sábado, julho 27, 2019

Barcos na noite escura



É tarde…
A noite está escura como breu…
Para onde é a minha casa que não vejo o caminho?
O pirata está aqui para te oferecer carinho…



sexta-feira, julho 26, 2019

Um paiol à entrada de Peras Ruivas


Tal como esperava, o presidente Albuquerque não ligou ao nosso aviso de há uns dois meses. Mas quem somos para nos ser dada alguma atenção? Sua Excelência não olha para munícipes inferiores, uma raça que devia ser excomungada.
E a verdade é que a coisa piorou muito. Os ramos cortados dos cedros secaram e podem ser um rastilho eficaz. As árvores parece que começam a secar depois do corte.
Num momento em que ocorre no país tudo o que sabemos, como pode o desleixo autárquico chegar tão longe? Será que remover esta massa não faz parte do plano de contingência do burgo? Se calhar, nem plano têm…
Claro, depois a culpa é da gerigonça...



quinta-feira, julho 25, 2019

Hoje é dia de ir até Espanha

Bolas!
Querem tirar-me daqui para ir até Ayamonte…
Que seca! Todo o dia à espera. Montras e mais montras. Gente aos encontrões.
Já nem há tapas decentes naquela terra.
O melhor de tudo ainda é o passeio de barco. Ver as casas de Vila Real cada vez mais afastadas, cruzar-me com os que vão para lá, ver os acenos. Sentir-me a sair do meu espaço...
Bom, talvez lá encontre um boneco engraçado para pôr no blog, algo que me ilumine...
E eu aqui tão bem
A pensar só em Ourém

quarta-feira, julho 24, 2019

Um Governo em pânico

A anunciada greve dos motoristas de matérias perigosas parece estar a esfarrapar os nervos aos membros do executivo. É neste contexto que surge uma sugestão para os portugueses se abastecerem antecipadamente resolvendo assim a previsível carência que se sentirá nos dias de greve.

- Corram, corram antecipadamente aos postos de abastecimento. Levem convosco depósitos de 10, 20, 50, 100, 200 litros ou mais e encham-nos de gasóleo ou gasolina. Armazenem-nos com cuidado em vossa casa, no vosso apartamento ou na vossa moradia. Há sempre um espaço disponível onde podem ficar. Até têm a vantagem de poderem colocar o cinzeiro ou a caixa de fósforos em cima do dito. E esperem descansados até ao dia da greve. Com um bocado de sorte, ainda restará um bocado de produto para beber…

Prevê-se trânsito caótico pelas ruas de Ourém tão estreitinhas ficaram depois da requalificação. E os bidons todos a chocalhar em cima das 15 lombas. Que espetáculo!

Dehra Dun



E enquanto contemplas as sights
outros têm chatices com os rights

Descobri esta música por acaso. Não sei se alguma vez foi publicada em álbum.
Claro que não é uma das mais sonantes, mas, numa tarde calma, de contemplação, com barquinhos a circular para um e outro lado, é quase perfeita.
Experimentem, transponham este bem estar para a contemplação do Castelo…
E imaginem a mais bela amazona que desce apressada a colina...

Dehra Dehra Dun, Dehra Dehra Dun
Dehra Dehra Dun, Dehra Dehra Dun

Dehra Dehra Dun, Dehra Dehra Dun
Dehra Dehra Dun

Many roads can take you there, many different ways
One direction takes you years, another takes you days

Dehra Dehra Dun...

Many people on the roads looking at the sights
Many others with their troubles looking for their rights

Dehra Dehra Dun...

See them move along the road in search of life divine
...beggers in a goldmine

Dehra Dehra Dun...
many roads can take you there, many different ways
one direction takes you years, another takes you days

Dehra Dehra Dun...

terça-feira, julho 23, 2019

O homem da grelha


Esta terra deve também um pouco da sua fama aos homens da grelha que nos presenteiam com peixe delicioso. 
Neste painel, há uma espécie de homenagem a um histórico da terra, um homem de nome Afonso entretanto desaparecido. 
Um pouco acima do local onde exercia a sua atividade, existe agora outro gigante das assaduras: o terrível Acácio, sem dúvida seu discípulo, que diz vender «a melhor sardinha da Europa».

segunda-feira, julho 22, 2019

Indiferença

Deve estar a perguntar-se: «O que andam aqui estes chatos todos a fazer e a atazanar-me a tarde? Ainda se, ao menos, me dessem umas sandes».
Ali o descobrimos numa recente visita ao Santuário. Esperemos que se pense que o espaço chega para todos.
Já estou a ouvir: «Andas por maus caminhos, Luís».
Não, amigos, eu ando por toda a parte, nada me faz mal...

domingo, julho 21, 2019

Será que vou onde o vento me leva?

Saí pela manhã e caminhei ao longo da ria. A suave aragem tomava conta de mim. Os pequenos barcos continuavam ancorados e a sua imagem refletia-se no leito. Mais uma vez, recordei os versos que ontem tinha lido. Será que têm algo a ver comigo? Não, parece que são o meu contrário...



Alberto Caeiro
Hoje de manhã saí muito cedo, 


Hoje de manhã saí muito cedo,
Por ter acordado ainda mais cedo
E não ter nada que quisesse fazer…

Não sabia por caminho tomar
Mas o vento soprava forte, varria para um lado,
E segui o caminho para onde o vento me soprava nas costas.

Assim tem sido sempre a minha vida, e
Assim quero que possa ser sempre —
Vou onde o vento me leva e não me
Sinto pensar.



13-6-1930
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