sábado, setembro 21, 2019

Uma bela imagem de campanha


Graças à Madeira, o PSD parece estar a despertar. Eis uma excelente imagem da campanha lá do sítio que me faz recordar os saudosos painéis do MRPP. Terá Albuquerque frequentado essa escola? A avaliar pelo seu tom arruaceiro, dá a impressão que a resposta é positiva.

sexta-feira, setembro 20, 2019

O último voo da perdiz


Eis a fabulosa casa onde nasceram e cresceram o Luís Nuno e o Zé Avião. Casa onde entrei muitas vezes para participar em conversas e brincadeiras. Casa com frente para o Poente e costas para o Nascente, ou o inverso...
Lembro-me que eles tinham um estranho jogo com figuras de plástico cujos contornos já não sei precisar. Recordo também que era lá que jogávamos poker de dados de que o Luís contabilizava a evolução.
Muitas vezes, partíamos desta casa para o Central, o Avenida, a feira nova ou o ataque ao moinho.
E, um dia, também fomos daqui para o Largo de Castela.
Permanecemos lá em amena cavaqueira. De repente, um grupo de quatro ou cinco perdizes, em formação, atravessou Ourém. Uma delas parecia ter problemas...
Tinha mesmo. Veio cair na quingosta ao lado do quintal da Júlia padeira.
Corremos para lá para tentar apanhá-la. O pobre animal estava vivo, mas mexia-se mal. Ao fim de algum tempo, o Avião conseguiu apanhá-la.
Voltámos ao Largo de Castela. Ciente dos meus direitos por ter sido o primeiro a vê-la, disse:
- Dá cá...
Mas o Zé não estava pelos ajustes.
- Não, não, a perdiz é minha, eu é que a apanhei.
Tentei tirar-lha, mas ele era muito rápido, não tivesse já treino completo por toda a Ourém, e fugiu direito a casa acompanhado pelo irmão. Ainda lhes atirei com um pedregulho da calçada que felizmente não acertou no alvo.
E, nessa noite, a perdiz foi saboreada na casa virada ao Sol Poente, perante o desespero dos habitantes da casa do Largo de Castela

quinta-feira, setembro 19, 2019

E quando aliviar é difícil

Estávamos a jogar às Damas no nosso canto e o Conde a jogar ao bilhar. 
De repente, ouve-se enorme arraial, a porta giratória parece louca de rodar e entra uma catraia de uns onze anos, seguida de outros mais pequenitos, tudo cheio de pressa, que se dispersaram pelo café.
Assustada, uma senhora, que estava em Ourém de passagem, levantou-se, dirigiu-se ao Ezequiel e perguntou: 
- Tem "toillete"? 
O Ezequiel no seu alto profissionalismo, conhecendo o local solicitado por "casa de banho" ou, eventualmente, "retrete", respondeu não se intimidando: 
- Minha Senhora, neste momento está esgotado. Muito provavelmente para a semana já temos. 



Fonte: Memórias do nosso querido amigo Avião
Há a dúvida de o Conde se chamar Duque… e, de acordo com a Lena e o Duarte, é Duque

quarta-feira, setembro 18, 2019

Ourém, uma estória de hoje… mas repetitiva

Vim até cá para tratar umas coisas. Limpar casa, limpar ervas, passar um bocado…

Mal entrei em casa, um cheirete demoníaco. Tinha o frigorífico todo infecto, pois deve ter-se desligado em tempo de trovoado. Toda a terça-feira a limpar. A meio da tarde, lá para as três mais um corte de eletricidade.

Levantei-me pelas sete e fui cortar ervas e rebocar umas coisitas. Suei que me fartei. Fiquei a cheirar que nem um porco na pocilga. Pelas onze fui tomar a banhoca da ordem. Não havia água. Felizmente, tinha-me prevenido com uns garrafões, pois já sei do que a casa gasta…

Há pouco um contacto com a concessionária das águas só resultou em música.

Não sei se diga: malvada Ourém!? Ou malvado autarca!? Ou malvados serviços!?


Da... da O fotográfo distraído

Houve um professor de que só se sabe a alcunha por que ficou conhecido. Veio de África e ensinava português. Vivia na Avenida, perto da casa do Melo. Era o "Zebú". 
Para começar uma frase tinha que usar a expressão "Da...da..."
Lembro-me que um dia chamou o Amílcar ao quadro e lhe disse "Da...da..., Amílcar escreve aí" . E o Amílcar escreveu 

Da...da... Amílcar escreve aí! 

Também há que contar que era um excelente ... fotógrafo. Só que não vimos qualquer fotografia. Tirava, com a sua máquina, fotografias a toda a gente. Em grupo ou separado. 
E quando pedíamos para ver essas fotografias, respondia invariavelmente: "Da... da perdi as chaves da gaveta onde as meti.". Se fosse hoje, desconfiávamos...




(Nota: adaptado das memórias do Zé Rito, o nosso querido Avião)

terça-feira, setembro 17, 2019

Será que queriam deitar fogo ao colégio?


No intervalo das aulas, um grupo de estudantes do CFL estava a fumar, às escondidas, por trás do ginásio.
Ao atirarem as beatas fora para junto de um silvado que ali havia, aconteceu o inevitável: o silvado começou a arder.
Fugiram para a encosta dos moinhos. Sorrateiramente, deram a volta e chegaram ao local do crime vindos do lado oposto. Já havia muita gente com baldes que conseguiu apagar o fogo.
Mas alguém os tinha visto e denunciou-os. Deram uma desculpa e atribuíram a autoria ao Natureza, rapaz que vivia na Rua da Castela (que obviamente não pôde defender-se, pois não estava lá).
Durante muito tempo estiveram à espera de ser chamados ao gabinete do Dr. Armando e prestar contas, que seriam pesadas. Mas, daquela vez, escaparam... e o Natureza também não foi incomodado.
Belos tempos em que os fogos se apagavam com alguns baldes de água.


Esta e outras revelações podem ser encontradas nas magníficas crónicas do Zé Rito, o nosso venerado "Avião".

segunda-feira, setembro 16, 2019

A seita do autocarro dos Claras

Eram de Fátima. 
Lembro-me especialmente de quatro: o Matias, o José Augusto, o Seminário (Frazão) e o Zé Carlos. Operando em turmas diferentes, recordo o Pinto e o Rui.
Eles aí vinham na fabulosa camioneta dos Claras a caminho do CFL. Antes, passavam pela tasca do Frazão para uma partida de matraquilhos.
Tenho uma boa recordação de quase todos.
De quando em quando ainda encontro o Matias perto do Cinquentenário em Fátima.
O Zé Augusto foi o protagonista da história do mata-borrão e, por isso, está imortalizado pela nossa crónica. Sabe-se também que inúmeras vezes regressou a Fátima a pé, pois gastou o dinheiro para o regresso a jogar à batota.
Encontrei o Pinto há anos em Ourém como gerente de um banco. Exactamente o mesmo, excelente pessoa, sempre disponível, especialmente depois de ter sido exemplarmente sovado pelo Dr. Armando junto ao magnífico cineteatro da nossa terra.
Já não encontro o Rui há muitos anos, sempre convivi pouco com ele.
Deixei para o fim aqueles com quem me dei mais.
O Frazão, excelente ponta de lança, portador da alcunha Seminário devido à existência na época de famoso jogador com esse nome, brindava-me sistematicamente com os livros de banda desenhada que devorava nos intervalos e que, conhecida a história, deixavam de lhe interessar. Era a concretização correta e sistemática da partilha. Um dia, foi-se embora e nunca mais o encontrei.
Por fim o Zé Carlos. Foi um amigo, acompanhou-me por aquele CFL durante vários anos. Falou-me nas estrelas de Hollywood que tanto admirava. 
Há anos, passou-se uma cena caricata com um deles.
Foi na Milano, em Fátima. “X! Eh, pá! Não és o X...?”. “Sou, sim”. “Não me conheces? Sou o Luís. Do CFL”. “Não, não faço a menor ideia...”.
Que lhe terá passado pela cabeça? Estaria assim tão diferente? Não foi um dia, dois, foram anos...
Desde então, passei a ter especial cuidado na abordagem a velhos conhecidos. 

domingo, setembro 15, 2019

UM SNS para a bicharada


Tenho vindo a assistir com algum interesse aos debates da pré-campanha. As propostas à direita e à esquerda não me admiram, mas, por vezes, sou levado a reparar na diferenciação de atitudes de alguns candidatos perante aqueles com quem debatem.
É o caso do candidato do PAN (Partido doa animais e natureza). É que a sua postura, o seu tom foi completamente diferente perante Rui Rio daquilo que foi perante, Costa, Catarina...
André Silva, na minha modesta opinião, cilindrou Rui Rio o qual não foi capaz de fazer mais do que acusá-lo de fundamentalista por causa da sua proposta de um SNS para os animais.
Deu-me a sensação que o candidato do PAN se estava a posicionar para uma renovação da gerigonça

O monstro arquitetónico



Sempre achei um piadão a esta construção.
Como surgiu? Para que servia? A sua configuração é única
A verdade é que proporcionava formidável enquadramento com o Castelo.
E parecia um marco que nos dizia: para lá, é o passado, para cá a "civilização".
Curiosamente foi uma testemunha. Ela estava presente na nossa deliciosa passagem por Ourém, ela desapareceu com a nossa separação.
Ficaria bem rodeada de uma calçadinha com uns vinte metros de raio. Mas o interesse pelo vil metal foi com certeza mais forte. Malvado autarca que o consentiu!
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