Um inquérito relevante?
Diz-se que a informação é relevante quando apoia a tomada de decisão ou a actividade de quem a recebe...
Hoje, por todo o lado se procede a inquéritos sobre os mais variados assuntos, constituindo-se interessante material de investigação. Em momento de publicação, somos surpreendidos com dezenas de quadros, belíssimos gráficos (de barras, em formato queijo, de tipo radar e até de dispersão). Tudo isso é possível através de programas de tratamento estatístico com relativa facilidade de uso. Por vezes, no entanto, fica a sensação que não se utilizaram os dados em todas as direcções que era possível.
Vem isto a propósito de um inquérito aos hábitos alimentares promovido pela gestão de autarquia "em parceria com o Centro de Saúde de Ourém e o extinto Agrupamento de Escolas Oureana" e cujos resultados podem ser consultados aqui.
Olhando para o que se diz como conclusão, olhando para os diversos quadros, tudo parece normal e o trabalho conclui cândidamente que a proporção de crianças com peso a mais ou com obesidade está dentro da média nacional (+ ou - 30%).
Interrogo-me se tudo terá sido analisado. E, reparem, o que digo é interrogo-me, pois tenho todo o respeito pelos autores do trabalho. A verdade é que, fazendo algumas contas, a situação quanto aos alunos que responderam ao inquérito, na escola dos Coroados e na escola de Alburitel, parece preocupante já que mostra proporções superiores aos 50% no primeiro caso e perto deste valor no segundo. Não será isto relevante para a autarquia ser mais proactiva nesta matéria?
Diz-se que a informação é relevante quando apoia a tomada de decisão ou a actividade de quem a recebe...
Hoje, por todo o lado se procede a inquéritos sobre os mais variados assuntos, constituindo-se interessante material de investigação. Em momento de publicação, somos surpreendidos com dezenas de quadros, belíssimos gráficos (de barras, em formato queijo, de tipo radar e até de dispersão). Tudo isso é possível através de programas de tratamento estatístico com relativa facilidade de uso. Por vezes, no entanto, fica a sensação que não se utilizaram os dados em todas as direcções que era possível.
Vem isto a propósito de um inquérito aos hábitos alimentares promovido pela gestão de autarquia "em parceria com o Centro de Saúde de Ourém e o extinto Agrupamento de Escolas Oureana" e cujos resultados podem ser consultados aqui.
Olhando para o que se diz como conclusão, olhando para os diversos quadros, tudo parece normal e o trabalho conclui cândidamente que a proporção de crianças com peso a mais ou com obesidade está dentro da média nacional (+ ou - 30%).
Interrogo-me se tudo terá sido analisado. E, reparem, o que digo é interrogo-me, pois tenho todo o respeito pelos autores do trabalho. A verdade é que, fazendo algumas contas, a situação quanto aos alunos que responderam ao inquérito, na escola dos Coroados e na escola de Alburitel, parece preocupante já que mostra proporções superiores aos 50% no primeiro caso e perto deste valor no segundo. Não será isto relevante para a autarquia ser mais proactiva nesta matéria?
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