sexta-feira, janeiro 25, 2008

Colecção Caravana, Vol I – O Rural voltou

Data de edição: Janeiro de 1962
Dimensão aproximada: 70 * 105
Número de páginas: 92, manuscritas, tinta azul
Organização: 8 capítulos sem título; o IX aparece iniciado sugerindo que a obra ficou inacabada
Capa: em papel "Cavalinho" a cores, representando um cow-boy que espera enquanto um homem está pelo chão, sem consciência, provavelmente morto. Reparem no excelente pormenor da cerca em madeira. Desenhada pelo autor a partir de decalque de fonte já desconhecida
Sinopse da obra: acabada a guerra da secessão, Claude estabeleceu-se numa povoação onde conviviam antigos nortistas e sulistas. Apesar das feridas deixadas pela guerra, o relacionamento entre as pessoas era na generalidade bom, mas havia dois conhecidos de Claude que não lhe perdoaram a condição de antigo nortista. Um deles, Larry Ferguson, era o pai de uma escultural e linda menina a cujos encantos o ex-combatente não conseguiu escapar. A paixão entre eles cresceu até que um dia foi descoberta por Larry que tentou afastar Claude da filha. Não o conseguindo, optou por o atacar das mais diversas formas. Num desses ataques, Claude foi abrigado a abater alguns homens de Larry e, apesar de o combate ter sido leal, formou-se contra ele formidável opinião negativa que o levou a abandonar a terra por alguns anos. A filha de Larry não o seguiu, sofrendo com a sua ausência. Longe da sua terra, Claude dedicou-se à defesa da lei e da ordem integrando um corpo de polícia do Texas que o levou a múltiplas aventuras. Um dia, pensando que tudo estaria esquecido da mente das pessoas, voltou à sua terra, para recuperar a sua amada. Mas encontrou o local em que vivera sob o jugo do todo poderoso Arino the Kat, detentor de extensa propriedade, com múltiplos pistoleiros a soldo e capaz dos actos mais vis para sustentar o seu poder. Contava-se que um dia tinha entrado na povoação com a manada de gado tresmalhada e pistoleiros a soldo, disparando para o ar, arrasando completamente uma das suas ruas, sem qualquer respeito pelos que lá viviam, e com a argumentação de que aquelas casas “estavam no sítio errado”. Nada podia motivar mais o nosso herói do que repor a lei e a ordem na sua terra e recuperar a mulher que adorava. A obra continua através de um conjunto de peripécias cujo desenlace não é fácil de desvendar... Quem vencerá? Claude? Arino the Cat? Encontrará ele a sua amada? E Larry? Nas novas condições, aceitará tê-lo por perto?

quinta-feira, janeiro 24, 2008

A obra do blogger enquanto jovem e escritor

O Carnaval está à porta pelo que o OUREM decidiu ridicularizar ainda mais o seu autor, expondo-o à dura e exigente crítica dos seus amigos (oureenses e outros), através da divulgação de um segredo até agora fielmente guardado e só conhecido da família, do Rui Melo e da Paulinha (estes devido a invisível divulgação durante as últimas autárquicas).
Trata-se do seguinte: entre 1962 e 1963, nos seus treze, catorze anos, o Luís era um entusiasta criador de estórias do Oeste Selvagem, muitas das quais antecipavam o actual ambiente de facínoras que se respira em certos lugares da nossa terra e país, mas que nunca saíram do baú para publicação ou divulgação. Produziu quase uma dezena de obras organizadas numa colecção designada por Caravana o que lhes conferia um certo sabor a pioneirismo...
Neste momento, é impossível refazer texto entretanto desaparecido ou divulgar algum que ainda exista mas cujo conteúdo é de profundo e insofismável mau gosto. Naquele tempo, a cabeça do autor jorrava cowboiadas a toda a hora, conferindo-lhe um alheamento que todos notavam e, por vezes, estranhavam, mas que correspondia a elevado processamento intelectual. No entanto, pode ser estabelecido um catálogo relativo a tão notáveis criações (e reparem que o autor não só fazia o texto como criava belíssimas capas para o mesmo decorrentes da total ausência de jeito para o desenho) que assim ficará para a posteridade e anulará os efeitos de corrosão temporal que aqueles documentos sofreram e continuarão a sentir até à sua extinção...
Isto demonstra que uma acusação que alguns anos depois um amigo (o Boisano) fez ao autor, no Quelhas, não tem razão de ser. Dizia ele:”Aos dezoito anos, o Marx já tinha escrito vários textos a criticar os hegelianos. Tu ainda nada fizeste”. Não era verdade como podem agora constatar os meus amigos.
E, para apresentação, chega. Os próximos posts serão dedicados, com eventuais interrupções dedicadas aos comentários que a actualidade suscitar, às obras de juventude do autor...

quarta-feira, janeiro 23, 2008

E o OUREM também tem



E o mais engraçado é que penso ser a primeira edição (ver a discussão no Anónimo). Foi adquirido antes de 9-1-71, uma altura muito quente para os lados do Quelhas. Se a edição foi apreendida, fomos mais rápidos que a própria PIDE...
O prefácio é do Sérgio (fez tantas que acabou por ser convidado a passar o 25 de Abril em Caxias).

terça-feira, janeiro 22, 2008

Pedido de contagem de tempo de serviço

A dobrar os sessenta, surge inevitavelmente o momento em que há que ponderar o custo-benefício de perder 2*4,5% relativamente à saúde mental e disponibilidade de tempo que daí resultarão.
No último Poço, alguns amigos manifestaram-se contra as antecipadas. Ouvi-lhes as razões, mas penso que quem tem períodos contributivos longos não pode concordar com eles que, possivelmente, terão beneficiado ao longo de todos estes anos daquilo que não descontaram... Além disso, é uma vaga para os mais novos...
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