sábado, junho 12, 2004

Desilusão
Envergonhado, retiro a bandeira que a Ana tinha colocado à janela. Afinal, eu tinha acabado por alinhar.
A equipa foi uma miséria. Ineficaz no ataque, desastrada na defesa. As vedetas só o foram de nome.
Os gregos deram a lição.
Será que a selecção que correu com o Humberto vai penar tanto como o Benfica que correu com o Tony? Será destino dos que despedem os vencedores?
Primeiras impressões
Intervalo.
A preparação dada a esta selecção por Scolari é como a retoma de Durão Barroso: um fiasco.
Seria preciso um contrato milionário para aquilo?
Será a humilhação?
Será o 3 a 0, mas ao contrário?
Vamos lá a ver se isto melhora...
A fonte vai secando
Falta mais ou menos meia-hora para o jogo da selecção. Não sei se é da proximidade da TV, a inspiração hoje é quase nula.
Apetece-me chatear o Sérgio com uma pergunta dúbia: confiante num bom resultado? E desejar-lhe as maiores felcidades.
Apetece-me cumprimentar o Fred por ter deixado mais um comentário lúcido neste blog: tem razão, caro Fred, a e-democracia ainda deve estar muito longe lá para aqueles lados, temos de acreditar apenas nos nossos meios.
Apetece-me saudar o Eduardo e o Santa Cita e dizer: eu gostava de dar um tratamento mais digno aos comentários, mas os conhecimentos para estes lados são muito básicos.
Para todos os que aqui vêm, uma nota: vamos afastar-nos um bocadinho. A inspiração é cada vez menor. Virá um post de vez em quando, é impossível manter o ritmo. MAs os comentários a qualquer momento serão bem recebidos.
E agora vou ver o jogo. ESpero que seja um 3 a 0.

sexta-feira, junho 11, 2004

O mata-borrão


Em Ourém, havia uma escola para rapazes e outra para meninas, respectivamente a escola do Roque e a escola da Dona Iria. Mas no CFL tive o privilégio de encontrar turmas mistas o que permitia aos mais abonados (?) uma educação mais equilibrada do que a reservada aos outros.
Ali, a filha do poeta podia encontrar-se com o filho do plebeu e, não fosse a separação nos recreios, que podia muito bem ser contrariada pelo reencontro no pinhal, poder-se-ia dizer que viviamos num mundo onde não existia segregação. 
Com efeito, as traseiras do colégio eram reservadas aos rapazes que aproveitavam a parte de trás do ginásio para experimentar os primeiros cigarros. A parte da frente, a das flores, era para as meninas que podiam aí gozar a simpática companhia dos professores que, nos intervalos, passeavam na estrada para baixo e para cima.
De repente, o toque da campainha, desencadeado pelo Sr. Nunes fazia com que todos voltassem para as salas de aula e para os corredores.
Todos?
Lembro-me de uma certa história protagonizada pelo Augusto Almeida e pelo Vitor Castanheira que acabou mal. 
Por causa do mata-borrão, desdenhosamente apelidado de chupa o que causou manifestação de estranheza pelos ditos, foram postos na rua com a indicação de que só lhes seria permitida a entrada após o pedido de desculpas. Eles é que não estiveram pelos ajustes: como não lhes era permitida a entrada, ficaram pelo recreio, não fosse aquele o melhor sítio para se estar. E os dias foram passando. Imaginem a satisfação do Augusto e do Vítor enquanto nós penávamos nas aulas...
Um dia, estávamos todos descansados na aula, quando, repentinamente, a porta se abre com estrondo, entram o Augusto e o Vítor em voo e, atrás deles, o Dr. Armando, esbaforido, muito vermelho, praguejante, que lhes pregou uma monumental sova à nossa frente e os obrigou a pedir desculpa pelo vil acto que tinham praticado com o mata-borrão.
Não contente com isso, conduziu-os aos lugares onde os fez sentar, fez menção de se retirar e, quando nós nos levantámos para saudar a sua saída, espetou mais uma ou duas bofetadas no Oliveira que, nesse dia, teve o azar de estar no local errado.
E-Assembleia
Esta história do voto electrónico que vai ser testado no dia 13 deu-me uma ideia brilhante. E por que não criar uma e-assembleia?
Dirão os meus amigos: mas já temos, há o Castelo, o Gaiteiro...
Pois há, são importantes, mas transportam sempre consigo a desconfiança da associação a alguma cor partidária. Eu falo em e-assembleia para algo dinamizado pela própria autarquia. Os assuntos eram ali colocados uns dias antes das assembleias, por dinamização interna ou por proposta do municipe e todos poderíamos comentar civilizadamente quer estivéssemos em Ourém, em Estrasburgo, em Parede, ou em Nova York. Inclusivamente poderíamos votar sempre que necessário.
Voltam os meus amigos: mas já temos a página da Câmara...
É verdade, é importante, mas usa e abusa da informação oficial, é excessivamente de dentro para fora, é preciso, não a suprimindo, dar mais voz às pessoas de Ourém. E que estrutura pode ser mais insuspeita para a sua dinamização do que a própria Câmara?
Resumindo, mantendo o Castelo e o Gaiteiro, e tudo o mais que a e-iniciativa dos oureenses desencadear, mantendo este V. humilde servidor enquanto a musa oureana não secar, é possível um blog com o formato do Castelo (é o que eu aprecio mais; amigo Gaiteiro, não fique triste) dinamizado a partir da autarquia e que não se confunda com as forças dominantes na mesma.
Degraus de palavras, acções e pessoas
E a interrogação é: e como fazer um movimento muito forte que leve a parar com a destruição? como dizer basta? como forçar a que respeitem os que já passaram por cá? como conseguir isto sem transtornos monumentais na vida de cada um? como conciliar isto com o necessário desenvolvimento? e valerá a pena? será que haverá quem concorde connosco?
Um blog não chega. Ainda por cima com uma estrutura tão frágil como a que este evidencia, quer-se pôr uma imagem e treme por todos os lados. Os comentários por vezes nem suportam cedilhas ou assentos...
É preciso estar na imprensa, fazer algum livro.
E acima de tudo, é preciso alguém, um grupo forte, com partido ou sem partido, que viva diariamente em Ourém e queira transportar esta mensagem aos locais onde ela pode ser actuante, acabando com a arrogância autista do poder.

quinta-feira, junho 10, 2004

A grande ilusão
Esta história da selecção, do Euro, das bandeiras faz-me recordar um trabalho que fiz há uns anos sobre a alienação e, ao mesmo tempo, interrogar-me se será justo proceder a uma adaptação do que Marx afirmou há muitos anos, transformando-o para: a selecção é o ópio do povo.
Como calculam, gosto imenso dos nossos jogadores, gosto da selecção (acho que, em termos de coerência, o treinador devia ser português), torcerei para que ganhem... mas acho excessivo o que se passa e pergunto: a quem serve esta transferência de atenção dos reais problemas para uma pseudo e efémera superioridade em futebol profissional?
A seita do cavalo branco
Não sei quantas vezes vi este saudoso filme no cine-teatro da vila, uma magnífica sala onde as plateias (de primeira e segunda), a geral, os camarotes e o balcão reflectiam a estratificação social que se vivia.
Mas, em momento de filme, corridas aquelas belas cortinas verdes que tapavam as portas de saída, tudo isso de esbatia. Detentor de pouco dinheiro, geralmente utilizava aquela plateia quase colada à geral e daí podia assistir à magnífica cavalgada para apanhar os bandidos no momento chave em que o espectador se tornava actor.
A galopada e o seu ruído entravam pela sala dentro. Toda a gente gritava de entusiasmo e saltava nas cadeiras. Sentia-se todo o edifício a tremer pelo arrebatamento desordenado que lhe era transmitido por quem se julgava a viver a monumental perseguição. Finalmente, os bandidos eram capturados.
No dia seguinte, menos tensos, com mais uma boa dose de paliativo para aceitarem a situação social em que viviam, todos comentavam o esplendor do espectáculo e todos pretendiam ter sido aquela figura que, no final, planeava passar o resto dos seus dias com a bela menina que amenizava tão brutais costumes.
A casa da Rua de Santa Teresinha
Curiosamente, a adaptação à nova casa não foi difícil. Há com certeza explicação lógica para isso. Conhecia-a desde que tinha nascido, pois antes habitavam lá uns tios e ela, a tia, foi a minha segunda mãe. Pessoas boas, muito amigas, que me trataram sempre o melhor possível. Lembro-me que até tinha um quarto especial onde podia pernoitar quando não me apetecia regressar a Castela.
Os tios tinham vários atractivos: um bastante importante foi a colecção do Cavaleiro Andante que me ofereceram quase desde o início e que eu suspendi a uns trinta números do final. Outros eram os brinquedos. Recordo com especial carinho uma corneta que me foi oferecida pela Feira Nova e que eu usava mal acordava a imaginar que estava nos exércitos do General Custer em momento de ataque ao Sitting Bull. O toque era tão elevado, lancinante e apelativo que toda a gente acordava e tinha que formar. Não sei porquê, um dia a corneta desapareceu e, apesar da bondade deles, nunca consegui a substituição em termos realmente satisfatórios.
Mas não foi esse o único motivo de adaptação fácil. É que, em férias, tinha a boa companhia do Rui e ainda me lembro do Jó Rodrigues quando morava na casa onde hoje habita o Sr. Paisana. Para completar a quadrilha, havia ainda o Zé Quim à frente. Nisto tudo pode ter havido algum desfasamento temporal que terá feito que nunca estivéssemos os quatro.
Chegar dali ao Central e ao Avenida era relativamente fácil. Visitar a casa do Largo de Castela também era possível pois foi habitada pela Aurorita e pelo João Honório bons amigos que mais tarde vim a reencontrar em Leiria.
E foi a nova casa que um dia demonstrou que a minha fé num ser humano é imensa.
Como consta da lenda, as portas estavam sempre abertas ou nos trincos. Nesse dia, a minha mãe estava para o quintal. Eu lia qualquer coisa quando ouvi um certo ruído, um ruído baixo que não cessava, mas que também se não definia. Vim até à porta da rua e apareceu-me uma mulher que eu nunca tinha visto, mas que já tinha aberto a porta por completo e iniciado o processo de entrada.
- A senhora precisa de alguma coisa?
Ela ficou embasbacada, mas ripostou:
- Não é aqui que mora a Maria?
- Ah! Eu vou chamar…
E deixei-a em paz, fui chamar a minha mãe a quem contei o sucedido.
- Mãe, está uma senhora à procura da Maria…
Viemos até à entrada. Claro que já lá não estava ninguém. Em vão a procurámos até à zona do hospital.
Não sei se o prejuízo foi grande ou pequeno - como não era materialista, isso não me preocupava muito. Sei que ouvi das boas por acreditar tão facilmente nas nobres intenções do ser humano.
Uma chegada imponente
Esplanada do Avenida
Uma daquelas magníficas tardes de Ourém. Algum Sol. Com nada para fazer, distintos oureenses apenas podiam exercitar a contemplação. Para a esquerda, para direita… para a esquerda, para a direita…
O Jó Alho dava espectáculo. Corria de um lado para o outro, saltava batendo os calcanhares, enquanto trauteava o "La plus belle pour aller dancer".
De súbito, o belo carro negro aparece vindo talvez dos lados do Olival. Não sei se era um Ford Perfect da década de sessenta, era qualquer coisa assim. Algo de importante.
O carro detém-se junto aos correios. Saem algumas pessoas. Reparo especialmente nela, uma catraia com os seus catorze anos, alta, engraçada, não era bonita, era apenas engraçada. Depois em alguém que parecia o seu pai. Um ar aristocrático, uma espécie de barão em fato negro completo, bigode forte e farfalhudo, um indivíduo alto e encorpado. Pouco falaram, cada um foi fazer o que tinha a fazer. Passado algum tempo, voltaram todos, meteram-se no carro e arrancaram, abandonando Ourém. Não falaram a ninguém. Lembro-me que isto aconteceu várias vezes. Quem seriam?
Voltei a encontrá-la em Leiria no Liceu. Afinal era simpática, não muito faladora, mas cumprimentava sempre, o que para mim é qualidade elevada. Eu ia para Económicas, ela para Direito ou Germânicas ou Filosofia, por isso nunca mais a vi.
Mas nunca consegui esquecer o modo como chegavam a Ourém.
Protesto à deriva... mas já redireccionado
A união dos oureenses que estão fartos da destruição da nossa Ourém vai ganhando forma. É o que se constata na parte final deste texto do Zé Quim, porque o que acontece impressiona muito a quem está fora e, de tempos a tempos, aparece:
És um malvado!
Apanhaste-me!
A minha boa vontade em querer contribuir para a reposição da regional verdade histórica, levou-me a nem sequer pensar que as palavras, particularmente usadas para a nova descrição dos “explosivos” acontecimentos, poderiam ser pespegadas num Blog a que não faltou, como remate, o meu nome!
Sonhasse eu com a “traição” teria, pelo menos, algum cuidado com a sintaxe. Paciência!
Impuseste-me, além do mais, cruéis andanças pelo blogger.com. Atrapalhaste-me a vida com os userids, passwords e nomes de animais selvagens com fato às riscas.
Irás pagar com língua de palmo, oh blog(quista) usurpador, a tua ousadia!

Escrevi esta coisa já há muito tempo, num blog que, seguindo as tuas indicações, consegui criar, mas que perdi, devendo andar agora para aí à deriva.
Sabes que o meu pai, em tempos há muito idos, continuou um caderninho iniciado pelo meu tio Joaquim, onde constam cerca de 280 alcunhas?!
Tenho lido todos os dias os teus blogs. Fico quase sempre triste e revoltado quando o tema versa, e são muitas vezes, a destruição de Ourém.

Um abraço grande

Zéquim
Agora é preciso que outros distintos oureenses manifestem também a sua não indiferença.

quarta-feira, junho 09, 2004

A notícia
O telefone toca.
É a Luísa. Sabes o que aconteceu?
Fiquei chocado, triste. Tenho muita pena dele, era com certeza uma boa pessoa.
Para mim, acabou. Não falo mais sobre as europeias.
Retorno à equipa maravilha
Há uns tempos escrevemos aqui:
Podem falar nos putos do hóquei, podem falar nas internacionalizações, podem falar no Luís Porto, mas, para mim, a equipa maravilha, aquela que defrontou o Livramento, aquela que quase humilhou o Futebol Benfica com um bem claro 5 a 3, aquela que entusiasmava as gentes de Ourém ao ponto de os seus clamores atingirem e atemorizarem Tomar, Abrantes, Torres Novas, Marinha Grande e Turquel, era a formada pelo Mário, Abel, Rui Prego, Rui Costa, Piriquito e outros que não me lembro, mas que julgo que integraram o Ferraz, o Pintassilgo e, ele o diz, o Vitor Castanheira.
Quando o Abel saiu, o Pintassilgo, talvez o mais habilidoso de todos, entrou, e logo ganharam o distrital. Que magnífico feito!
Que pena não ter uma fotografia desse tempo.
Constato que a tradição do hóquei não se perdeu, independentemente de vir sob o nome Atlético ou Juventude. Mas uma coincidência engraçada é o facto de o treinador dos putos, grandes campeões do século XXI, aquele que os tem conduzido a saborosas vitórias apesar de poucas vezes ser nomeado, ser filho de um desses magníficos que lutavam na equipa maravilha.
E eis que mão amiga me faz chegar duas fotografias desse tempo. Uma delas, nas costas, tem escrito a lápis 1959. São com certeza fotografias desse tempo.

E reconheço, na de cima, o Abel, o Rui Costa, o Rui Silva (Prego), o Borga (inicialmente pensei que era o Fonseca),o Mário e o Armando Pereira (Piriquito). Será que alguém consegue dar uma ajuda quanto ao treinador?
Na de baixo, a ignorância é maior: o guarda-redes é o Setenta, mas não consigo reconhecer o seu substituto. Já aparece o Pintassilgo ao lado de um dos irmãos Costa. Atrás, aparece o Mário sem ser na posição em que o recordo, o Armando, o Abel e um outro jogador, capitão de equipa, que também me é desconhecido.
E aqui fica o convite a distintos oureenses: será que alguém consegue dar uma ajuda no reconhecimento? Ou quer publicar algo sobre isto?

A mudança


Já não me lembro em que ano mudei para a casa da Rua Santa Teresinha.
Mas sei que fui actor nessa cena.
E revejo-me a descer do largo de Castela para a Avenida. Levo um saco grande na mão, talvez com um metro de altura e uns trinta centímetros de diâmetro. É castanho, feito de uma matéria que me parece linhaça, mas que a minha santa ignorância não consegue caracterizar. Lá dentro sente-se que algo mexe. É a minha gatinha de cor branca e preta, vai dentro do saco para não reconhecer o caminho e não ter tentações de voltar à origem.
Atravesso a Avenida e viro à esquerda, frente ao edifício do cine-teatro viro à direita e inicio a descida. Passo em frente à casa onde conheci distinto oureense que há uns dois anos me ofertou saboroso arroz de cabidela na Gondemaria. Um pouco mais abaixo, frente à morgue, acelero o passo, sempre que ali passava tinha receio que algum defunto me perseguisse. Num instante chego à estrada, passo frente à alfaiataria do Zé Canoa e inicio o pequeno morro que me leva à nova casinha.
Ali, faço as apresentações à gatinha. Vê o quintal, vê os quartos, enfim tudo parece em ordem, a adaptação parece não trazer problemas.
Passa um ou dois dias. Oiço a minha mãe: Luís, não sei da gata...
Foi o desespero. E se ela era engraçada e brincalhona.
Mas eis que chega a salvação. Alguém da rua de Castela traz a notícia. Sabem, a V. gata não sai de ao pé da antiga casa.
É verdade, apesar da nossa tentativa, o bicho tinha conseguido reconhecer o caminho e voltar. Com maiores cuidados, fomos buscá-la e, como o sítio para onde mudámos, era idílico, ela acabou por se adaptar.
Foram precisos muitos anos para distinto oureense compreender, aceitar e acabar por sentir esta fixação na casa do Largo de Castela.

terça-feira, junho 08, 2004

O candidato de Ourém
Pus-me a pensar sobre algumas coisas que gostaria que o candidato de Ourém tratasse lá no Parlamento. Aqui ficam. Se todo o oureense fizer o mesmo e lhe der, no final podemos julgar se ele merece a reeleição.
1. Consta que os dinheiros gastos na Praça Agostinho Albano de Almeida tiveram a sua origem na União Europeia. Assim, a ser verdade, eu propunha que o nosso candidato apresentasse no Parlamento Europeu um relatório sobre a forma como esses recursos foram esbanjados, designadamente, que tente mostrar o que tínhamos e como ficou. Chama-se àquilo “zona histórica” e foi possível fazer lá uma obra que apagou a história toda.
2. Gostaria que o Parlamento Europeu fosse alertado para outras eventuais destruições em perspectiva, designadamente a casa do Largo de Castela e adjacentes, e que sobre estas fosse lançada a partir da Europa uma providência cautelar.
3. Gostaria ainda que os autarcas locais fossem interrogados pelo facto de não terem canalizado parte dos recursos recebidos para determinados elementos patrimoniais em degradação já documentados como a fonte de Santa Teresinha, o Chafariz do recanto pitoresco do Ferraz ou para a devolução da dignidade perdida ao Colégio Fernão Lopes. Num momento de aproximação a Leiria, podia muito bem ser negociada a instalação ali de formação de alto nível para executivos, pois tudo pode ser recuperado e o ambiente à volta mantém características excelentes para repouso e reflexão.
4. De certeza absoluta que os meus olhos já não verão uma sociedade socialista como eu gostaria. Mas ficaria satisfeito se alguns males da sociedade actual fossem banidos. Concretamente, mais civismo, mais educação e fim à corrupção. Não vou lançar qualquer atoarda relativamente aos nossos autarcas, mas penso que a auditoria sistemática às contas por entidade independente e credenciada seria uma prática justa e teria mais força se viesse recomendação da Europa: não basta ser honesto, é preciso parecê-lo, é preciso que ninguém lance a dúvida.

E é só isto, meu caro Sérgio. Nem precisas de te ralar com a revolução proletária ou com a revolução socialista, o pessoal haverá de lá chegar, evoluindo.
A propósito, consta que essa força da natureza que é a Odete tem grandes hipóteses de ser eleita e que também tem uma relação com Ourém. Confesso que não sei se isto é verdade, mas não é o mais importante, o que é verdadeiramente importante é ver que o terceiro candidato da CDU também dá excelentes garantias quanto ao desempenho.
Eu não sei como te chamas, ó Maria Faia
Mais recentemente foi um negócio de cozinhas.
O oureense é ali dos lados da Lagoa do Furadouro com negócio montado em Tomar e suponho que em Leiria.
A cozinha em si é um espanto em termos de qualidade, ele, um verdadeiro artista, montou e adaptou o que tinha a adaptar com uma facilidade espantosa.
O problema foi a pedra que trouxe pois esboroa-se. Perante a reclamação, demonstrou que a assistência pós-venda era nula. Ignorou praticamente o cliente com quem tinha feito a totalidade do negócio.
Pois este artista, mesmo na perspectiva de nova cozinha e roupeiro para a Parede estimados aí para os dez mil euros, não teve condições de propor uma solução para o diabo da pedra de modo a ultrapassar esta má impressão. Isto é, ele está para o marketing como o cientista louco está para o ensino: uma monumental falta de jeito.
Não se pense que, aqui para os lados de Lisboa, o comportamento dos fornecedores é muito melhor. Ainda há dias, a história da cozinha da Parede teve continuação com a respectiva devolução ao artista que a instalou, este da zona de Oeiras, porque se demonstrou que era material em segunda mão!!! E a luta foi dura: até houve fotografias e a Deco.
Bem pode penar o nosso querido PM pela retoma com exemplos destes. Depois o PIB não aumenta e lá vem o chato do défice.

segunda-feira, junho 07, 2004

Novo blog sobre Ourém
A notícia fez-me andar à procura (infrutífera) do livro com as citações do Presidente Mao que usei muito lá para 1970 e fazer a respectiva adaptação: que cem novos blogs floresçam.
Mas cuidado com o foco em Ourém, a dispersão pode tirar força e o projecto o Castelo merece ser apoiado.
De qualquer forma, longa vida e muita força ao Ourém a nu.
Finalmente...
... o Ourém e seu Concelho chegou.
Um bocadinho mais e já não valia a pena ler a Carta aos Oureenses.
Àquela janela virada para o mar
Vivo muito perto do mar. Para o ver basta uma ligeira inclinação. Isso faz com que as janelas, estores e pedras da minha residência sofram os seus efeitos e que a sua duração seja substancialmente mais curta.
A primeira mudança de estores não foi feliz. Surge a ideia: e se fôssemos a Ourém encomendar?
Logo me identificaram o melhor profissional. Por sinal, pessoa excelente e muito amável que leva, por vezes, bicada dos próprios fornecedores.
E lá veio tudo a caminho da Parede com o selo de Ourém e origem na Gondemaria. Janelas umas por cima das outras sem eficaz protecção. O aspecto do alumínio é magnífico, elas correm nas calhas com singular precisão. Tudo parece funcionar bem.

Mas eis que surge alguém
que olha as janelas uma a uma,
preparando-lhes a limpeza
com montes de alva espuma...

Que será aquilo nos vidros? Riscos e mais riscos por todo o lado.
Lá se fez reclamação o que levou à troca do produto.

Mas, depois desta, os problemas continuaram: vidros com manchas, assemblados à balda com dedos marcados e de cuja troca se continua infrutiferamente à espera.
Mais uma vez, parece que há desejos de nos torturar.
Aliás, decidimos deixar de esperar....

domingo, junho 06, 2004

A Ana faz anos
É verdade, a Ana, hoje, faz trinta anos. Exactamente os mesmos da nossa magnífica revolução que, quando ela nasceu, eu praticava lá para a Escola Prática de Transmissões, na Graça.
Decidi surpreender.
Hoje, ficamos assim. O sítio do post está cá. Vou, pé ante pé, à procura de fotografias da Ana, em 1974, no Verão quente de 1975, em alguns anos seguintes e vou actualizar isto ao longo da semana eventualmente com algum comentário.
É isso. Acabou-se a nostalgia e terminaram as lamúrias. Acho que vai ficar giro. ~


Faz agora 30 anos, nasceu uma linda menina ali para os lados do IST

 
Come a papa, Ana, come a papa...



Vamos conhecer os avós e os tios. A Sandra ainda não nasceu...



Tão fofinha









Vejam este magnífico três rodas


Comam, mas deixem alguma coisa para mim



No Verão quente de 75, em Santa Cruz: Sabes o que e o PREC?


E a revolução lá fora


Os meus primos são intratáveis


Acompanhando o marxista à praia


E ao ponto mais alto da serra


Ora vivam, quem manda aqui sou eu


A Ana, a Sandra e o Zé


A caminho dos Valinhos


Sob celestial protecção


A Vizinha, o Rafael, os avós, os tios e o cão


Susana, já te disse que o caminho é por aqui


Avó, conta-me aquela história do lobo mau


Ana de Tróia


O treinador dos putos faz anos. A Ana e a Sandra devem estar fulas


Com mais uns aninhos


Linda menina


Cowboys e índios

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