Superman
O ZéQuim fala na necessidade do Mandrake e do Luís Euripo (Big Ben Bolt)
Penso que o problema é um pouco mais sério.
Efectivamente o país não precisa de alguém que o dirija através de truques e ilusões. Para isso bastaram os dois anos de choque fiscal, de promessas de emprego e desenvolvimento que estão em vias de terminar e que deram nesta desgraça a que assistimos todos os dias.
Por outro lado, não há qualquer interesse em andar para aqui à estalada. Vamos a bem, com paz social, em grande harmonia interclassista.
Ora, eu julgo que o herói que melhor reune os atributos necessários para este quadro é o Superman. Na realidade tal como Sampaio, ele esteve num dilema o qual é bem documentado nas aventuras da década de sessenta em que se fala no seu regresso a Krypton.
Ficamos a saber que ele vai ter de optar entre uma Lois que o ama pelos seus poderes como Superman e uma Lyla, representando o regresso às suas origens, que o vê exactamente como ele é, isto é, com as limitações inerentes aos seres da sua espécie.
Tal como Superman, Sampaio está perante uma alternativa...
Sampaio terá de optar entre, por um lado, as suas origens, aqueles que o apoiaram confiantes em que em momentos decisivos ele seria coerente, e, por outro, aqueles outros que transfiguram a sua essência humana num super herói que pode abstrair da ideologia que o acompanhou toda a vida para passar a actuar de acordo com interesses que pretendem ser universais(claro que Marx já desmontou esta treta do interesse universal que se confunde com o da classe dominante).
Qualquer das opções terá custos, mas qualquer delas é legítima do ponto de vista constitucional.
Esperemos que ele se decida pelo regresso a Krypton.
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