Pouco depois, o Estorietas teve uma ideia:
- O melhor é desatrelarmos os burros, deixá-los ir para o campo de futebol para estarem mais à vontade e tirar as carroças da estrada.
À falta de melhor ideia, assim fizeram e, pouco depois, o trânsito podia circular.
Mas o brutamontes não estava satisfeito. Estacionou um pouco mais à frente e saiu da camioneta dirigindo-se para o sítio onde estavam os nossos amigos.
- Vou dar uma lição a esses burros – praguejou enquanto exibia um pau enorme que trazia na mão.
A Mari’mília saltou-lhe para a frente.
- Você não faz mal aos burros, ouviu? Eles não têm culpa da sua natureza.
Mas ele não a ouviu e dirigiu-se para os burros. A verdade é que a Dulcineia percebeu as suas intenções. Saciada dos beijinhos do burro, quando o homem se aproximou para lhe bater, apoiou-se nas pernas da frente e mandou-lhe monumental par de coices que o fez estatelar-se imediatamente.
O homem ficou aturdido. A Mari’mília chegou junto dele e disse-lhe:
- Nunca mais ameace a minha burra, senão sou eu quem trata de si. – e mostrou-lhe a faca que ocultava debaixo do saiote. – Ainda há dias dei cabo de uma serpente muito mais perigosa que você.
Era terrível aquela rapariga. Nada lhe metia medo e tinha sempre argumentos contra os que enfrentava.
O brutamontes encolheu-se com medo enquanto o Estorietas o ajudava a levantar.
- Isto não vai ficar assim…
- Não volte a aproximar-se de nós – respondeu a Mari’mília muito séria. - E dê-se por feliz por o castigo ser apenas um par de coices. Suma-se…
O brutamontes meteu o rabo entre as pernas e afastou-se. Pouco depois, ligava a camioneta e desaparecia na direção de Tomar.
- És uma mulher cheia de coragem – dizia o Estorietas.
- Bom. Vamos atrelar os burros e prosseguir o nosso caminho.
Pouco depois, estavam em cima das carroças, percorrendo pacificamente os caminhos para os seus destinos. A conversa já não era romântica, enervados que estavam com o incidente com que se haviam deparado.
Depois, já cada um em seu destino, pensavam no futuro, afastados daquela terra maravilhosa longe de todas as aventuras que ela lhes tinha proporcionado…
- O melhor é desatrelarmos os burros, deixá-los ir para o campo de futebol para estarem mais à vontade e tirar as carroças da estrada.
À falta de melhor ideia, assim fizeram e, pouco depois, o trânsito podia circular.
Mas o brutamontes não estava satisfeito. Estacionou um pouco mais à frente e saiu da camioneta dirigindo-se para o sítio onde estavam os nossos amigos.
- Vou dar uma lição a esses burros – praguejou enquanto exibia um pau enorme que trazia na mão.
A Mari’mília saltou-lhe para a frente.
- Você não faz mal aos burros, ouviu? Eles não têm culpa da sua natureza.
Mas ele não a ouviu e dirigiu-se para os burros. A verdade é que a Dulcineia percebeu as suas intenções. Saciada dos beijinhos do burro, quando o homem se aproximou para lhe bater, apoiou-se nas pernas da frente e mandou-lhe monumental par de coices que o fez estatelar-se imediatamente.
O homem ficou aturdido. A Mari’mília chegou junto dele e disse-lhe:
- Nunca mais ameace a minha burra, senão sou eu quem trata de si. – e mostrou-lhe a faca que ocultava debaixo do saiote. – Ainda há dias dei cabo de uma serpente muito mais perigosa que você.
Era terrível aquela rapariga. Nada lhe metia medo e tinha sempre argumentos contra os que enfrentava.
O brutamontes encolheu-se com medo enquanto o Estorietas o ajudava a levantar.
- Isto não vai ficar assim…
- Não volte a aproximar-se de nós – respondeu a Mari’mília muito séria. - E dê-se por feliz por o castigo ser apenas um par de coices. Suma-se…
O brutamontes meteu o rabo entre as pernas e afastou-se. Pouco depois, ligava a camioneta e desaparecia na direção de Tomar.
- És uma mulher cheia de coragem – dizia o Estorietas.
- Bom. Vamos atrelar os burros e prosseguir o nosso caminho.
Pouco depois, estavam em cima das carroças, percorrendo pacificamente os caminhos para os seus destinos. A conversa já não era romântica, enervados que estavam com o incidente com que se haviam deparado.
Depois, já cada um em seu destino, pensavam no futuro, afastados daquela terra maravilhosa longe de todas as aventuras que ela lhes tinha proporcionado…
FIM