Ilusões?
O Sérgio tem alguma razão.
Parece perigoso e quase inútil embarcar nestas ilusões que personagens com um passado recomendável por vezes nos trazem.
Mas aquela agitação era tão interessante!
E aquela sensação de que algo poderia acontecer de diferente nesta alternância de poder de quatro em quatro anos fazia-nos regressar quase aos tempos do 25 de Abril.
Também não sei o que nos resta se não alinharmos nestas ilusões.
Há momento em que parece que tudo se conjuga...
Sérgio, sozinhos não é possível. Tem que ser com o PS, com o Bloco esquecendo algums querelas que, perante o objectivo, são secundárias.
Agora, está tudo calado. Aliás, parece que o silêncio se ouve. Isto perdeu a piada, arrepia.
Já dizem que é o pior presidente desde Spínola. Quem me diria isto há dois dias?
E como é que o homem se está a sentir? Será que está contente com a decisão? Será que acha que finalmente encontrou o lugar certo? Ou a consciência falará mais alto e sente raiva de não ter tido coragem?
sábado, julho 10, 2004
sexta-feira, julho 09, 2004
quinta-feira, julho 08, 2004
Gosto desta foto!
Por Sérgio Ribeiro
É de um fotógrafo da Letónia, Romas Cekanavicius,
que expôs no Parlamento Europeu de 22 a 26 de Março.
Dei-lhe outro título: Mater/Paternidade.
Um dia deste, escreverei um texto para legenda.
E porque não começar já a escrevê-lo?:
5 de Julho de 2004
Por Sérgio Ribeiro
É de um fotógrafo da Letónia, Romas Cekanavicius,
que expôs no Parlamento Europeu de 22 a 26 de Março.
Dei-lhe outro título: Mater/Paternidade.
Um dia deste, escreverei um texto para legenda.
E porque não começar já a escrevê-lo?:
O futuro dentro da mulher e nas mãos dos homens.
Até porque o futuro começou já… sempre!
5 de Julho de 2004
O PE em 2000 caracteres por semana - II
Por Sérgio Ribeiro
Estas primeiras semanas são complicadas. Os grupos têm de se recompor a partir dos resultados eleitorais e, depois, têm de repartir entre si "funções especiais", como são as de Presidente, Vice-presidentes e Questores do Parlamento, que formam a Mesa da Presidência, através de candidaturas de quem virá a ser eleito por maioria absoluta em plenário, e ainda de Presidentes e Vice-presidentes de comissões, além da distribuição de todos os deputados pelas comissões, tendo cada um direito a um lugar de efectivo e a um lugar de suplente, havendo ainda comissões que não contam para estas "cont(h)abilidades". E mais, e mais...
Além disso, há ainda a votação prévia da designação do Presidente da Comissão Europeia, que tem, para nós portugueses, uma particular importância pois, através de um processo um tanto confuso em que apareceu um candidato português a ser falado durante meses, o anterior comissário Vitorino, e depois de terem sido rejeitados outros candidatos "fortes" por razões várias e nem todas claras, surge, dir-se-ia que à última hora, a "solução" Durão Barroso.
O tempo levará a que assente muita poeira, não toda, e talvez os contornos deste processo venham a ficar mais visíveis, embora não se possa deixar de, desde já, sublinhar que DB saíu de umas eleições (europeias!) em que teve um péssimo resultado, estava com sérios problemas de constestação interna, a nível nacional e no próprio partido, tem o anátema de ter ficado na "fotografia da guerra" por ter sido anfitrião da cimeira Bush, Blair, Aznar dos Açores, tudo configurando uma "saída" para a sua difícil situação e para uma presidência de transição no momento particular da União Europeia por efeito do alargamento de 15 a 25 Estados-membros.
De qualquer modo, há que votar a designação deste candidato-a-designação e coloca-se, aos deputados portugueses, uma situação com alguma delicadeza. Não por razões objectivas, mas por alguma sensibilidade que tem a ver com concepções algo confusas de patriotismo.
Pelo meu/nosso lado, não há hesitações. Quem em Portugal tem feito uma política que julgamos contra o interesse dos portugueses, dos trabalhadores, não poderá vir a fazer o contrário na Comissão. Votarei contra, sem ambiguidades. E não escondo a estranheza e desaprovação relativamente a quem se comporta de maneira ambígua e demagógica. Afirmando-se politicamente contra e votando a favor ou abstendo-se.
7 de Julho de 2004
Por Sérgio Ribeiro
Estas primeiras semanas são complicadas. Os grupos têm de se recompor a partir dos resultados eleitorais e, depois, têm de repartir entre si "funções especiais", como são as de Presidente, Vice-presidentes e Questores do Parlamento, que formam a Mesa da Presidência, através de candidaturas de quem virá a ser eleito por maioria absoluta em plenário, e ainda de Presidentes e Vice-presidentes de comissões, além da distribuição de todos os deputados pelas comissões, tendo cada um direito a um lugar de efectivo e a um lugar de suplente, havendo ainda comissões que não contam para estas "cont(h)abilidades". E mais, e mais...
Além disso, há ainda a votação prévia da designação do Presidente da Comissão Europeia, que tem, para nós portugueses, uma particular importância pois, através de um processo um tanto confuso em que apareceu um candidato português a ser falado durante meses, o anterior comissário Vitorino, e depois de terem sido rejeitados outros candidatos "fortes" por razões várias e nem todas claras, surge, dir-se-ia que à última hora, a "solução" Durão Barroso.
O tempo levará a que assente muita poeira, não toda, e talvez os contornos deste processo venham a ficar mais visíveis, embora não se possa deixar de, desde já, sublinhar que DB saíu de umas eleições (europeias!) em que teve um péssimo resultado, estava com sérios problemas de constestação interna, a nível nacional e no próprio partido, tem o anátema de ter ficado na "fotografia da guerra" por ter sido anfitrião da cimeira Bush, Blair, Aznar dos Açores, tudo configurando uma "saída" para a sua difícil situação e para uma presidência de transição no momento particular da União Europeia por efeito do alargamento de 15 a 25 Estados-membros.
De qualquer modo, há que votar a designação deste candidato-a-designação e coloca-se, aos deputados portugueses, uma situação com alguma delicadeza. Não por razões objectivas, mas por alguma sensibilidade que tem a ver com concepções algo confusas de patriotismo.
Pelo meu/nosso lado, não há hesitações. Quem em Portugal tem feito uma política que julgamos contra o interesse dos portugueses, dos trabalhadores, não poderá vir a fazer o contrário na Comissão. Votarei contra, sem ambiguidades. E não escondo a estranheza e desaprovação relativamente a quem se comporta de maneira ambígua e demagógica. Afirmando-se politicamente contra e votando a favor ou abstendo-se.
7 de Julho de 2004
Superman
O ZéQuim fala na necessidade do Mandrake e do Luís Euripo (Big Ben Bolt)
Penso que o problema é um pouco mais sério.
Efectivamente o país não precisa de alguém que o dirija através de truques e ilusões. Para isso bastaram os dois anos de choque fiscal, de promessas de emprego e desenvolvimento que estão em vias de terminar e que deram nesta desgraça a que assistimos todos os dias.
Por outro lado, não há qualquer interesse em andar para aqui à estalada. Vamos a bem, com paz social, em grande harmonia interclassista.
Ora, eu julgo que o herói que melhor reune os atributos necessários para este quadro é o Superman. Na realidade tal como Sampaio, ele esteve num dilema o qual é bem documentado nas aventuras da década de sessenta em que se fala no seu regresso a Krypton.
Ficamos a saber que ele vai ter de optar entre uma Lois que o ama pelos seus poderes como Superman e uma Lyla, representando o regresso às suas origens, que o vê exactamente como ele é, isto é, com as limitações inerentes aos seres da sua espécie.
Tal como Superman, Sampaio está perante uma alternativa...
Sampaio terá de optar entre, por um lado, as suas origens, aqueles que o apoiaram confiantes em que em momentos decisivos ele seria coerente, e, por outro, aqueles outros que transfiguram a sua essência humana num super herói que pode abstrair da ideologia que o acompanhou toda a vida para passar a actuar de acordo com interesses que pretendem ser universais(claro que Marx já desmontou esta treta do interesse universal que se confunde com o da classe dominante).
Qualquer das opções terá custos, mas qualquer delas é legítima do ponto de vista constitucional.
Esperemos que ele se decida pelo regresso a Krypton.
O ZéQuim fala na necessidade do Mandrake e do Luís Euripo (Big Ben Bolt)
Penso que o problema é um pouco mais sério.
Efectivamente o país não precisa de alguém que o dirija através de truques e ilusões. Para isso bastaram os dois anos de choque fiscal, de promessas de emprego e desenvolvimento que estão em vias de terminar e que deram nesta desgraça a que assistimos todos os dias.
Por outro lado, não há qualquer interesse em andar para aqui à estalada. Vamos a bem, com paz social, em grande harmonia interclassista.
Ora, eu julgo que o herói que melhor reune os atributos necessários para este quadro é o Superman. Na realidade tal como Sampaio, ele esteve num dilema o qual é bem documentado nas aventuras da década de sessenta em que se fala no seu regresso a Krypton.
Ficamos a saber que ele vai ter de optar entre uma Lois que o ama pelos seus poderes como Superman e uma Lyla, representando o regresso às suas origens, que o vê exactamente como ele é, isto é, com as limitações inerentes aos seres da sua espécie.
Tal como Superman, Sampaio está perante uma alternativa...
Sampaio terá de optar entre, por um lado, as suas origens, aqueles que o apoiaram confiantes em que em momentos decisivos ele seria coerente, e, por outro, aqueles outros que transfiguram a sua essência humana num super herói que pode abstrair da ideologia que o acompanhou toda a vida para passar a actuar de acordo com interesses que pretendem ser universais(claro que Marx já desmontou esta treta do interesse universal que se confunde com o da classe dominante).
Qualquer das opções terá custos, mas qualquer delas é legítima do ponto de vista constitucional.
Esperemos que ele se decida pelo regresso a Krypton.
quarta-feira, julho 07, 2004
Pratt
Enquanto Sampaio toma difícil decisão (se votei nele, era porque confiava na sua acção), deixo-os com a magnífica arte de Hugo Pratt.
Lembram-se? Sargent Kirk apareceu lá para 1960 no Mundo de Aventuras (mais rigorosamente, em 28-12-1961 no número 640).
E não teve contemplações com os que faziam aquelas barbaridades aos legítimos detentores...
Enquanto Sampaio toma difícil decisão (se votei nele, era porque confiava na sua acção), deixo-os com a magnífica arte de Hugo Pratt.
Lembram-se? Sargent Kirk apareceu lá para 1960 no Mundo de Aventuras (mais rigorosamente, em 28-12-1961 no número 640).
E não teve contemplações com os que faziam aquelas barbaridades aos legítimos detentores...
Crónica de Distintos Oureenses
Há alguns dias, prometemos que disponibilizaríamos um endereço para percorrer a Crónica com Page Down e Page Up.
Fazemos o mesmo relativamente às imagens sobre Ourém.
Aqui estão:
--> Crónica
--> Imagens sobre Ourém
De qualquer forma, é melhor fazerem acesso às imagens a partir da crónica.
Há alguns dias, prometemos que disponibilizaríamos um endereço para percorrer a Crónica com Page Down e Page Up.
Fazemos o mesmo relativamente às imagens sobre Ourém.
Aqui estão:
--> Crónica
--> Imagens sobre Ourém
De qualquer forma, é melhor fazerem acesso às imagens a partir da crónica.
Sérgio Ribeiro
Não esqueçam.
O Sérgio está convidado e já produziu dois textos para o Ourém blog:
A promessa é que vai continuar.
Não esqueçam.
O Sérgio está convidado e já produziu dois textos para o Ourém blog:
para além dos magníficos comentários com que nos tem brindado.
A propósito de Joaquim Espada e
O PE em 2000 caracteres por semana,
A promessa é que vai continuar.
Publicidade enganosa?
A minha deformação burguesa diz-me: é preciso mudar de carro. Este já tem uns anitos, umas mazelas de cidade, cumpriu, deixa saudades, mas começa a oferecer menos confiança.
No entanto, os preços são proibitivos.
Já há bastante tempo, venho assistindo àquele anúncio que diz: "poupe até 4000 euros no seu automóvel novo".
Citröen. Uma marca com algo de mítico. A arrasteira, o dois cavalos, o boca de sapo. Defeitos conhecidos: chapa de cartão, manutenção cara, elevada desvalorização quando nos queremos desfazer... Qualidades: comodidade, um carrinho mesmo para velhotes.
Lá vou ao stand. Aprecio aquelas maravilhas do C3 e do C2, mas preciso algo maior.
E o meu espanto foi enorme. Passei quase pelos carros todos, mas não consegui determinar em qual poderia ter os 4000 euros de desconto. Será que se esqueceram do anúncio?
Depois indaguei preços: pelo menos nos mais pequeninos bem superiores aos da concorrência.
E, de repente, a dúvida ocorre-me: será que eles sobem os preços para depois oferecerem descontos maiores?
Malvada sociedade que nos põe a desconfiar uns dos outros.
A minha deformação burguesa diz-me: é preciso mudar de carro. Este já tem uns anitos, umas mazelas de cidade, cumpriu, deixa saudades, mas começa a oferecer menos confiança.
No entanto, os preços são proibitivos.
Já há bastante tempo, venho assistindo àquele anúncio que diz: "poupe até 4000 euros no seu automóvel novo".
Citröen. Uma marca com algo de mítico. A arrasteira, o dois cavalos, o boca de sapo. Defeitos conhecidos: chapa de cartão, manutenção cara, elevada desvalorização quando nos queremos desfazer... Qualidades: comodidade, um carrinho mesmo para velhotes.
Lá vou ao stand. Aprecio aquelas maravilhas do C3 e do C2, mas preciso algo maior.
E o meu espanto foi enorme. Passei quase pelos carros todos, mas não consegui determinar em qual poderia ter os 4000 euros de desconto. Será que se esqueceram do anúncio?
Depois indaguei preços: pelo menos nos mais pequeninos bem superiores aos da concorrência.
E, de repente, a dúvida ocorre-me: será que eles sobem os preços para depois oferecerem descontos maiores?
Malvada sociedade que nos põe a desconfiar uns dos outros.
Lisboa
Começa a acontecer uma coisa que aprecio bastante.
Os dias estão um pouco mais frescos do que naquela maluqueira de Maio e Junho.
O trânsito é cada vez menor. Muita gente vai de férias.
Lisboa começa a ser uma cidade desfrutável.
Por isso, trabalhar em Agosto, nestas condições, não custa.
E, depois, é vê-los chegar e dizer: aí vou eu outra vez...
Começa a acontecer uma coisa que aprecio bastante.
Os dias estão um pouco mais frescos do que naquela maluqueira de Maio e Junho.
O trânsito é cada vez menor. Muita gente vai de férias.
Lisboa começa a ser uma cidade desfrutável.
Por isso, trabalhar em Agosto, nestas condições, não custa.
E, depois, é vê-los chegar e dizer: aí vou eu outra vez...
terça-feira, julho 06, 2004
Manara
Agora que Santana está a um passo do governo, há que celebrar recordando a arte de Manara. Aqui fica um link para um sítio excelente. Não esqueçam de ver as referências a Portugal.
Agora que Santana está a um passo do governo, há que celebrar recordando a arte de Manara. Aqui fica um link para um sítio excelente. Não esqueçam de ver as referências a Portugal.
Os avisos vêm de dentro
Marcelo na TVI, ontem.
É "mil vezes preferível a eleições antecipadas" uma solução em que, sendo Santana o líder do PSD, não seja também primeiro-ministro.
"Um presidente do partido vai ter a tentação de andar a prometer coisas dificilmente compatíveis com o equilibrio orçamental".
E, ainda, sobre Santana...
"É hiper-decisório. Como é muito intuitivo e pouco coordenado, tende a ter decisões múltiplas ao longo do tempo."
Marcelo na TVI, ontem.
É "mil vezes preferível a eleições antecipadas" uma solução em que, sendo Santana o líder do PSD, não seja também primeiro-ministro.
"Um presidente do partido vai ter a tentação de andar a prometer coisas dificilmente compatíveis com o equilibrio orçamental".
E, ainda, sobre Santana...
"É hiper-decisório. Como é muito intuitivo e pouco coordenado, tende a ter decisões múltiplas ao longo do tempo."
As festas de Peras Ruivas
Lá para 1967, eu e o ZéQuim fomos às festas de Peras Ruivas. Calor tórrido bem no início de Agosto.
Bebemos um palhete no Janeca e subimos aquela rampa que levava à quermesse. Lá, comprámos umas rifas em que não saiu nada.
Continuámos a nossa vigília. A animação começava. Os foguetes estoiravam por todos os lados. No meio da estrada assistia-se a um interessante jogo: um concorrente em cima de uma bicicleta tentava rebentar com um cântaro suspenso no ar. Se o partisse, ganhava. E o povo aplaudia enquanto o António Mafra cantava o Sete e Picos.
De repente, na minha mente faz-se um silêncio impressionante.
Vinda não sei de onde, aparece ela. Linda como sempre. Tal e qual a Silvie Vartan ou France Gall. Mais bonita que elas...
Já a conhecia. “Olá! Então por aqui?”. “Sim, vim passar estes dias com uma amiga”.
E foi-se.
Naquele momento, a festa acabou para mim. E era o ZéQuim:”Quem era? Quem era?”.
Lá para 1967, eu e o ZéQuim fomos às festas de Peras Ruivas. Calor tórrido bem no início de Agosto.
Bebemos um palhete no Janeca e subimos aquela rampa que levava à quermesse. Lá, comprámos umas rifas em que não saiu nada.
Continuámos a nossa vigília. A animação começava. Os foguetes estoiravam por todos os lados. No meio da estrada assistia-se a um interessante jogo: um concorrente em cima de uma bicicleta tentava rebentar com um cântaro suspenso no ar. Se o partisse, ganhava. E o povo aplaudia enquanto o António Mafra cantava o Sete e Picos.
De repente, na minha mente faz-se um silêncio impressionante.
Vinda não sei de onde, aparece ela. Linda como sempre. Tal e qual a Silvie Vartan ou France Gall. Mais bonita que elas...
Já a conhecia. “Olá! Então por aqui?”. “Sim, vim passar estes dias com uma amiga”.
E foi-se.
Naquele momento, a festa acabou para mim. E era o ZéQuim:”Quem era? Quem era?”.
segunda-feira, julho 05, 2004
O humor indiscreto de Santa Cita
E aqui ficam apontadores para o excelente humor de Santa Cita (atenção aos mais sensíveis: há cenas eventualmente chocantes e politicamente incorrectas):
E aqui ficam apontadores para o excelente humor de Santa Cita (atenção aos mais sensíveis: há cenas eventualmente chocantes e politicamente incorrectas):
Vamos continuar atentos.
Quando ela passa
Inesperados encontros
A salvadora
O mais engraçado
Passeio por Ourém e encontro alguns amigos.
Será que eles sabem do blog?
À cautela lanço veneno.
Pouco a pouco, vejo que eles conhecem. Ou o Sérgio lhes falou no Poço... Ou têm um filho que escreve no Castelo...
Afinal, até acham alguma piada.
“Sabes? Eu gosto muito da forma como tu escreves. Acho que tens razão. Mas...”
Ai aquele mas! O que é que vai sair dali?
“Vê-se que não és de cá... que não estás informado...”
Mas será preciso estar-se informado para falar do nosso passado em comum? Não merecerá ele um tratamento especial?
“Temos que contribuir para desenvolver Ourém. Há os problemas do comércio, da indústria...”
Pois há. Mas serão diferentes dos problemas do país? Admitamos que sim.
“Eh, pá! Tu é que eras porreiro para escreveres qualquer coisa no blog. Estás informado, acompanhas Ourém todos os dias...”
Retirada suave. Qualquer dia, fogem de mim...
Passeio por Ourém e encontro alguns amigos.
Será que eles sabem do blog?
À cautela lanço veneno.
Pouco a pouco, vejo que eles conhecem. Ou o Sérgio lhes falou no Poço... Ou têm um filho que escreve no Castelo...
Afinal, até acham alguma piada.
“Sabes? Eu gosto muito da forma como tu escreves. Acho que tens razão. Mas...”
Ai aquele mas! O que é que vai sair dali?
“Vê-se que não és de cá... que não estás informado...”
Mas será preciso estar-se informado para falar do nosso passado em comum? Não merecerá ele um tratamento especial?
“Temos que contribuir para desenvolver Ourém. Há os problemas do comércio, da indústria...”
Pois há. Mas serão diferentes dos problemas do país? Admitamos que sim.
“Eh, pá! Tu é que eras porreiro para escreveres qualquer coisa no blog. Estás informado, acompanhas Ourém todos os dias...”
Retirada suave. Qualquer dia, fogem de mim...
O momento
Pouco a pouco, a realidade cai sobre nós.
Os nossos heróis tudo tentaram. Mas nada foi possível perante o cinismo dos gregos. Não deixarão de ser os nossos heróis, mas à próxima há que escolher melhor. Não nos podemos esquecer da maldição associada à equipa do estádio da Luz. Pode ser que ela se projecte em todos os nossos que o utilizam.
A política vai voltar no seu melhor.
Lembram-se? O desemprego? A crise? A retoma? A fuga de Durão Barroso? Santana...
Que será que está a passar-se?
Eis uma possível resposta.
Sampaio e anti-santanistas em reflexão
Santanistas em campanha
Pouco a pouco, a realidade cai sobre nós.
Os nossos heróis tudo tentaram. Mas nada foi possível perante o cinismo dos gregos. Não deixarão de ser os nossos heróis, mas à próxima há que escolher melhor. Não nos podemos esquecer da maldição associada à equipa do estádio da Luz. Pode ser que ela se projecte em todos os nossos que o utilizam.
A política vai voltar no seu melhor.
Lembram-se? O desemprego? A crise? A retoma? A fuga de Durão Barroso? Santana...
Que será que está a passar-se?
Eis uma possível resposta.
Sampaio e anti-santanistas em reflexão
Santanistas em campanha
O PE em 2000 caracteres por semana
Por Sérgio Ribeiro
Pensavam que, depois de eleitos, os deputados do PE iam todos para férias?
Qual quê?! Nós não.
Logo a 16, ainda madrugada, ala para Bruxelas que o grupo reunia para analisar resultados e perspectivar o futuro. Fiquei lá 4ª, 5ª, e voltei à noite.
Na semana seguinte, repetiu-se a dose, mas mais ampliada pois a partida foi na 3ª com regresso na 5ª.
Nesta, foi dose reduzida, com reuniões 3ª e 4ª.
Já lá vão, nas 3 semanas pós-eleições, 6-viagens de avião-6 e 4-noites em hotel-4.
Depois, cá na terrinha, reuniões e mais reuniões, entre eleitos, colaboradores e responsáveis, no partido, para conhecer, reflectir e decidir sobre o que vai sendo “negociado” em Bruxelas. Sempre com telefones, mails e faxes numa azáfama.
Tem isto importância?
Acho que sim. Prepara-se o trabalho para 5 anos.
O grupo onde os deputados do PCP se integram é a Esquerda Unida Europeia/Esquerda Verde Nórdica, e chegou às eleições com 49 deputados de 10 nacionalidades. Era o 4º grupo, depois do PPE, do PSE e dos “liberais”.
Após as eleições, as componentes alemã (7), portuguesa (2) e finlandesa (1) mantinham-se, diminuíam as dinamarquesa (-1), espanhola (-3), francesa (-12), grega (-3) e sueca (-1), aumentavam as italiana (+1) e holandesa (+1) e somavam-se as componentes checa (6) e cipriota (2). Logo, 39 deputados de 12 países. Para começar.
Alguns deputados que compunham o grupo tinham ido entrando durante a legislatura. Dados políticos relevantes: a queda dos espanhóis (a Isquierda Unida passou, em 99, de 9 a 4 e agora elegeu 2, indo um para os Verdes) e a dos franceses, embora, neste caso, tenha tido grande influência a manobra de divisão do círculo único em 7 regiões para, cirurgicamente, se retirarem eleitos a partidos como o PCF.
Entretanto, entrou para o grupo o eleito do Bloco de Esquerda, como associado, com o estatuto de eleitos franceses (trotskistas e outros) que agora não elegeram ninguém.
Tudo isto dá muito que fazer. Há que escolher presidente e vices, e o secretariado, a repartir pelas componentes, e começa o trabalho fundamental de distribuir os deputados por comissões e delegações. Nós, os do PCP, estamos a procurar estar nas comissões que respeitam ao que estimamos serem os interesses nacionais prioritários – assuntos sociais, pesca, indústria, ambiente, mulheres – e nas delegações com países com que temos mais afinidades – ACP e América do Sul.
Mas também já houve que preparar decisões políticas de fundo por causa da Comissão e de Durão Barroso.
Irei contando.
30.06.2004
Por Sérgio Ribeiro
Pensavam que, depois de eleitos, os deputados do PE iam todos para férias?
Qual quê?! Nós não.
Logo a 16, ainda madrugada, ala para Bruxelas que o grupo reunia para analisar resultados e perspectivar o futuro. Fiquei lá 4ª, 5ª, e voltei à noite.
Na semana seguinte, repetiu-se a dose, mas mais ampliada pois a partida foi na 3ª com regresso na 5ª.
Nesta, foi dose reduzida, com reuniões 3ª e 4ª.
Já lá vão, nas 3 semanas pós-eleições, 6-viagens de avião-6 e 4-noites em hotel-4.
Depois, cá na terrinha, reuniões e mais reuniões, entre eleitos, colaboradores e responsáveis, no partido, para conhecer, reflectir e decidir sobre o que vai sendo “negociado” em Bruxelas. Sempre com telefones, mails e faxes numa azáfama.
Tem isto importância?
Acho que sim. Prepara-se o trabalho para 5 anos.
O grupo onde os deputados do PCP se integram é a Esquerda Unida Europeia/Esquerda Verde Nórdica, e chegou às eleições com 49 deputados de 10 nacionalidades. Era o 4º grupo, depois do PPE, do PSE e dos “liberais”.
Após as eleições, as componentes alemã (7), portuguesa (2) e finlandesa (1) mantinham-se, diminuíam as dinamarquesa (-1), espanhola (-3), francesa (-12), grega (-3) e sueca (-1), aumentavam as italiana (+1) e holandesa (+1) e somavam-se as componentes checa (6) e cipriota (2). Logo, 39 deputados de 12 países. Para começar.
Alguns deputados que compunham o grupo tinham ido entrando durante a legislatura. Dados políticos relevantes: a queda dos espanhóis (a Isquierda Unida passou, em 99, de 9 a 4 e agora elegeu 2, indo um para os Verdes) e a dos franceses, embora, neste caso, tenha tido grande influência a manobra de divisão do círculo único em 7 regiões para, cirurgicamente, se retirarem eleitos a partidos como o PCF.
Entretanto, entrou para o grupo o eleito do Bloco de Esquerda, como associado, com o estatuto de eleitos franceses (trotskistas e outros) que agora não elegeram ninguém.
Tudo isto dá muito que fazer. Há que escolher presidente e vices, e o secretariado, a repartir pelas componentes, e começa o trabalho fundamental de distribuir os deputados por comissões e delegações. Nós, os do PCP, estamos a procurar estar nas comissões que respeitam ao que estimamos serem os interesses nacionais prioritários – assuntos sociais, pesca, indústria, ambiente, mulheres – e nas delegações com países com que temos mais afinidades – ACP e América do Sul.
Mas também já houve que preparar decisões políticas de fundo por causa da Comissão e de Durão Barroso.
Irei contando.
30.06.2004
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