sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Salpicos de comentários no rescaldo das eleições e após a investidura de Sócrates
Por Teresa Perdigão

Na noite do dia 20 a euforia não saiu à rua, apesar da “estrondosa vitória” do PS, da “clara derrota” da direita e da “significativa subida” da esquerda.
Os telefonemas dos amigos choveram a uma velocidade impiedosamente superior à chuva que em Fátima se roga diariamente a S. Pedro. “Novo 25 de Abril!” diziam uns. “Já chegou a Nova Aurora”, parafraseavam outros. “Vamos acreditar!” era a voz do entusiasmo. “Vamos ver…” eram os incrédulos que fecharam os olhos para não ver a cor desmaiada e taparam o nariz para não cheirar a rosa e bloquearam os ouvidos para não ouvir a voz da vitória ou da arrogância, ao fim do dia, a clamar “Conseguimos!”, e que assim, puseram a cruzinha no sítio certo.

Quando o Cavaco ganhou foi diferente. “Não fui eu que os lá pus”, ouvia tão insistentemente que quase acreditei que tinham sido os espanhóis.

Agora vejo-me rodeada de amigos desiludidos, conformados e sensatos. Foram eles, todos eles, os que nunca votaram Cavaco, os que até nem votaram Soares, os que acabaram por votar Sampaio, sim! foram eles, mais aqueles que o comentador Carlos Magno diz votarem com a carteira (vazia), a classe média, foram esses todos que os lá puseram e somos nós todos que vamos assistir ao espectáculo do promete e despromete e ao aperta, aperta bem o cinto e ao encolhe a barriga e estica o peito! Teremos mais uma legião orgulhosamente europeia!
Orgulhosamente!
Europeia!

Já ninguém aguentava o play-boy, é verdade!
Também é verdade que os anos de governação da direita fizeram desvanecer a memória.
E é bem claro que ainda existe gente de esquerda, filhos da clandestinidade, netos dos anarquistas ferroviários e dos vidreiros da Marinha Grande.
A propósito, onde está a memória do 18 de Janeiro de 1934?

25 de Fevereiro 2005
Teresa Perdigão
Magnífico Sporting!

Como jogaram bem os nossos lagartões!
Que grande lição de futebol deram aos jogadores holandeses!
Que demonstração de classe perante bombardeamento, tentativas de agressão e chuva de isqueiros!
Como é possível que se admita que aquela canalha arruaceira a tender para o nazi frequente campos de futebol?
Como é possível que se considere que aquilo faz parte da festa?
Serão a FIFA e a FPF (sim, porque cá também se veem) irresponsáveis a tal ponto?

quinta-feira, fevereiro 24, 2005

Portugal no Coração em Ourém

Recebi agora a notícia que este programa de Jorge Gabriel e da Sónia estava em Ourém. No mercado...
Vá, mostrem-lhes a Praça dos Carros e as fotografias do que era dantes, mostrem-lhes a casa do Largo de Castela que a Câmara quer destruir, mostrem-lhes as clareiras abertas nos pinhais que nos cercavam...
Aproveitem para mostrar essa lixarada toda.
Não os deixem sair sem Portugal ver...
Um golpista corrosivo

Pode ser encontrado aqui.
E merece ser lido com atenção...
... apesar de confessar que não é de esquerda embora cite Saramago.
Se calhar, o que as pessoas confessam nem é o mais importante.
Desejamos-lhe muitos golpes bem corrosivos sobre os disparates que povoam Ourém.
Oportunamente, será junto aos nossos apontadores.
Vêm aí tempos difíceis

Avisou Sócrates ao partido.
Será a preparação para as facadinhas?
Testes

E mais testes...
um mar de testes para ver...
dão para hoje, para amanhã, para o fim de semana e para a próxima...
e Ourém tão longe!
e sempre aquela interrogação: o que é que eles andarão a estragar por lá?
Zé Pedro na Som da Tinta



O Zé Pedro dos Xutos e Pontapés vem a Ourém, na próxima sexta, dia 25, à Escola Conde de Ourém para conversar com os jovens e, depois, pelas 18 horas estará na Som da Tinta para alargar a conversa (e o convívio) a quem com ele quiser estar neste magnífico espaço.

quarta-feira, fevereiro 23, 2005


Superioridade moral da esquerda

Que nos leva a dizer que a virtude está deste lado.

Que nos faz considerar que muitos dos que votam na direita o fazem enganados.

Que nos faz olhar para a Economia como algo que tem de servir as pessoas e não como um local onde o crescimento e as leis de mercado, independentemente dos desgraçados que os suportam e sentem os seus efeitos, tudo legitimam.

É mesmo isso, meu caro Nelson, é a esquerda quem tem a mensagem da liberdade, da justiça social, da diminuição das desigualdades. E que será capaz de a construir...

Por isso, nos admira tanto que pessoas exploradas, vivendo em condições que qualquer de nós rejeitaria, vão fielmente, pôr o seu voto na direita. E que o façam sistematicamente. E que o façam quase todos.

Aquela superioridade moral não significa que não existam crápulas infiltrados, que não se façam erros e que não existam pessoas honestas na direita e com as quais se possa contar para uma sociedade mais justa.

Por esta e outras razões, não é também correcto ver neste posicionamente qualquer manifestação de vaidade intelectual ou de moda. Pelo menos isso não tem qualquer razão de ser com pessoas que atravessaram um longo período e muitas modas, mantendo a sua coerência, embora admitindo que, em termos de progresso, se está a aprender sempre e, essencialmente, com os erros.

Afinal, Santana demitiu-se

"Acabou a palhaçada", deve ter dito algum emproado ruivo ligado ao MIT.
E os barões lá foram convencendo PSL a sair. Demorou dia e meio. Que lhe sirva de lição.
Já há candidatos a seguidores: o pequenino Mendes, o horroroso Meneses, e o nome da Manuela já foi sugerido. Aqui é mesmo caso para dizer: que venha o diabo e escolha!
Silêncio Ensurdecedor

De repente, tudo parece que se calou e isso não deixa de se sentir em cada um de nós. Foi o Sérgio quem me chamou a atenção.

Na minha humilde perspectiva, o significado deste comportamento dos portugueses é muito simples: “não gostámos daquela política, tirámo-los de lá, ganharam, agora governem, nós apoiamos no que pudermos”.

Penso que a própria direita não acreditava na possibilidade de um dia a esquerda ultrapassar os 60% num contexto de abstenção não muito elevada. Por isso, a sua reacção é ténue. Por agora...

Talvez isto possa ir a bem.
Por isso, compreendo palavras como as de Silva Lopes quando fala em moderação salarial. Mas é preciso dar um sentido a esta expressão. Moderação não é diminuição neste caso. Moderação tem associado o sentido de velocidade e, quando falamos em salários, velocidade significa crescimento. Então aquela expressão só pode significar “crescimento moderado dos salários”. Isto é, descontada a inflação realmente sentida pelos portugueses, os salários ainda poderão ter um acréscimo que é o que advém do crescimento da produtividade também deduzido de algo que seja para investimento.

Os três anos de governo de direita deixaram o país num estado catastrófico. Que já vinha de trás, diga-se em abono da verdade. A louca política de integração europeia serviu para destruir a agricultura, as pescas e, mais recentemente, a pequema indústria, sem que as contrapartidas em turismo, serviços e sociedade da informação se façam sentir. Mas os governos de Durão e Santana acabaram por acelerar a degradação pela instauração de um clima de desconfiança.

Há que dar sinais positivos para os que participam na actividade económica.

Se os trabalhadores colaboraram quando o governo de Durão Barroso tomou posse, aguentando descidas reais de salários, suportando o desemprego que ele lhes ofereceu, por maioria de razão vão colaborar. Se virem justiça, diminuição de desigualdades, correcção de disparates...

Por exemplo, no último domingo, o Correio da Manhã denunciava a existência de salários milionários na televisão pública. Que me desculpem, mas não os aceito, o que aqueles senhores fazem pode muito bem ser feito, talvez não tão perfeito, por pessoas menos experientes e com menor vedetismo. O orçamento, suportado pelos nossos descontos, não tem que pagar aquilo. A televisão pública, não tem que concorrer com a privada para captação dos melhores profissionais, esta sim, operando com as regras de mercado deve utilizar os mecanismos salariais para atrair as vedetas. Portanto, aí está um caso em que se pode aplicar a moderação, diria mesmo, redução salarial.

O mesmo se passa com os vencimentos e mordomias de gestores públicos. E com o próprio direito à reforma de deputados ao fim de dois mandatos o que é vergonhoso quando milhares de trabalhadores são atirados para o desemprego sem subsídio e sem possibilidade de reforma.

Vamos esperar que o novo governo dê efectivamente sinais positivos.

terça-feira, fevereiro 22, 2005

O oásis

Será que não existem semáforos naquela perigosa descida onde é o entroncamento da estrada de Peras Ruivas na que liga Ourém a Tomar porque Seiça é rosa?
Não posso crer em tal malvadez...
À atenção do venerado presidente David

Espero que o pessoal de direita não leve a mal. Deixem lá, com a alternância, à próxima brincam vocês.
É que, mão amiga enviou-me dois apontamentos que não posso deixar de divulgar. São eles:
- o martírio de São Paulo, que o nosso venerado presidente David poderia aproveitar para as cerimónias previstas para o Castelo dentro de alguns dias e
- um estranho orelhudo que poderia ser aproveitado para palhaçadas na feira medieval prevista para Ourém.
Mais uma vez peço desculpa por ter descido tão baixo ao recordar estas figuras, mas deste vosso amigo tudo é expectável.
Silêncio

Há um estranho silêncio no país, talvez à espera que decorram as formalidades para termos novo governo. Sampaio recebe hoje os partidos e atribuirá, com certeza, a espinhosa missão a Sócrates.
O texto que o Sérgio ontem nos ofereceu tem passagens que não podemos deixar de sublinhar. E é bonito ver que, apesar de toda uma história que teima em nos desmentir, ainda existe esperança.
Menos radical que o Sérgio, eu ainda concedo o benefício da dúvida. Não que o PS precise dela, mas porque eu gostaria que eles fossem coerentes com as suas raízes. Ficaria interiormente muito mais tranquilo se reconhecesse alguma fidelidade às mesmas.
Vêm aí as autárquicas. Atribuo-lhes um crédito de 100. Por cada facadinha que derem até Setembro, deduzo 10. E depois se verá...
A esperança

De qualquer modo, honra aos vencedores, que com “poder absoluto” ficaram, e alguma esperança que tenham a lucidez de bem usar a vitória que tiveram.
A vitória e os vitoriosos

Pobre vitória e pobres vencedores se a considerarem como sua e esquecerem que também foi, ou sobretudo foi, uma vitória arrasadora de todos os que denunciaram e acusaram as políticas. De todos!, e não só dos que fizeram desse ataque uma forma de derrotar uns políticos, a via para os substituir sem mudar – a sério – as políticas.
Os derrotados

Os resultados eleitorais traduzem uma reacção do povo português a umas políticas que sofreu e a uns políticos que teve de aturar.
Estes políticos foram derrotados. E as políticas?

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Legislativas 2005
Por Sérgio Ribeiro

Se há “categoria sociológica” a que vou estando cada vez mais alérgico – rabujentamente – é a dos chamados comentadores. Põem-se “de fora” e “do alto”, e peroram sobranceiros. Alguns, e são, para mim, os mais insuportáveis, com a fina ironia de que honrados carroceiros não seriam capazes.
E pedes-me, tu Luís, para fazer de conta que comentador sou. E eu aqui estou, mal dormido e pior acordado, a comentar… à maneira de comentador. Do que é capaz a amizade, e o amor comum a Ourém. Mas aviso que é uma vez sem exemplo (o que não quer dizer que não repita), e telegraficamente, ou melhor: blogamente.

Os resultados eleitorais traduzem uma reacção do povo português a umas políticas que sofreu e a uns políticos que teve de aturar. Estes políticos foram derrotados. E as políticas?
Bem, as políticas… depende, a curto prazo, dos políticos que não foram derrotados, que ganharam folgadamente estas eleições e do que vierem a fazer da sua vitória. Pobre vitória e pobres vencedores se a considerarem como sua e esquecerem que também foi, ou sobretudo foi, uma vitória arrasadora de todos os que denunciaram e acusaram as políticas. De todos!, e não só dos que fizeram desse ataque uma forma de derrotar uns políticos, a via para os substituir sem mudar – a sério – as políticas.
Muito preocupa que os políticos que ganharam absolutamente possam prosseguir, em efémero “estado de graça”, as políticas que também foram derrotadas nas urnas e podem não o ser na Assembleia da República e no governo.
É esta preocupação que me traz a maioria absoluta do PS e o que se conhece do vencedor Sócrates. E não me digam que estou a ser mal intencionado por não dar o benefício da dúvida. Os precedentes conhecidos – ah!, o papel histórico da social-democracia… – não consentem nem benefícios nem dúvidas, e muito “meigo” estarei a ser ao só dizer que preocupado estou.
De qualquer modo, honra aos vencedores, que com “poder absoluto” ficaram, e alguma esperança que tenham a lucidez de bem usar a vitória que tiveram.

Como não quero comentar os números, ainda mal conhecidos ou digeridos, acrescento que. regionalmente, no distrito de Santarém (porque os distritais conheço melhor e algo trabalhei), os números dão um tom mais acentuado aos resultados nacionais, para estes tendo contribuído significativamente. A mesma ordem nos partidos e coligações, o PS ganha dois deputados, uma ao PSD e outro ao PP, o PCP, em 3º partido, mantém o seu deputado/deputada, agora eleito/a com maior margem de segurança (não resisto a sublinhar que, afinal, o PCP não morreu!... isto digo eu que já tantas certidões de óbito lhe vi, passadas e certificadas), o BE subiu significativamente com votos que não tirou ao PCP mas não passou do 14º lugar quando, para eleger, teria de estar entre os 10 primeiros, segundo Hondt.

Localmente, na “nossa” (embora, às vezes, apeteça desistir de assim a considerar) Ourém, o habitual, os reflexos de um clientelismo enraizado até às entranhas, merecedor de estudo pelos encartados analistas “da política”. Olhando os números, eles são de um outro mundo – em que, faça-se justiça, Ourém não estará sozinho mas mal acompanhado está… –, de um mundo ao contrário, como cantam os Xutos. Parece um mundo imóvel, em que o eleitorado apenas dá ténues sinais de vitalidade pois repete gestos e cruzes. Veja-se, só, que enquanto o PSD teve a nível nacional menos de 30%, em Ourém conseguiu manter-se acima dos 55%, o PS ultrapassa os 45% a nível nacional e em Ourém anda pelos 25%, o PP baixou para 7,2% em Portugal e está acima de 13,5% em Ourém e, do outro lado da(s) política(s), a CDU confronta os seus mais de 7,5% nacionais (com cerca de 9% no distrito) com os 1,4% de Ourém.

Para acabar o comentário, que já vai excessivamente longo para blog, apenas acrescentaria que o que já estou a observar, com o maior interesse, como “comentador” oureense, é o que vai ser feito para as autárquicas face a estes resultados. A começar por mim, retirada a máscara de comentador.
O compressor

Fátima é o monumental compressor para os anseios de Ourém à emancipação.
O Castelo tem razão quando afirma que na nossa terra não vai haver mudança pela via eleitoral.
Mas o que é que deu na cabeça ao Sampaio para fazer aquele disparate?
Afinal, há Bloco em Ourém

Tenho todo o respeito pela CDU e pelo Sérgio. Fiquei bastante satisfeito pelo facto de a Luísa Mesquita ter sido eleita.
Mas não posso deixar de saudar com entusiasmo a monumental subida do BE no concelho de Ourém. Olhando para os resultados por freguesia, vê-se que bateu em praticamente todo o lado a CDU. Mais, não cresceu roubando votos a esta organização, mas, possivelmente ao PS que beneficiou do descalabro do PSD.
Isto significa que os apelos do Paulo ao voto útil não foram considerados importantes e que há que contar com o Bloco em Ourém.
Porque tardam em aparecer? Ou será verdade que há receios como sugere a repórter do NO que assistiu ao jantar convívio em Alburitel?
Ourém, triste Ourém...

... que vê os filhos da terra eleitos pelos votos dos de fora.
Não podemos esquecer as promessas

Eng. José Sócrates, nem por um minuto pense que o pessoal se vai esquecer do que andou para aí a prometer:
150000 novos empregos
1000 estágios para jovens licenciados
o choque tecnológico (se fosse bem gerido, era bem mais interessante...)
300000 idosos retirados do limiar da pobreza
não subida da idade da reforma
referendo sobre o aborto
É melhor não se esquecer. Olhe que o Louçã não vai permitir que isso aconteça e ainda se poderá aproveitar da sua inércia.
Ameaças

Não sei se os meus amigos repararam.
Aquelas velhas figuras do PS já ressurgiram.
Reapareceu a Estrela, a de Belém, o Lello, o da Gama. Será que Sócrates vai desistir de formar um governo de gente competente?
The show must go on

Santana vai à luta
As grandes figuras do seu partido não o apoiaram e ele prepara-se para lhes fazer a vida negra nos próximos tempos.
As facas longas não vão funcionar só num sentido. O homem sentiu-se desapoiado e vamos ver em directo ele proceder a essa denúncia.
Talvez até o PSD nunca mais seja o mesmo. Talvez se anuncie para breve um PSL.
Um momento de emoção

Foi aquele, através da TVI, em que Portas anunciou a sua decisão de abandonar a liderança.
Do outro lado, o Miguel assistia com tristeza à queda do irmão e penso que se comoveu.
Não é de admirar aquela decisão. Os 10% representavam uma fasquia muito alta para uma organização corroída pelo mau exercício do poder. O Paulo poderia ter sido mais ponderado. Ainda tinha as autárquicas para voltar a medir forças.
Mas ele é extremamente ambicioso. Ele investiu tudo no exercício do poder. E saiu com dignidade. Aplaudamos a sua decisão.
Sei Que estás em festa, pá…

Pois é, meus amigos, foi quase tão bonito como no 25 de Abril.
Temos uma maioria de esquerda, apoiada na maioria absoluta de uma organização que tem na liberdade uma mensagem essencial. Claro que podia ser melhor com mais uns votos na CDU e no BE em detrimento do PS, mas...
Pela primeira vez, acredito que podemos construir uma sociedade mais justa pela via eleitoral.
Os políticos de direita reconheceram a derrota e aceitaram-na.
Será que os políticos de esquerda vão estar à altura de quem os elegeu?

domingo, fevereiro 20, 2005

O cacique da Madeira já vomitou o seu ódio

O troglodita que espezinha a Madeira há trinta anos já veio responsabilizar o povo por tudo o que de mau acontecer, no seu estilo habitual.
É a raiva que o faz falar. Será que vai oferecer asilo político a PSL e passar à resistência armada?
Afinal, Sampaio agiu bem

A resposta popular neste acto eleitoral vem de uma vez por todas afastar as razões de todos os que criticaram a decisão de Sampaio quando dissolveu a Assembleia. A coligação de direita foi totalmente rejeitada.
Vi, há pouco, em A Grande Fauna, resultados para Ourém. Não sei se são definitivos, se o são, constata-se a continuação nesta terra de um bastião de resistência importante. Possivelmente até terá decorrido de mensagem de inspiração mariana.
Têm todo o direito e daí as constantes atoardas contra a decisão do Presidente.
Estrondosa derrota da direita

O PSD e o PP parece terem tido o castigo merecido.
Sócrates tem substancial vantagem. Esperemos que a saiba utilizar a favor da satisfação das necessidades populares.
Subida da CDU e BE. Pena é que o PS não precise dela.
Diminuição significativa na abstenção

Que efeito trará sobre os esperados resultados?
Há pouco um amigo de PSL estava com cara de pau. Os fadistas também não pareciam lá muito contentes. Mas...
Para além de significar uma grande preocupação por parte dos eleitores relativamente à política seguida, será que a diminuição da abstenção impedirá a derrota da direita?
A luta por um médico de família

Em Soito, as eleições foram boicotadas como forma de expressão do repúdio da população relativamente a não existir um médico de família.
Por mais anti-democrático que me possam acusar, compreendo, aceito e apoio estas formas de expressão no que de mais genuíno são em termos populares, embora sempre considere a alternativa da anulação do voto no acto de votação.
Efectivamente, chegar a um acto eleitoral sem um médico de família para a população de uma freguesia é o espelho do extremo desleixo da classe política. E, se não fossem as eleições, não sabíamos de nada.
Já lá fui

Fazendo jus ao estatuto de velhote, às 8.30 já estava a bater à porta da minha secção de voto.
O dia, ainda frio, mostrava já uma belíssima manhã. O passeio a pé, de quase 45 minutos, foi excelente.
Pelo caminho, concluí que desta vez não havia grandes dúvidas. Iria ser o partido dos reformados, da classe operária que quase já não existe, dos desempregados, de alguns professores, do pessoal que não quer ir nesta onda...
Agora, vou esperar e aguardar pela festa dos resultados.
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