nosso guia numa visita às instalações dos bombeiros. É que ele já conhecia muito melhor o quartel do que a gente crescida pois, desde pequenino, era voluntário e acompanhava aquela maravilhosa equipa.


terça-feira, fevereiro 25, 2020

Pensamentos profundos


Quando Galileu demonstrou que a Terra girava… já os bêbados sabiam disso há séculos! ”

“As nuvens são como os chefes… quando desaparecem fica um dia lindo…”
  “ 97% da população não acredita nos políticos, os outros 3% são os políticos.”
 “ A hierarquia é como uma prateleira: quanto mais no alto, mais inútil.” 

 “ Alguns homens gostam tanto das suas mulheres que, para não as gastarem, preferem usar as dos outros.”

“ Por maior que seja o buraco em que te encontras, sorri, porque por enquanto ainda não há terra por cima.”

“ Se te estás a sentir sozinho, abandonado, a achar que ninguém te liga… atrasa um pagamento.”

 “ Se não puderes ajudar, então atrapalha, afinal o importante é participar.”

" Errar é humano... colocar a culpa em alguém é estratégico.”

“ Antes, eu tinha amnésia, hoje não me lembro.”

“ Não bebas enquanto conduzes! Porque podes entornar a cerveja.”

“ Bebo porque sou egocêntrico… gosto quando o mundo gira à minha volta.”
 “ Vivemos tempos em que o fim do mundo não assusta tanto quanto o fim do mês.”

“ Eu não sou contra nem a favor, muito pelo contrário!”

 “ O pára-quedas é o único meio de transporte que, quando avaria, chegas mais depressa ao destino.

Texto enviado por mão amiga ao Estorietas com expresso pedido de publicação

Uma cena antológica


Mas voltemos à nossa Ourém de 1966. Na casa do Dr. Pera, ninguém se preocupava com as funestas consequências do corona vírus 54 anos depois. Pelo contrário, brincava-se, ria-se, ouvia-se música e dançava-se com sofreguidão.
Dois jovens oureenses decidiram protagonizar uma cena antológica. Eu até julgo que eles não conheciam aquelas figuras que me fazem lembrar. Mas, num momento mágico, parece que o Rui e o Jó nos trazem o Goucho e o Harpo. Atrás deles, o Estorietas e o All Simon vigiam o decorrer da cena. Ao lado, a Lili, a Teresinha e a Isabel, mais alguém que não reconheço, também mostram estar presentes.
E há aquele miúdo. Muito mais novo que nós todos. Lembro-me da cara dele como se fosse ontem, associo-o ao sr. David e à Fafá, mas não me lembro do nome dele.
Por que é que em todas estas fotos aparece um miúdo a rir, a apontar…?

segunda-feira, fevereiro 24, 2020

As citações de um marxiano

Estas são um exclusivo do Groucho: 
„Não entro para clubes que me aceitam como sócio.“
“Um gato preto a atravessar o meu caminho significa que o animal está a ir para algum lado.“
“Se acredito na vida após a morte? Não sei nem se acredito na vida antes da morte! Acho que acredito na morte durante a vida“
“Eu nunca esqueço uma cara, mas no teu caso ficarei satisfeito em abrir uma excepção.“
“Eu bebo para fazer as outras pessoas interessantes.“
“A sinceridade e a honestidade são as chaves do sucesso. Se puderes falsificá-las, estás garantido.“
“Eu tenho princípios. Se você não gosta desses, eu tenho outros.“
“Há muitas coisas na vida mais importantes que o dinheiro, mas custam tanto…“
“Acho a televisão muito educativa. Todas as vezes que alguém liga o aparelho, vou para outra sala e leio um livro.“
“A política é a arte de procurar problemas, encontrá-los em todos os lados, diagnosticá-los incorretamente e aplicar as piores soluções.“
“Se já ouviste esta história antes, não me pares, porque eu gostaria de a ouvir outra vez.“
“Eu não sou vegetariano, mas como animais que são.“
“Atrás de todo homem bem-sucedido, existe uma mulher. E, atrás desta, existe a mulher dele.“
“O matrimônio é uma grande instituição. Naturalmente, se você gostar de viver numa instituição.“
Só há uma forma de saber se um homem é honesto… pergunte-o. Se ele disser 'sim', então você sabe que ele é corrupto.“

Recordando os irmãos Marx

Os Irmãos Marx foram um grupo de irmãos comediantes que fizeram teatro, cinema e televisão.
Eram eles: Chico (Leonard Marx, 22 de março de 1887 - 11 de outubro de 1961), Harpo (Adolph Arthur Marx, 23 de novembro de 1888 - 28 de setembro de 1964), Groucho (Julius Henry Marx, 2 de outubro de 1890 - 19 de agosto de 1977), Gummo (Milton Marx, 23 de outubro de 1893[1] - 21 de abril de 1977), e Zeppo, (Herbert Marx, 25 de fevereiro de 1901 - 30 de novembro de 1979). Outro irmão, Manfred, nasceu em janeiro de 1886 mas morreu na infância em 17 de julho de 1886.
Nascidos em Nova Iorque, os Irmãos Marx eram filhos de imigrantes judeus. A mãe, Minnie Schoenberg, da cidade Dornum na Alemanha, e o pai, Samuel "Frenchie" Marx (nascido Simon Marrix), vindo da Alsácia, região da França.
Mostraram talento musical desde a infância. Harpo, especialmente, podia tocar vários instrumentos, inclusive a harpa, o que fez com frequência em filmes. Chico foi um excelente e histriônico pianista, e Groucho tocava o violão.
Começaram no vaudeville, quando seu tio Al Shean já atuava, como parte da dupla Gallagher and Shean. A estreia de Groucho foi em 1905, como cantor. Em 1907 ele e Gummo cantavam juntos com Mabel O'Donnell no trio The Three Nightingales. No ano seguinte Harpo se tornou o quarto Nightingale (rouxinol em português). Em 1910 o grupo incluiu a mãe dos Marx e uma tia, Hannah, e mudou para The Six Mascots.
Certa noite, em um teatro de Nacogdoches, Texas a apresentação foi interrompida pelos gritos vindos de fora por causa de uma mula descontrolada. A plateia correu para fora a fim de ver o que estava acontecendo e, quando retornou, Groucho, enfurecido com a interrupção, disse que "Nacogdoches está cheia de baratas" e outras coisas. Em vez de se enfurecer, a plateia gargalhou e depois a família considerou a possibilidade de investir no potencial cômico da trupe.
Progressivamente, as ações desenvolveram-se do canto com comédia incidental ao esquete passado em uma sala de aula, com Groucho como professor e os outros como alunos. Gummo lutaria na Primeira Guerra Mundial ("Qualquer coisa é melhor que ser ator!"), Zeppo substitui-lo-ia nos anos finais do vaudeville, até a Broadway e depois nos filmes na Paramount.
Nesta época, os irmãos, agora The Four Marx Brothers, começaram a desenvolver o seu peculiar tipo de comédia e a desenvolver seus personagens. Groucho começou a usar seu bigode pintado; Harpo, a usar buzinas de bicicleta e nunca falar (Harpo não era mudo), Chico, a falar com um falso sotaque italiano, desenvolvido em campo com os desordeiros da vizinhança.

Fonte: Wikipedia

domingo, fevereiro 23, 2020

O assalto à mansão

Mas houve um ano, se não estou em erro 1966, que o marasmo foi completamente quebrado. Pelo fim da tarde, no Avenida alguém se lembrou:
- Tenho umas roupas lá em casa. Podemos disfarçar-nos e fazer um Carnaval a sério.
- E fazemos um assalto à casa do Zé Augusto.
Apesar de não me lembrar muito bem, a foto documenta que também lá estava.
Enquanto se vestia, o Jó ia recordando:
- Fora o Toná e o Chico César, ninguém se veste para celebrar o Carnaval. Houve um ano que uma cana de foguete atravessou uma perna do César. No fundo, até teve sorte.
E, pela noite, um enorme grupo, bem disfarçado, aproximou-se das bombas de gasolina da Galp no extremo da Avenida do lado de Tomar e tocou à porta de uma das pessoas mais influentes de Ourém.
- Quem são? O que pretendem?
Não foi preciso muito para o Zé Augusto nos reconhecer e, pouco depois, todos estavam a confraternizar no interior da habitação. O próprio anfitrião, embora um pouco tenso, participou na foto de grupo. E agora, o grande desafio:
Quem conhece os participantes no assalto? Reconheço a Lili, a Mena Porto, a Guida, a Isabel Simões, a Teresinha… mas a rapariga de barbas e chapéu negro escapa-se-me, bem como as restantes. Quanto aos foliões, reconhece-se facilmente o Jó Alho e o Rui Themido à frente e, lá atrás, o Alfredo, o Jó Rodrigues, o Estorietas, e o Zé Quim com um ar cândido que nunca julguei possível nele.

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