Amigo oureense,
imagina que não tínhamos a Som da Tinta, não é difícil fazê-lo. Não haveria qualquer novidade, qualquer lançamento dos nossos, na nossa terra. Que motivação poderíamos encontrar para aqui andar?
27 anos depois da sua morte, o Sérgio lança em formato de livro, um texto escrito pelo seu pai, Joaquim Ribeiro, a propósito da nossa Ourém. Fá-lo comovidamente e todos compreendemos a paixão que pôs nesta acção. E sentimos todos as suas emoções ao ver a capa, ao ver o primeiro exemplar, a rever a conferência feita pelo pai, a imaginá-lo a contemplar este resultado.
Imagina agora que a nossa Câmara apoiaria o lançamento das obras de outros oureenses. Daqueles não consagrados, daqueles sem grande expressão literária ou comercial, mas que, apesar de tudo, fazem coisas, encontrando-se impossibilitados de as divulgar pelas leis do mercado que envolvem o nosso comportamento e as nossas realizações. Já imaginaste quantos novos autores poderiam por aí florir?
Podes dizer que sou um sonhador, um louco...
Podes dizer que estou a plagiar o Lennon...
... mas que tenho razão, tenho.