sábado, junho 04, 2005

O que lhes falta hoje


Um livro de estudo da 1ª República Posted by Hello


Em todos os países cultos se tem reconhecido a vantagem de desenvolver a instrução e, ao mesmo tempo, dar a todos os cidadãos uma educação que os torne aptos para bem cumprirem os seus deveres e exercerem os seus direitos. Por isso, modernamente, as lições de civismo constituem em toda a parte cursos obrigatórios e ocupam nas escolas primárias o lugar mais importante.
Já entre os povos antigos as crianças eram guiadas por mestres competentes no estudo das questões que interessam à sua futura vida pública; e na Grécia e em Roma - cuja história é um maravilhoso campo onde se encontram estímulos e ensinamentos da maior utilidade - a missão da escola quase se resumia em formar bons cidadãos.
Nos países modernos, principalmente naqueles que se orientam por instituições democráticas, o sentimento instintivo do amor da pátria é robustecido pelos exemplos da história; e a maior preocupação é formar o carácter da mocidade, ensinando-lhe todas as virtudes cívicas sem a s quais não pode haver progresso.
Em Portugal, esse estudo, tão importante e tão necessário, só nos últimos tempos se tem desenvolvido um pouco.

Um extracto deste livrinho, datado de 1917, com 225 páginas, onde são apresentados alguns dos factos essenciais da nossa história com o objectivo de reforçar a união entre as pessoas e o seu país. Ao que parece tinha começado naquela altura em Portugal, mas, a avaliar por exemplos actuais, cedo deve ter terminado.
Salvam-se os que sabem estar no lugar certo

De acordo com o Correio da Manhã, os deputados levam mais um milhão desta vez através de um reforço do orçamento da Assembelia da República para pagar subsídios de reintegração a 64 não eleitos.
O jornal dá os nomes dos que se habilitaram, mas fiquei tão enjoado que nem tive a coragem de ver.
Depois dizem que somos nós que andamos a diabolizar a classe política.
Acho que falta a esta gente algo como educação cívica para não pensarem que estão acima do povo que os elegeu. Como vão longe os tempos da 1ª República como demonstrará o livrinho que temos para mostrar no próximo post.
Condecorações em saldo

No dez de Junho, Sampaio vai desfazer-se em condecorações a portugueses ilustres. Leonor Beleza (ainda estou para descobrir que valorosos feitos praticou e, caso os tenha, por que terá sido excluído Costa Freire... e o GTI), Elisa Ferreira, Nicolau Breyner, Sevinate Pinto, Catarina Furtado estão entre os homenageados pelo nosso estimado presidente. Tenho alguma esperança que, algum dia, o José Castelo Branco ou outro insigne frequentador da quinta das celebridades venha a ser considerado.
Enfim, a total vulgarização de uma prática que acaba por tirar todo o significado ao 10 de Junho... e que me faz lembrar o que já se dizia com as condecorações no tempo de Salazar: "eles condecoram-se uns aos outros".

sexta-feira, junho 03, 2005

A campanha de "assassinato de carácter" contra o ministro das Finanças

O nosso simpático Ministro das Finanças desfruta de uma reforma de 8000 euros mensais do fundo de pensões do Banco de Portugal em acumulação com o seu vencimento.
É sem dúvida uma pessoa de bem e digna de toda a confiança como garante o Eng. Sócrates. Isso não está em questão. Só que, relativamente a pessoa tão boa e solidária, não se compreende porque não se junta aos sacrifícios que exige aos portugueses. Porque, certamente, em 6 anos de serviço, nunca fez descontos para ter uma reforma daquele montante.
O Estado que temos

É notícia da TVI: 13 novos BMWs para o Tribunal Constitucional no valor de 500000 euros.
Traduz a moralidade da austeridade.
Morrer de amor

Sinopse pela MediaBooks: «(...) a história de um velho jornalista de noventa anos que deseja festejar a sua longa existência de prostitutas, livros e crónicas com uma noite de amor com uma jovem virgem.

Inspirado no romance A Casa das Belas Adormecidas do Nobel japonês Yasunari Kawabata, o consagrado escritor colombiano submerge-nos, num texto pleno de metáforas, nos amores e desamores de um solitário e sonhador ancião que nunca se deitou com uma mulher sem lhe pagar e nunca imaginou que encontraria assim o verdadeiro amor.

Rosa Cabarcas, a dona de um prostíbulo, conduzi-lo-á à jovem com quem aprenderá que para o amor não há tempo nem idade e que um velho pode morrer de amor em vez de velhice.

A escrita incomparável de Gabriel Garcia Marquez num romance que é ao mesmo tempo uma reflexão sobre a velhice e a celebração das alegrias da paixão.»
Travar o não

De acordo com a página em linha do Público, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral, admitiu ontem à noite a hipótese de o referendo à Constituição europeia não se realizar em Portugal, caso haja consenso no sentido de travar o processo de ratificação no próximo Conselho Europeu...
Ocuparam-lhe a terra


Resistir à ocupação espanhola Posted by Hello

Océlia é a filha do imperador inca Atahualpa Capac Amarú, traiçoeiramente preso em 15 de Novembro de 1532 por Francisco Pizarro e mandado matar em 29 de Agosto de 1533. Todos os seus actos são subordinados ao desejo ardente de vingar a morte do pai e livrar o seu país da escravidão. Ela simboliza o amor da pátria.
Mas há outras personagens.
Ima, pela sua dedicação e afeição sincera à irmã e pela sua doçura e bondade, simboliza o amor fraternal em todo o seu mais ardente ardente e afectuoso sentir.
Frei Cervantes é o tipo de homem sensível e entusiasta nos seus afectos, deixando-se facilmente apaixonar por tudo o que é generoso e grande.
Francisco Pizarro era o governador do Peru. Nem o próprio nome sabia escrever: quando, como governador do Peru, assinava qualquer documento, fazia dois traços e entre estes é que o secretário escrevia Francisco Pizarro.
Gonçalo Pizarro é robusto e valente, mas de uma avidez insaciável e dum orgulho sem limites sendo ao mesmo tempo tão ignorante como o irmão, mas sem ter a inteligênia deste.
Enfim, personagens para uma peça em cinco actos: lutar até vencer ou morrer; descrença e deseperança; vae victis; sublime amor fraterno; hecatombe nos céus e na terra.
Trata-se de mais um livrinho, com 176 páginas, do espólio de um oureense que viveu na nossa terra no século passado.

quinta-feira, junho 02, 2005

Acabou o sossego?

Era uma das últimas maravilhas de Ourém.
Mas a globalização não perdoa. De acordo com o NO que sairá amanhã, a farmácia Leitão, em plena Praça dos Carros, no dia 28 de Maio, foi assaltada por um encapuçado que levou cerca de 200 euros com toda a facilidade. Fugiu numa viatura onde um segundo indivíduo o aguardava ao volante. Visto do Central até deve ter sido giro, mas...
Não os parem já, não...
É caso para perguntar aos candidatos David Catarino e José Alho o que vão fazer para melhorar a segurança dos oureenses.
Um herói da nossa juventude

«Nascido no sul da Califórnia no século XVIII, Diego de la Vega é um rapaz preso entre dois mundos. O pai, um militar aristocrata espanhol, é um importante latifundiário. A mãe, por outro lado, é uma guerreira da tribo indígena Shoshone.
Da avó materna, Coruja Branca, aprende os costumes da sua gente, enquanto que do pai aprende a arte da esgrima e como marcar o gado. Durante a infância, cheia de traquinices e aventuras, Diego é testemunha das brutais injustiças que os indígenas norte-americanos enfrentam pela parte dos colonos europeus, e sente pela primeira vez um conflito interior em relação à sua herança.
Aos 16 anos, Diego é enviado a Barcelona para receber uma educação europeia. Num país oprimido pela corrupção do domínio Napoleónico, o jovem decide seguir o exemplo do seu célebre professor de esgrima, e adere À Justiça, um movimento clandestino de resistência, que se dedica a ajudar os pobres e indefesos. Imerso num mundo de um ambiente de revolta e desordem, enfrenta pela primeira vez um grande rival que vem de um mundo de privilégio.
Entre a Califórnia e Barcelona, o novo mundo e o velho continente, forma-se a personagem do Zorro, nasce um grande herói e começa a lenda. Depois de muitas aventuras – duelos ao amanhecer, violentas batalhas marítimas com piratas e resgates impossíveis – Diego de la Vega, conhecido também como Zorro, regressa à América para reclamar a propriedade onde cresceu, em busca de justiça para todos aqueles que não podem lutar por si próprios.»

Sinopse elaborada pela Mediabooks
"Regresso"

Quando eu voltar,
que se alongue sobre o mar,
o meu canto ao Creador!
Porque me deu, vida e amor,
para voltar...

Voltar...
Ver de novo baloiçar
a fronde magestosa das palmeiras
que as derradeiras horas do dia,
circundam de magia...
Regressar...
Poder de novo respirar,
(oh!...minha terra!...)
aquele odor escaldante
que o humus vivificante
do teu solo encerra!
Embriagar
uma vez mais o olhar,
numa alegria selvagem,
com o tom da tua paisagem,
que o sol,
a dardejar calor,
transforma num inferno de cor...

Cada vez melhor o Mega Fauna
A maldição de Barroso

Algo de mau persegue a simpática figura do nosso ex-primeiro Durão Barroso.
Em Portugal, desfrutava de confortável maioria absoluta, mas, a breve trecho, virou todos contra si, pirou-se para a Europa e estoirou com o partido, dando-o de bandeja à quase loucura de Santana Lopes.
Na presidência da Comissão Europeia, cargo para o qual, era opinião de todos, tinha excelente perfil, eis que lhe aparece a batata quente do referendo europeu e a Europa, por que o capital tanto ansiava, parece começar a desmoronar-se.
Para onde será a sua próxima fuga?
A escrava cristã

Quinta-feira.
Dia de mercado em Ourém.
Há uns cinquenta anos, na casa do Largo de Castela, eu e a minha mãe preparamo-nos para a habitual visita à feira.
A gatinha branca e preta dorme sobre uma almofada no recanto da escada.
Há pouco, o Armindo passou por aqui de bicicleta para trocarmos cromos da bola. De uma assentada, obtive o Vasques, o Rogério e o Carlos Gomes.
Finalmente, saímos de casa, mas ainda tivemos tempo para uma visita à vizinha que prepara a mudança para o bairro dos pobres.
Descemos à Avenida, passámos ao chafariz frente ao Sabino, chegámos à praça dos carros. Frente ao Central, a bicha para comprar o Mundo de Aventuras, atingia quase a loja do Povo. Lá estavam o Abel, o Rui Costa, o Pintassilgo nos seus catorze, quinze anitos.
A nossa primeira visita é ao mercado da fruta. Depois, descemos, frente à igreja para o mercado do peixe. Lembro-me de um conjunto de bancadas em pedra, mais ou menos ao ar livre que depois foi substituído pelo mercado já descontinuado. Sabia que ia ser dia bom com carapau grelhado e tangerinas...
Alguém apregoa um folheto com os versos do Dr. Preto. Ora bolas! Não haverá ninguém em Ourém que me empreste por uns dias uma preciosidade destas? Mas naquele tempo não lhes ligava muito. Eu estava com o sentido naquilo que o meu irmão compraria no Central.
E de repente, uma voz anuncia bem alto:
- Olha a história da escrava cristã! Comprem levem para vossas casas uma história que vai derreter os vossos corações...
Contemplei embevecido aquele livrinho. Tão bonito. Tão fino, se calhar tinha ilustrações, se calhar era de continuação. Mais tarde, vim a descobri-lo neste espólio...

quarta-feira, junho 01, 2005

Aos poucos vão desaparecendo...

...as referências que criaram os heróis da minha infância.
O Salinas, o Peon... agora foi o Eduardo Teixeira Coelho.
Curiosamente publicou trabalhos no Mosquito, no Mundo de Aventuras, no Cavaleiro Andante e no Jornal do Cuto.
Trata-se de um autor que chegou a ter problemas no nosso país quando este era governado pela ditadura salazarenta. Trabalhou em Itália, militou no PArtido Comunista Francês e deixou-nos um património inegável em termos de banda desenhada.
Acima, a capa do FAlcão Negro e, em baixo, um pormenor de A Caminho do Oriente.

O horário da biblioteca


A CUF ensina Posted by Hello

E enquanto os meus amigos se degladiam acerca do horário da biblioteca, esquecendo que ela nem disponibiliza um catálogo na INternet, eu, que, ao longo destes anos, fui investindo em alguns livrinhos, contemplo um caderno editado pela Companhia União Fabril na qual esta relatava os benefícios da utilização de certos produtos para aumentar as colheitas.
O pormenor chega à medição das mesmas em Ourém, em terras património de Sua Excelência, o Barão de Alvaiázere, como prova a figura seguinte.


A quinta do barão Posted by Hello

terça-feira, maio 31, 2005

Moi je te dis non! NON!

É tal como na canção da Patricia Carli. Os franceses já se pronunciaram, amanhã serão os holandeses e esperemos que os resultados sejam os mesmos.
Não sou contra a Europa.
Mas os nossos amigos ensinaram-nos que, ao embarcar para esta aventura, ela deve ser bem preparada.
Liberalizar o mercado a nível europeu? Mercadejar mais a força de trabalho? Deslocalizar? Isto é despedir a nível local e investir a nível global? Brincalhões!
Façam trabalho de casa. Não nos obriguem a alinhar sem se saber em quê.
A Europa social pode ser uma ideia interessante. Tratem-na e, quando tiverem alguma coisa de jeito, proponham e esclareçam. E até lá deixem-se dessa estúpida lamúria sobre o atraso do comboio. Só o atrasa quem prepara mal o percurso...
Nem os pensionistas escapam...

Nota: de acordo com o Público de hoje, 1 de Junho de 2005, esta diminuição das
deduções só se confirma para os que recebem valores superiores a 50000 euros.
Antes assim...

... ao ataque às finanças dos pobres iniciado pelo novo governo.
Preparem as bolsas, reformados pobres de Ourém. Lá se vão as deduções.
O novo ministro não é para brincadeiras nem vai em utopias. Ele sabe muito bem que não conseguirá apanhar os tais que beneficiam desta bagunça em que o país se transformou. Eles vão continuar com elevados rendimentos que nunca conseguirá determinar e colectar e o caminho é sacrificar os que não podem escapar. Trata-se de um ensinamento já pacífico.
Ao mesmo tempo, descobrem-se talentos petrolíferos no autarca Fernado Gomes e aquíferos no seu seguidor Nuno Cardoso. Será que os meus amigos repararam no luxo do edifíco da Galp ontem na reportagem? Tenho a impressão que aquilo dava para pagar as pensões todas durantes uns tempos...
Não, meus amigos, isto não é atacar o PS, os socialistas, eles é que estão a fazer a pior propaganda de si próprios. Perguntarão: mas qual é a alternativa? O que é que eles podem fazer? Meus amigos, quem não tem alternativas, e a palavra SOCIALISMO tem um significado muito preciso, não deve aceitar governar. Participa para marcar posição e acabou...
Entretanto, o nosso venerado presidente David esfrega as mãos todo contente, mas o José Alho não merecia esta partida do novo governo. Eu saberei distinguir isso nos próximos tempos...
Uma Ourém anterior à que adorava


Fotografia dos Pa�os do Concelho de 1926 e parte do vasto terreiro que o povo baptizou de "Feira do Mês".
Posted by Hello

Por vezes, o espectáculo a partir da casa do Largo de Castela era mais animado. Se não estou em erro, regularmente, pelo dia três, realizava-se a feira do mês no largo junto à escola da Dona Iria, perto da prisão da GNR.
E a rua de Castela enchia-se das mais diversas espécies de animais - ovelhas, carneiros, cabritos, burros, vacas, mulas - que a desciam para se dirigirem ao largo da feira onde eram transacionados.
O ruído dos chocalhos, a mistura dos sons produzidos pelos animais e pelas pessoas que os controlavam, o seu tropel eram magníficos dando a tudo aquilo uma sensação que de semelhante só se encontrava nos filmes do Oeste com as cavalgadas junto aos bisontes ou a manadas de gado tresmalhadas.
Eu abria a porta e via todo aquele ondulado barulhento a passar. Depois era de novo o silêncio, a rua ficava um pouco suja com excrementos do tipo azeitona e, no mês seguinte, lá se repetia a história.
O carrinho de madeira


Ainda lá está Posted by Hello

Desloco-me do Largo de Castela na direcção da Câmara no meu carrinho de madeira novinho em folha. Trata-se de um pau tipo cabo de vassoura atravessado ao meio por um pequeno bocado de madeira e terminado numa extremidade por uma roda com uns vinte centímetros de diâmetro que funciona em torno de um eixo que atravessa o pau. Frente à prisão da GNR saúdo o simpático prisioneiro que teve a amabilidade de me oferecer aquilo que era produto da sua tentativa de passar o tempo o mais depressa possível. Como é possível pessoa tão boa estar ali dentro, atrás daquelas grades?
Chego junto à Câmara e sigo por trás, mais à frente viro à esquerda e continuo. Começo a ouvir o som que vem da escola do Roque daqueles que decoram tabuada:
um vezes um, um
um vezes dois, dois
um vezes três, três…
Fujo dali. Ena! Que coisa difícil.
Adorava esta Ourém (6)

O Restaurante do Avenida Posted by Hello

O NA insiste e lá me vai trazendo algumas imagens que acabam por dilacerar uma mente cada vez mais fraca.
Eis mais um caso que não é irrecuperável.
Tal como dizia o NO, uma sala como estas é necessária e tem toda a justificação na nossa terra. E, como eu disse, por baixo da ocupação da Marina, tudo isto lá permanece...
Um açougue em casa


Criar coelhos Posted by Hello

Está visto: o trabalho assalariado ou a produção para o mercado estão condenados quer pela ameaça do desemprego, quer pelas restrições impostas pela UE, quer pelo crescimento imparável do IVA. Os oureenses, tal como os restantes portugueses, têm que procurar novas perspectivas.
Folheando mais um livrinho que fazia parte do espólio de um oureense do século passado, deparei com alguns excelentes conselhos provenientes da campanha de produção agrícola.
Temos de tornar Ourém uma região auto-suficiente em termos alimentares. Uma boa ajuda nesse sentido será a criação caseira de coelhos.
Diz o livrinho: " Se houver o cuidado de bem espaçar as datas de cobrição durante o ano, bastam 3 fêmeas para termos em casa um delicioso prato de coelho uma vez por semana".
E noutro ponto:"Ninguém esqueça, portanto, perante as nuvens sempre mais sombriamente desenhadas no horizonte, que ter no quintal, no terraço, debaixo do alpendre ou na horta uma coelheira convenientemente povoada, é o mesmo que ter um açougue em casa!".
Mas o autor do livrinho esquece um pormenor importante: em minha casa ninguém terá coragem para fazer mal a qualquer coelho que por ali seja criado, a tendência será sempre para considerá-lo membro da família. Assim, esta ideia para ultrapassar a crise, transformar-se-ia a curto prazo em falência total.
Permanece a questão: que fazer perante o monumental ataque do governo (objectivamente ao serviço do capital) às nossas pobres posses?

segunda-feira, maio 30, 2005

É-me impossível a indiferença


Viva o Verão I Posted by Hello

perante o trabalho de Manuel Morgado que pode ser apreciado no seu blog.
Não sei se é bom ou mau pois não tenho aptidão para a sua apreciação nesse contexto e sei que sou suspeito nessa perspectiva. Mas sei que gosto...
A trupe dos AAAVia blog da Som da Tinta



Amizade e partilha são palavras que podem caracterizar a relação de muitas pessoas com a Som da Tinta. Estou invejoso por não ter merecido esta dádiva ao Tó ou ao seu irmão (que mal conheci). Mas, se eles tiverem mais preciosidades sobre Ourém, este espaço bem as necessita. Eis o texto que acompanha a fotografia:
No começo da conversa/conferencia de Fernando Catarino, a proposito de "outras selvas" (de hoje) recordou, com alguma nostalgia, algumas coisas da antiga Vila Nova de Ourem. Entre outras, uma jazz-band (disse ele). E tambem lembrou o sempre lembrado Toná.
Pois tivemos a surpresa de um filho do "nosso" Toná, que estava presente e a participar no convivio, nos aparecer, uma meia-hora mais tarde, com esta fotografia:
Era a troupe (a "jazz-band") dos AAA. Porque todos tinham o nome começado por A, menos um a quem, para se resolver o problema, "crismaram" de... Azelha (coisas, certamente, do Toná...).
Por ordem crescente de alturas (sem contar com a mascote, que hoje terá 70 anos ou mais!):
Alho, Azelha, Abilio, Antonio "Baleco". Augusto, Andrade, Afonso A e Antonio A.
Nao é que se queira fazer concorrência aos interessantes blogs que estao a reproduzir fotos antigas (embora tenhamos algumas que estao `a disposiçao) mas nao resistimos a apresentar esta. E muito se agradece a surpresa amiga!
As entrevistas do Notícias de Cá


Sérgio Ribeiro Posted by Hello

Depois de termos ouvido José Manuel Alho, da Atouguia, candidato do Partido Socialista à Câmara de Ourém, vamos ouvir Sérgio Ribeiro, do Zambujal, candidato da Coligação Democrática Unitária (CDU) à Assembleia Municipal (AM).
Se outros candidatos desta zona forem anunciados como cabeças de lista à Câmara ou à AM, também os ouviremos e temos a intenção de ouvir todos os cabeças de lista à Junta de Freguesia da Atouguia.

Sérgio Ribeiro, que projectos traz com a sua candidatura?
Candidato-me pela CDU com o projecto de, depois de eleito, continuar o que fiz entre 1997 e 2001, como membro da AM, e que, de certo modo, foi interrompido. Fazer da AM um orgão participado, onde as pessoas possam levar os seus problemas e discutir o que é importante para as populações. Por exemplo: nesses 4 anos, a luta da população da nossa zona, no que se refere aos fornos de carvão, passou pela AM. Portanto, o projecto em concreto depende dos problemas concretos que a população sinta, e levante, e faça conhecer...

... mas em relação aos problemas do concelho?
Em relação ao concelho no seu conjunto, a AM tem intervenção no orçamento e plano de actividades, e estarei sempre nas batalhas para melhorar o ambiente e o bem estar das populações, procurando uma boa distribuição dos meios. Num plano ainda mais geral, penso que, nos próximos 4 anos, vamos ter uma dura luta relativamente ao posicionamento do nosso concelho no ordenamento do território.
É preciso avançar seriamente numa definição regional e sair desta situação de não saber a que distrito pertencemos, de que terra somos!


.. e a nível social?
A nível social, a AM pode tomar posições relativamente às estruturas de apoio a idosos e, como membro da AM, irei dar uma atenção particular aos lares e centros de dia e aos cuidados continuados (ou contínuos) porque a população desta zona tem um elevado nível etário.

E a nível económico; a importância de Fátima?
A Fátima é muito importante e os seus reflexos económicos no concelho são contraditórios e têm de ser muito bem analisados. Acho que as potencialidades do turismo são enormes e desaproveitadas na perspectiva do concelho no seu conjunto. Outro factor de enorme importância são as remessas dos emigrantes que devem ser integradas na economia concelhia. É um dos meus “cavalos de batalha” há décadas e na AM tomarei posições institucionais.

Que quer dizer em relação aos jovens?
Como membro da AM estimularei quanto puder o associativismo e chamarei a atenção para a falta de infraestruturas de lazer e desporto da freguesia da Atouguia, para o desaproveitamento do campo de S.Gens, que se deve revitalizar, promoverei espaços como o largo da capela de S. Sebastião e as fontes das Fontaínhas (e outros, que não faltam na freguesia), que são lugares muito aprazíveis e podem estimular convívios e actividades lúdicas e desportivas.

A sua opinião sobre outros candidatos
Tenho muita consideração por quem se disponibiliza para ser candidato a representar os outros. O único que conheço, por agora, o José Manuel Alho, é um homem de que sou amigo há muitos anos e cuja vida profissional e cívica me merece muito respeito.

Últimas palavras...
Um assunto que não pode deixar de ser tratado é o do cemitério do Zambujal. A população sente ou não a sua falta? Por último: a CDU procurará tudo fazer a favor das populações e para que a democracia seja mais participativa. Mandatos na AM podem ajudar esse esforço.
Uma nova semana

que começa...
debaixo do pessimismo associado às medidas tomadas pelo governo de Sócrates. Eu até acredito que era necessário fazer algo, mas aquela encenação é que me é difícil de digerir. E, depois, ter que gramar mais uns anitos nesta seca sem ir para Ourém...
Como dizia, nova semana que começa e estou um pouco desorientado quanto ao que postar no blog. Visitei os blogs vizinhos e notei que a Som da Tinta é um verdadeiro repositório de pessoas importantes que passaram pela nossa terra. Encontrei lá muitas coisas giras: a trupe dos AAA, os trabalhos de Manuel Morgado. E se eu lhes gamasse esses conteúdos? Vamos começar por aí.
Entretanto, recebi novo exemplar do Notícias de Cá com mais uma entrevista a um candidato às próximas eleições em Ourém. É curioso como um jornaleco (se é que se pode utilizar este termo) dá esta atenção a este assunto que parece passar ao lado da imprensa de Ourém. Vamos reproduzi-la.
Vi entretanto que o Photoman dedicou parte da semana ao Benfica com fotos e fotos e fotos. Aqui fica um apontador para ele...

domingo, maio 29, 2005

A derrota

Por toda a parte se ouvem foguetes celebrando a derrota do Benfica.
Já a previa. Durante todo este ano, foi uma equipa sem chama, sem jogo, que se soube aproveitar dos deslizes dos outros. Ao ganhar o campeonato, convenceu-se da superioridade e hei-los a descurar a preparação para este jogo.
Trapatoni vai embora? Ainda bem...
As campanhas de produção agrícola


Um ambiente de trabalho saudável Posted by Hello

Já repararam que, se logo à noite, o não ganhar, isso poderá gerar um movimento imparável, crescendo em bola de neve que poderá fazer que tenhamos de olhar a produção mais em termos das nossas fronteiras e dizer adeus à Europa que tanto nos condicionou em anos recentes.
Não me desagrada a ideia.
Aliás, ainda ontem, senti monumental tristeza perante uma reportagem de produtores de cereja de Alfândega da Fé que não conseguem escoar a sua produção apesar de ser de qualidade incomparável.
Ouvindo aquilo, nem sei para que serve um Estado intervencionista. Então não lhe poderia adquirir a produção a um preço satisfatório e lançá-la no mercado em condições de concorrência com a proveniente de Espanha?
A situação actual pode ser contraposta às campanhas de produção agrícola do século passado.
Eis um texto de 1942, inserido na campanha da Produção Agrícola e editato pela repartição de Estudos, Informação e Propaganda da direcção Geral dos Serviços Agrícola do Ministério da Economia, da autoria do Eng. Agrónomo Ernesto Burguete.
Abre com uma citação:
"... também o leite é pão, também a carne é pão".
António Luís de Seabra

O texto é escrito numa linguagem muito acessível e até amistosa, definindo a ensilagem como um dos três métodos pelo qual pode obter-se a conservação das forragens e estende-se até à página 17.
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