sábado, agosto 31, 2019

O diabo e a cruz



Lamentos do cínico:
 a cruz que eu transporto
é maior e mais pesada
que a que está por trás de mim.







sexta-feira, agosto 30, 2019

Dias sombrios

Andava um pouco chateado com as novelas gráficas do Público. 
Demasiado longas, muito texto o que por vezes contrastava com os hábitos herdados da juventude. Tinha até desistido de comprar.
Dias Sombrios veio mudar essa ideia
Imaginem a vossa amada dilacerada por uma bomba enviada por um avião nazi...
O que fariam?




Iluís Ferrer Ferrer, jornalista de profissão e entusiasta de banda desenhada de longa data, é também autor de vários romances passados na sua Ibiza natal, entre os quais Días Oscuros, que serve de base a esta novelo gráfica cujo argumento ele próprio adaptou. 

Quanto ao desenhador, Juan Escondei', igualmente originário de Ibiza, é um artista de BD com uma carreiro longa de já cinco décadas. Formado na escola da mítica editora Bruguera. é um dos grandes "históricos" da BD espanhola, o que faz dele uma escolha óbvia para esta novela histórica. 

A 10 de Janeiro de 1944. e depois de um feroz combate aéreo sobre os céus de Ibiza. um caça britânico abate um avião Junkers Ju 88 alemão frente à costa norte da ilha, fazendo com que se despenhasse no mar. Os sobreviventes são salvos por um grupo de pescadores locais. e o seu destino será desvendado nesta história que se baseia em factos reais.

quinta-feira, agosto 29, 2019

Postal de Kiev


Calma! 
Decerto não tentarei passar 
Sei medir bem as forças 
não, não vou forçar… 


Reparem no dos bigodes 
faz-me lembrar algo parecido. 
Cala-te já ou te f... 
é um conselho de amigo 


(o poeta recusa linguagem ordinária, mas a necessidade de rima é incontornável, por isso, vou calar-me)

quarta-feira, agosto 28, 2019

Agradecer, sempre

Caraças… 
Se calhar, também estou à beira da morte. 
Então… 
… a quem agradecer a bela vida que desfruto?


Penso em todos que me rodearam 
e encontro um fundamento lá atrás 
pessoas que me ajudaram a formar 
outras que se bateram por uma sociedade mais justa… 
outras que em momento difícil estiveram presentes… 
mas não consigo individualizar 


Então…
Agradecer tem uma conotação profundamente social





Não estou à beira da morte mas imaginar que estou torna-me uma pessoa melhor. Pensar que as pessoas de quem eu gosto estão à beira da morte torna-me melhor ainda. 

Experimente. Vai ver. Pense que as pessoas de quem gosta só têm mais um dia de vida. Quais são as coisas que gostaria de lhes dizer enquanto eles ainda têm ouvidos para ouvir e um coração para entender? O mais importante é pensar — durante umas horas que seja — para descobrir o que é que aquela pessoa tem que mais ninguém tem e que tomou a nossa vida mais segura, mais risonha, mais sossegada, mais interessante, mais valiosa. 

O elogio que importa é aquele que não se pode aplicar a mais nenhuma pessoa. Aquele que é generalizável ("foste um amigo, tiveste graça, aturaste-me e fizeste-me rir") é o que menos interessa ouvir. Pode ser verdade mas é um ready made e nós precisamos é de ouvir um elogio que só nos diga respeito, que reconheça a nossa particularidade, o nosso contributo, a maneira como escolhemos passar por esta vida. 

Desatei então, neste mês de Agosto, a escrever elogios às pessoas que melhoraram mesmo a minha vida. Aprendi com a Amália Rodrigues. Três anos antes de ela morrer enchi três páginas de jornal a elogiá-la. Ela ficou desiludida (não havia uma única novidade), mas, apesar de tudo, preferiu assim do que estando já morta. 

Falei sobre isto com a Maria João e, como se não bastassem as coisas que eu já tenho para lhe agradecer, ela disse: "Deve ser por isso que a coisa mais importante que os nossos pais nos ensinam é a dizer `obrigado'."


terça-feira, agosto 27, 2019

Hoje, saí a cavalgar



Hoje, saí a cavalgar
trotei, trotei, trotei
e, depois de a amar,
nos seus braços me embalei

segunda-feira, agosto 26, 2019

A carta

Eis-me de novo na Cidade da Luz, e a minha primeira sensação é de desgosto. Tudo me parece insuportável: o cinzento das ruas e dos edifícios, as mulheres vestidas de gala, as conversas que ouço por acaso no boulevard Saint-Michel e na avenue d'Orléans, as lembranças assaltam-me por todo o lado. Senti-me triste e assustada. Recordei os sentimentos, as emoções e os pensamentos e fiquei triste porque não regressam. Eram fruto da despreocupação da juventude e sei que não voltarão. Mas que pena já não poder pensar, sentir e ver como antes. A vida passa e é realmente triste. Triste porque Arosa foi apenas um momento de passagem, um lugar transitório. Em Arosa ainda estávamos perto de Cracóvia, enquanto em Paris tudo é definitivo e sem esperança. Separados. Nós, meu querido, estamos separados. E é tão doloroso para mim. Sei muito bem, sinto que nunca mais voltarás aqui. E ao rever estes lugares tão familiares percebi claramente, como nunca, o lugar gigantesco que ocupaste na minha vida quando estávamos juntos em Paris. Tudo o que fazia estava ligado por mil fios ao meu pensamento em ti. Não estava apaixonada, é certo, mas já te amava. Hoje, como então, poderia renunciar aos teus beijos se pudesse voltar a falar contigo, só algumas vezes. Para mim, seria uma alegria e não faria mal a ninguém. Porque me impediste? Perguntas-me se estou zangada pela tua decisão de romper. Não, porque penso que não foste tu a desejá-lo.

domingo, agosto 25, 2019

OUREM Play list

Tentámos organizar grande parte das músicas que já disponibilizámos no OUREM. Com consciência de que ainda faltam algumas, aqui fica uma play list provisória.



 Adriano
 Amália
 Animals
 Antoine
 António Mello Correia
 Beatles
 Brigada Vitor Jara
 Crishtophe
 Cristina Branco
 Gabriel Carlos
 Geoff
 Geoff
 George Harrison
 George Harrison
 Gregoire
 Gregoire
 Honeybus
 Johnny Halliday
 Les chats sauvages
 Les chats sauvages
 Luis Cilia
 Marceneiro
 Maria Teresa
 Marino Marini
 Mazgani
 Miley Cyrus
 Patrcia Carli
 Paul, Clapton,...
 Paul, Clapton...
 Richard Anthony
 Rolling Stones
 Spriguns
 Tom Petty, Clapton...
 Tony de Matos
 Tubarões
 Tubarões
 Tubarões
 Zeca



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