sexta-feira, julho 30, 2004

A outra Angélica
Fez parte da educação, da cultura e das leituras de muitos distintos oureenses.
Aparecia regularmente ao sábado no Cavaleiro Andante.
Chamava-se Angelique de Chavagnac.
E, como todas as heroínas daquele tempo, era linda de morrer.
O desafio que deixo aos meus amigos é adivinharem como se chamava a magnífica série em que ela aparecia….
Angélicas meninas
Encontro alguns amigos.
- Mas andas a pôr mulheres nuas no blog? Que coisa vulgar...
Em vão lhes explico que aquilo é uma forma de arte que nada tem a ver com qualquer exploração de instintos menos recomendáveis.
Mas eles sabem o que é a falta de inspiração...
A tia da noiva
Vinha de carro toda lampeira para o casamento.
As belas iguarias que idealiza faziam-lhe água na boca. Não resistiu e atirou-se a um Nogat.
Mas coisa estranha…
- Estes nogats do LIDL parece que têm pedra.
Afinal, não era bem isso. Sentiu-o logo quando viu que lhe faltava qualquer coisa.
- Parti um dente…
E o resto do dia em Ourém foi à procura de alguém que disfarçasse aquela falha imperdoável.
Lá para as cinco da tarde tudo estava resolvido. E ei-la toda vaidosa a exibir o dentinho novo bem descontraída para enfrentar a boda que aí vem…

quarta-feira, julho 28, 2004

Primeira medidas
Santana promete-as para a próxima sexta-feira.
Mas vou deixar-vos em paz.
Confesso que cheguei a pensar num exercício colectivo de adivinhação.
No entanto, há coisas que merecem mais a nossa atenção. São bem mais compensadoras. A arte, por exemplo...
Programa de Governo aprovado
Contrariamente ao indiciado pela votação que organizámos, o programa de Governo acaba de ser aprovado na Assembleia.
Isto é a demonstração clara de que a composição daquele órgão de soberania não reflecte o que se passa na nossa sociedade, como já o fazia suspeitar o resultado das eleições europeias.
Lições da votação:
- a direita esteve unida, venceu;
- a esquerda uniu-se no não, dividiu-se no sim às suas moções. Sintomático.
Suspendemos aqui a nossa votação. Os resultados distribuiram-se do modo seguinte:

Miserável. Nem merece ser votado................. 29%
Muito Mau. Voto Contra........................... 47%
É o programa possível. Voto a favor.............. 0%
Excelente. É o que o povo merece. Voto a favor... 24%


Este ensaio e a colaboração com outros blogs permitem pensar que quando for necessário algo que exija maior mobilização, talvez seja possível. Mas não podemos deixar de registar a teimosa atitude de desprezo evidenciada por pessoas de quem esperávamos uma atitude mais aberta.
Aos que nos apoiaram, em especial a SantaCita, um abraço e um muito obrigado.

Justificação
O quarto post do Sérgio sobre o PE estava ali encravado no meio dos programa de Governo.
Resolvi trazê-lo para lugar mais visível.
Entretanto, vamos fazer uma pausa.
Se se justificar, ainda traremos hoje novo ponto de situação.
Qualquer post adicional será casual.
Voltaremos para o fim da próxima semana. Onde andará o Zé Quim?
Mas podem continuar a comentar e votar o programa de governo.
O PE em 2000 caracteres por semana – IV
Por Sérgio Ribeiro

A semana que passou – escrevo na segunda-feira, 26 – foi dura. Fiz a viagem para Estrasburgo, e volta, de carro e isso não deixa muito tempo livre.
Para mais, a semana foi particularmente carregada. A prévia votação de Durão Barroso como indigitado, pelo Conselho, para Presidente da Comissão não facilitou a vida aos portugueses eleitos para o Parlamento Europeu.
Colocar a questão em termos de prestígio e de orgulho nacional parece-me uma falácia – e facécia –, que alguns compatriotas terão adoptado com boa fé.
É mesmo nosso! Não conheço nenhum outro País em que a indigitação de um nacional para Presidente da Comissão provoque tais sentimentos. Se assim fosse, estariam os luxemburgueses cheiinhos de auto-estima, apesar do senhor Santer ter sido o que foi como penúltimo Presidente da Comissão!
O que considero incompreensível, apesar do esforço de compreensão e aceitação de opiniões de outros, é que, a partir dessa subjectividade, se aprove em Estrasburgo o que se desaprova em Lisboa.
Cá por mim, políticas e políticos que, em Portugal, não servem para o que defendo para os portugueses, não passam a servi-lo na União Europeia. Por isso, votei contra Durão Barroso. Mas não o fiz sozinho. Votaram contra mais 250 deputados, o que, junto a 44 que se abstiveram, somou quase 300 deputados, mais de 40% dos que votaram, que não foram favoráveis à aprovação de Durão Barroso como Presidente da Comissão.
E afirmo, sem hesitações, que o meu orgulho de ser português tem bem diferentes motivações que não as do “senhor Barroso” estar onde está.
Entretanto, fomos distribuídos por comissões de trabalho, num complicado processo de negociações. Fiquei membro titular nas comissões de desenvolvimento regional e de pescas, em que serei coordenador para o grupo em que nos integramos, e suplente na de transporte e turismo, e fiquei satisfeito porque, com a Ilda Figueiredo nas de assuntos sociais, indústria e agricultura, podemos abranger, na especialidade, áreas decisivas para a coesão económica e social e os fundos. E para Portugal.
A título de curiosidade, presidi à sessão de instalação da comissão de desenvolvimento regional. Pela triste razão (para mim) de ser o mais velho…
Para já, esta semana, vou tentar ganhar um relatório sobre pescas e Açores. Para a semana digo se o consegui.
Inté!
Bagão ameaçado
De acordo com a manchete do "24 Horas", Bagão tem sido alvo de ameaças e tem protecção de 24 horas/dia.
Será isto verdade?
Mas quem poderá querer mal àquele senhor? O que é que tem de extraordinário para as Finanças? A redução no IRS até já é para 2005...
Ou será que se pretende despertar piedade relativamente àquelas alminhas de modo a aceitarmos melhor os seus pecados?
Ponto de Situação (1)
Meus amigos, isto está muito mau.
A avaliar pelos resultados que temos até ao momento, não temos programa de governo.
Assim...
31% das pessoas entenderam que era miserável, nem merecia ser votado;
44% entenderam que era muito mau, votavam contra;
25% consideravam-no excelente, era o programa que o povo merecia.
Curiosamente, ninguém achou que, para o momento que viviamos, era o programa possível. Pobre Santana, ninguém o compreende...

terça-feira, julho 27, 2004

Programa de Governo (10)
"Sabem?
Tenho feito o meu percurso profissional na privada.
Mais propriamento no Grupo Melo.
E sabem o que acho mal? Ainda é muito difícil despedir no nosso país.
É preciso correr com eles com menos burocracia.
Vou propor cinco medidas estratégicas para a Economia..."

Não diga mais. Já se está a ver tudo...
Não esqueçam que podem comentar e votar o programa de Governo.
Skywatcher, já votou? Olhe que estes ainda nos metem num buraco maior.
Pasmo


Será que estou a ver bem?
Será que posso pensar aquilo que estou a pensar?
Meus amigos, se isto é verdade parece-me caso muito grave de incompetência. Do Governo e por aí abaixo...
Isto é a imagem da maneira como tratam os nossos assuntos.
Pomo-los lá, descansamos e depois é esta desgraça.
Em relação a este assunto, estes senhores deviam ser obrigados pelos portugueses a elaborar um relatório mensal sucinto com as acções em que estiveram envolvidos para evitar o que está a passar-se...
Programa de Governo (9)
Podem iniciar a votação.
Caro Santa Cita, os contadores ainda estão a zero. Não quererá o privilégio de inaugurar a votação?
Oportunamente, comentaremos a evolução.
Programa de Governo (8)
Ainda ouvi aquela...
Santana a desafiar os partidos da oposição a aceitarem a «celebração de um verdadeiro contrato orçamental» em que cada proposta de despesa seja acompanhada por uma proposta de receita.
É o que eu chamo demagogia da demagogia.
Programa de Governo (7)
Já se falou em impostos. Não vi, mas a SIC fez um balanço.
Interrogado sobre o IVA, Santana respondeu que ia mexer no IRS.
Ao que parece, vamos ter taxas mais pequenas, mas vai haver cortes nos benefícios.
Tenho colegas que não acreditam que os cortes consigam equilibrar a diminuição significativa de taxas.
Honestamente, confesso que não sou contra a ideia.
Consta que há muita gente que inventa benefícios. Se nos ficarmos pela taxa, o sistema é mais realista pelo menos no que respeita ao conjunto de desgraçados que são condenados a pagar impostos...
Programa de Governo (6)
Fui ali almoçar, num instante, mesmo ao pé do jardim da residência oficial.
E ainda deu para assistir a um bocadinho do debate sobre o programa de governo.
Santana e Louçã...
Dois gigantes da palavra.
Uma coisa que sempre me admirou nos políticos é esta capacidade para em poucos segundos arquitectar respostas e recompor um discurso em que parece que se tem razão. É preciso muita adrenalina, muita presença de espírito. Durão era notável nisso.
Santana tem aquela qualidade de conseguir tudo transformar em verdades que são válidas em qualquer contexto e, por via disso, parecer ganhar razão. É evidente que todos concordamos com a presunção de inocência... mas isso não se justifica que se pare e cale um processo de investigação... parece que anda ali qualquer coisa a ser composta...
Há pouco, Carrilho falou na não quantificação de metas. É bem verdade, se forem ver ao programa de governo, não há lá um número. Julgam que ele se ralou com a crítica? Passou ao lado e respondeu algo com que todos os portugueses concordam.
Quem consegue vencer um adversário assim? Não responde, e tem resposta para tudo...
Oiçam. Isto é a sério, mas não parece...

O Governo atribui ao sector florestal português uma prioridade política fundamental.

A floresta constitui um dos mais valiosos recursos naturais que Portugal possui, sendo decisivo prosseguir e aprofundar a estratégia delineada com vista à sua preservação, desenvolvimento e gestão florestal sustentável.
A floresta possui uma diversidade de funções que importa valorizar, desde a sua componente de fileira económica, passando pelo seu contributo para a conservação da natureza e para o equilíbrio do ambiente em matéria de promoção da biodiversidade, de defesa contra a erosão, de correcção dos regimes hídricos e de qualidade do ar e da água.

A relação da sociedade portuguesa para com a floresta alterou-se dramaticamente com os incêndios florestais de 2003, gerando um consenso nacional quanto à necessidade de uma aposta clara em políticas públicas coerentes de gestão da floresta e de ordenamento do território.

Assim, o Governo está empenhado em continuar a reforma do sector florestal (RESF), na prossecução, entre outros, dos seguintes objectivos:
- imprimir coerência intersectorial, garantindo a conservação dos recursos;
- promover o ordenamento dos espaços florestais e a sua gestão sustentável, implementando os instrumentos de ordenamento e gestão florestal, designadamente os Planos Regionais de Ordenamento Florestal (PROF), as Zonas de Intervenção Florestal (ZIF) e os Planos de Gestão Florestal (PGF);
- consolidar o sistema de prevenção, detecção e primeira intervenção na defesa da floresta contra incêndios, com a participação activa das organizações do sector e das autarquias;
- aumentar a eficiência dos recursos disponíveis, promovendo a avaliação dos resultados do investimento público no sector;
- aproximar os serviços das populações e partilhar responsabilidades com as organizações do sector;
- garantir o envolvimento activo dos cidadãos na defesa dos espaços florestais;
- consolidar o novo modelo institucional para o sector.

18 buracos
Quase tantos como o número de freguesias do nosso concelho.
Mas vão ficar todos em Caxarias, exactamente no campo de golfe que vai ser construído pela Méciagolfe – Empreendimentos Turísticos, empresa constituída ontem (26.7.2004) com esse único objectivo, conforme reza o Público.
Já foram feitos vários estudos que apontam para a viabilidade do empreendimento.
Mas ainda é preciso fazer outros estudos que durarão cerca de um ano.
Esperemos que, depois de tanto estudo, não surja mais um buraco. Porque, como calculam, estes estudos não ficam à borla...
Acerca da votação do programa de governo
Como prometi, mais logo disponibilizarei o mecanismo de votação.
Até lá, oiçam pelo menos algumas intervenções na Assembleia da República.
As hipóteses que dou para votação são, apenas, quatro. Escusam de refilar porque já não mudo nada, está tudo à espera da hora escolhida.
Essas hipóteses são as seguintes:
1) Miserável. Nem merece ser votado.
2) Muito mau. Voto contra.
3) É o programa possível. Voto a favor.
4) Excelente, é o que o povo merece. Voto a favor.
Aproveitem as próximas horas para reflectir. Oportunamente, será anunciado o início de votação. Lá para a próxima semana fecharei a possibilidade de votação e poderemos comentar os resultados.
Programa de Governo (5)
Pacheco Pereira, no Abrupto, hoje, lamenta que ninguém tenha feito um esforço sério para organizar um debate na televisão sobre o programa de governo.
Mas eu fiz, não na TV, mas neste espaço. A estrutura de blog permite-o. Ele está bem documentado nas dezenas de horas que passei frente ao computador a transformar o programa em texto, a parti-lo e a introduzi-lo sob a forma de posts comentáveis.
Infelizmente, este esforço não foi suficientemente divulgado.
Com a honrosa excepção de Santa Cita, Thomar, Radicais e Marretas, outros blogs a quem nos dirigimos viram aqui um esforço de autopromoção e não nos publicitaram.
Confesso que o resultado nem está muito atraente. Há pessoas que dizem que nem duas linhas conseguiram ler. Vejam o que sofrem os nossos deputados. E ainda dizem que eles ganham demasiado bem...
Mas não há problema. O programa aqui fica para poderem a todo o momento comparar com o concretizado. É trabalho que pode ser utilizado nos próximos dois anos se Santana não se pirar a meio do mandato.
Programa de Governo (4)
Começa, hoje, o debate do programa de governo na Assembleia da República.
Estão prometidas três moções de rejeição (PS, CDU e BE) e uma moção de confiança.
Os meus amigos podem acompanhar esse debate juntando comentários aos diferentes tópicos em que partimos o programa de governo.
E, antecipando-nos aos nossos representantes, disponibilizaremos, ainda hoje, o mecanismo de votação. Deste modo poderemos determinar até que ponto o núcleo de fiéis deste bloco tem o seu reflexo naquele prestigiado órgão de soberania.
Ora voltem aqui lá para o fim do dia.

segunda-feira, julho 26, 2004

Um País a arder
Foi, exactamente, há um ano.
O nosso país, as nossas florestas, a nossa riqueza devastados por um fogo imenso.
Muito se falou naqueles Agosto, Setembro...
Culparam os bombeiros, falaram na necessidade de medidas e ainda recordo aquela noite em que se fez justiça aos soldados da paz e a voz do nosso magnífico e respeitado comandante enalteceu o seu esforço e sacrifício quando gritou: "Bombeiros de Portugal..." Parece-me que o estou a ver.
Depois, veio o silêncio.
E, ao que parece, o imobilismo. Que desta vez não foi uma característica de Ourém, mas do país todo.
Os nossos recursos, os nossos esforços foram aplicados no Euro, nos estádios, na organização de concertos. Pois não é aí que está a nata da nossa indústria e dos nossos serviços?
Ficámos orgulhosos do que fizemos. Somos os melhores a organizar festivais, jogos de futebol e outras secundarices de óbvio interesse nacional. O mundo derrete-se a nossos pés.
E, de repente, a realidade cai-nos em cima. Torres Novas, aqui tão perto, Monchique, a Arrábida, tudo a arder.
De repente, descobrimos que andámos a tratar de coisas secundárias.
As autarquias deviam ter estimulado e obrigado à limpeza de matas, mas não o fizeram.
Deviam ter sido abertas clareiras no interior das florestas.
Deviam ter sido feitos caminhos para chegar aos pontos mais inacessíveis.
Deviam ter sido mobilizados mais e melhores meios.
E as nossa populações, os nossos animais, a nossa riqueza a serem consumidos por tudo aquilo.
Não podemos culpar o actual governo, só tem uns dias. Mas possivelmente segue a estratégia do interior.
E qual será ela?
Ao ritmo a que a nossa floresta e a nossa riqueza estão a ser destruídas, não se admirem que, mais ano menos ano, efectivamente os fogos tenham sido banidos do nosso território.

domingo, julho 25, 2004

Programa de Governo (3) ou
Missão para a Sociedade da Informação (Reconstruída)
Tinha de ser.
Eu não podia admitir que distintos oureenses ficassem sem possibilidade comentar o programa de governo.
Assim, peguei no documento em PDF, passei-o a texto e, depois, cheio de paciência, parti-o em 41 posts que os meus amigos podem agora comentar.
É a efectiva reconstrução da Missão para a Sociedade da Informação que os políticos laranjas tanto têm feito para fazer esquecer.
O resultado dessa obra-prima encontra-se aqui.
Na próxima quarta-feira, organizaremos uma votação: "será que distintos oureenses estão contra ou a favor do programa de governo?"
Se pretendem acesso imediato pelo índice, ele aqui está:
 
Introdução

I - Um Estado com autoridade, moderno e eficaz

II - Apostar no crescimento e garantir o rigor

III - Reforçar a justiça social, garantir a igualdade de opotunidades

IV - Investir na qualificação dos portugueses

Desejo-vos uma excelente noite de domingo e uma semana de trabalho ainda melhor.
Programa de Governo (2)
Insisto.
É imperdoável que o novo governo se tenha limitado a disponibilizar o programa na Internet em formato PDF.
É um mau aproveitamento de recursos.
Será que os meus amigos já pensaram no que poderiamos apoiar a discussão dos nossos deputados nos próximos dias se tivessemos possibilidades para comentar o programa?
Ou será que os nossos ilustres representantes têm receio de deixar de ser necessários?
É que, com um computador e uma ligação à NET, torna-se possível participar numa assembleia à escala nacional e até mundial.
Inclusivamente, poderiamos votar.
Num contexto destes a função dos nossos deputados poder-se-ia reduzir muito já que a mesma poderia passar para todo o universo de portugueses.
É com certeza isso que eles receiam.
Mas estou com vontade de fazer uma partida das minhas...
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