sábado, dezembro 03, 2005

O presidente David corta o pio aos vereadores da oposição – 2

Parece-me óbvio que o magnífico presidente pretende jogar na desmotivação para eles se afastarem e ele poder dizer mais tarde que eles se afastaram e não ligaram nenhuma à Câmara.
Como combater isto?
Ocupar instalações municipais? As do presidente e do PSD? Não estou de acordo, daria azo à intervenção das forças de repressão e viraria a população contra a oposição.
Mas por que não organizar uma vereação sombra onde a oposição recebesse as pessoas com queixas, processos e outros assuntos, os levasse às tais reuniões regulares e onde procedesse a verdadeiros debates com a população sobre os seus problemas? Não vejo razão para a ideia do forum municipal morrer só porque o PS não venceu. Aquele espaço que funcionou como sede de candidatura era óptimo, está mesmo frente à Câmara. Instalar lá uns telefones, um ou dois computadores, fotocopiadoras também não era nada que se visse para os fundos do partido do Eng. Sócrates...

sexta-feira, dezembro 02, 2005

O Presidente David corta o pio aos vereadores da oposição

É o que pode concluir-se desta interessante notícia do blog do NO.
Que me desculpem os ditos vereadores, mas eu acho muito bem. Mais, eu penso que o venerado presidente os devia impedir de entar na Câmara. Eles não têm pelouros, logo não têm que se manifestar sobre a vida municipal. A Câmara pertence ao Presidente David e ao PSD, estes não têm de abrir mão dos seus recursos para a oposição que, pela certa iria fazer campanha contra eles.
Eu nem sei porque é que ainda lhes pagam salário.
E talvez fosse higiénico impedir os ditos vereadores e todos os que estão contra o famigerado presidente de entrar em Ourém ou de aplicar uma taxa de entrada diferenciada para apoiantes e não apoiantes. Era possível que a mesma ajudasse a tapar o monumental buraco que aí vem por causa aceitação de obras mal feitas no parque linear que estão agora a mostrar as suas consequências e, finalmente, o carácter eleitoralista das mesmas...

De como o jovem bombista tornou o prato voador



Houve um ano que o Jó Rodrigues esteve como aluno interno no CFL. Torná-lo mais estudioso, dar-lhe mais gosto por essa actividade seriam os objectivos, porque esperteza e inteligência não lhe faltavam.
Aquilo foi para o Jó como uma prisão. Ali fechado, dia após dia, foi acumulando feridas contra o colégio, que tardou a largar.
Contaram-me que uma vez a refeição era tão má que ninguém a conseguia tragar. Uma espécie de massa com carne ou carne com massa de sabor pouco agradável e a tender para o intragável.
O Jó não esteve com meias medidas. Janela aberta, a massa e respectivo prato voaram a boa velocidade para o exterior e os nossos amigos ficaram livres daquele cheiro nauseabundo.
O pior é que não esperavam o que ia passar-se. Como neste mundo tudo o que pode acontecer de mau acontece, mesmo sem o prevermos, o assunto não ficou por aqui porque prato e massa cairam em cima do Dr. Armando, a partir do primeiro andar, que, passado alguns segundos, chegava ao refeitório coberto de massa, ainda com bocadinhos de cacos, a pedir contas de um acto tão cobarde...
O ressentimento do Jó relativamente ao CFL não se ficou por aqui. Em férias, nomeadamente, nas de Carnaval, aquelas bombinhas típicas da época serviam para, lá para as dez da noite, em passeio de distintos oureenses por tão prestigiado local, assustar os habitantes daquele espaço, após brutal e inesperada deflagração sob as arcadas a que se seguia pronta correria na direcção do Central enquanto o director do colégio procurava a sua espingarda e o seu Peugeot para iniciar a perseguição a gente tão selvagem....
Manhãs de Ourém


O Castelo das brumas Posted by Picasa

Esta envolvência do CAstelo pelas nuvens é vulgar, mas recorda-me outros tempos de Ourém, em que pelas minhas manhãs passavam sons de canções que já não sei reproduzir na sua totalidade (se quiserem podem dar uma ajuda nos comentários). Ora oiçam:

Ó mulher, eu dou-te umas meias...
Isso não, maridinho, isso não, isso não
Que me fazem as pernas feias
Dá-me antes um litro de vinho
Água fria faz-me mal
Isso sim, maridinho

Ó mulher, eu dou-te um burrinho
Isso sim, maridinho, isso sim, isso sim
Que dum lado leva o pão
E do outro lado leva o vinho
E eu também vou no burrinho
Isso sim, maridinho,
Isso sim, maridinho,
Isso sim, maridinho...

quinta-feira, dezembro 01, 2005

Sinais do declínio

- Ana, o pai caiu no chão quando ia para a bica.
Lembro-me de mensagens deste tipo referentes aos velhotes da família quando eu era mais novo. Na altura pensava: “ainda falta muito tempo para lá chegar. Vou ser sempre ágil”.
A realidade começa a desmentir-me. Há dias, em caminhada para o Bairro Alto por aquelas ruas apertadas de eléctricos, automóveis, etc., não levantei suficientemente o pé, bati no passeio e, não fosse uma protecção lateral no mesmo lá ia para o chão. Ontem, foi mais a cena do mesmo género: ir à bica à noite, atravessar a estrada e pé insuficientemente levantado. Como ando rápido foi projectado contra a rede que nos separa da linha do comboio. Mas desta vez foi mais a sério: braço direito magoado, coluna cheia de dores, um dedo do pé que não me largou toda a noite. Enfim, começo a pensar em mudar de planeta...

quarta-feira, novembro 30, 2005

Um cartão de visita


O amigo Tobi Posted by Picasa

Olá.
Este é o Tobi, o canito mais simpático de Fátima.
Não se revoltem por estar preso, é uma forma de lhe preservar a integridade física.
O Tobi tem pancada. Para além da saudável que o leva a pôr-se em pé ao nosso menor gesto, louco de contente, mal se apanha solto, foge e candidata-se a ser atropelado pelos compreensivos condutores da povoação. Depois, fica uns dez dias fora de casa, a vadiar e, quando regressa, vem numa lástima...

Chegada imprevista



Jogava-se à batota na encosta do moinho. Já nem me lembro como aquilo se chamava, mas também não é importante para o caso. Uma espécie de póker de vozes.

- Aposto um tostão...

- Aposto dois tostões...

Ouve-se alguém de voz forte lá atrás.

- E eu aposto 25 tostões.

O Manel nem olhou.

- Não me aguento com a tua aposta.

De repente, ficou hirto e rígido… o silêncio apoderou-se do local. 
Os olhos começaram a subir e a ver aquela figura volumosa, por vezes irascível, furibunda.

TERROR! 
Era o Dr. Armando...

A descida da encosta foi feita em passo de corrida a caminho das aulas, não caísse alguma mão pesada em cima do que não fosse suficientemente lesto...


terça-feira, novembro 29, 2005

Imagem da noite em Ourém


Escura como breu Posted by Picasa

Apenas a iluminação de Natal traz alguma alegria a este local. Mas, a contrastar com a quadra, lá ao fundo, bem audível, sente-se um som tropical:

Rapariga de programa
Não sei que mais lhe fazer
Ela está na minha cama
Eu não paro de a comer

A aula de ginástica

O ginásio do CFL ficava mais junto ao pinhal e no caminho para os moinhos e, semanalmente, lá tínhamos a aula de ginástica, vestidos a rigor: calção, blusa e sapatilhas imaculadamente brancos. No Inverno a tiritar de frio, imaginem o que aquilo era.
E ainda me lembro do Dr. Albano:
- Façam agora alguns abdominais. Se repetirem este exercício regularmente, ganharão tal músculo, aí, na zona da barriga, que nunca terão hérnias. Deitem-se no chão, elevem lentamente as pernas a uns 45 graus, parem por uns momentos e aguentem, depois, lentamente, deixem-nas descer.
O amor do Dr. Albano ao desporto era reconhecido por todos, chegando inclusivamente a publicar, na época, artigos a fomentar a sua prática entre os jovens. Vejam este pequeno texto do NO:
Rapazes de Ourém, criai animo, subjugais o vício, ou melhor, os vícios, ponde de arte essa indiferença pelas coisas da vossa terra, dedicai umas horas ao desporto e vós encontrareis sempre quem vos guie.

Rapazes de Ourém o vício arruína-vos, o vício arruína a vossa família, o vício conduz sempre à degradação moral.

Praticai desporto e voltareis a ter saúde; praticai desporto e vivereis alegres; praticai desporto e vereis a vossa família cheia de vida gozando o que de melhor temos nesta vida – saúde (1).
Mas, num dia de Inverno, bem chuvoso, não tivemos aula. Por qualquer motivo, o senhor teve de faltar e ali estávamos cheios de frio sem saber o que fazer. Logo alguém se lembrou:
- Vamos lá para fora jogar à bola.
Como era muito frio, vestimos a roupa da semana e lá fomos para o lamaçal. Eu gostava tanto das sapatilhas brancas que resolvi ir jogar com elas já que as botas eram bem pesadas.
Fui uma hora magnífica, bem quentinha. NO final calculam como ficaram as sapatilhas. A mãezinha lá em casa tratou de devolver tudo à sua cor original. Sem um queixume, sem uma reprimenda...

***

Serão na casa dos meus tios na Rua de Santa Teresa.
A tia Elvira e a minha mãe falavam. O meu tio Abel preenchia aquelas horrorosas folhas de contabilidade com caracteres desenhados que me faziam monumental impressão. Como é que ele conseguia?
De repente, interrompeu a conversa delas, olhou por cima dos óculos e ergueu a voz:
- Fui hoje ao colégio levar uns papéis. Estavam lá uns rapazes a jogar à bola no recreio. Tudo bem, porque estavam fora de aulas. Mas havia um, o único que me chamou a atenção. Estava de sapatilhas brancas. A estragá-las... era o único. Todos os outros tinham o calçado normal, só tu é que estavas assim. Não tens vergonha?
Fogo!
Que monumental desanda! Que gente tão severa e ao mesmo tempo de quem gostávamos tanto! Chegou até hoje...

segunda-feira, novembro 28, 2005

Ó rama, que linda rama!


Tanta hora que trabalhei Posted by Picasa

Ó rama, que linda rama!,
Ó rama de oliveira,
Quatro litros de azeite
Por uma jornada inteira
O Horizonte


E que avistas desse teu local? Posted by Picasa

Já vejo a minha Ourém
Do cimo desta oliveira
Que bom é ser livre um dia
Não estar presa a vida inteira

domingo, novembro 27, 2005

Xico de Santo Amaro, 26 de Novembro de 2005

Todos temos monumental estima por ele.
E este convívio, cujo segredo foi tão bem guardado, foi das coisas que ele mais desejaria.
Homenagem? Que palavra tão formal!
Para ali fomos, uns 250, com carros à porta, a pensar que ele não desconfiaria de nada.
Teve o desplante de dizer que "só era surpresa para quem se deixa surpreender...".
O texto dito pelo Manuel Freire era magnífico bem acondizer com este amigo que começa a olhar o nosso Castelo logo no quilómetro 110 (eu já o avisto no 108, embora não tão ostensivamente).
Ficam algumas imagens...

Não façam barulho. Ele não pode desconfiar de nada... Posted by Picasa

É ele! Apanhámo-lo Posted by Picasa

Olá, o que estão a fazer aqui? Posted by Picasa

Cumprimentou os amigos um por um Posted by Picasa

O NA apresenta a conta ao Sérgio Posted by Picasa
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