Um exemplo de manipulação da informação
Um jornal diário de informação económica publicou hoje um artigo acerca do desemprego e dos 59 milhões que o Estado vai poupar com a queda da taxa de desempego. O piedoso ministro da segurança social aparece com o ar de quem é responsável por toda aquela magnífica gestão.
Aliás, ainda estou para perceber como é que se consegue converter uma súbida de 51,7 milhões de euros numa descida desse montante (fala-se em poupança) só pelo facto de a subida ser menor num ano do que no outro.
Não conheço o alinhamento político desse jornal ou se tem algum. Mas um gráfico nele inserido, mostrou como a informação pode ser manipulada... e isto foi recentemente denunciado pelo nosso amigo anónimo em texto sobre as percentagens em que nos embrulham e eu diria mais: com que nos embrulham.
Vem tudo a propósito da evolução da taxa de desemprego. Usando os números do jornal que o mesmo terá pesquisado no INE, um estudante de Economia faria o seguinte gráfico:
Um jornal diário de informação económica publicou hoje um artigo acerca do desemprego e dos 59 milhões que o Estado vai poupar com a queda da taxa de desempego. O piedoso ministro da segurança social aparece com o ar de quem é responsável por toda aquela magnífica gestão.
Aliás, ainda estou para perceber como é que se consegue converter uma súbida de 51,7 milhões de euros numa descida desse montante (fala-se em poupança) só pelo facto de a subida ser menor num ano do que no outro.
Não conheço o alinhamento político desse jornal ou se tem algum. Mas um gráfico nele inserido, mostrou como a informação pode ser manipulada... e isto foi recentemente denunciado pelo nosso amigo anónimo em texto sobre as percentagens em que nos embrulham e eu diria mais: com que nos embrulham.
Vem tudo a propósito da evolução da taxa de desemprego. Usando os números do jornal que o mesmo terá pesquisado no INE, um estudante de Economia faria o seguinte gráfico:
O gráfico mostra que há uma ligeira tendência para a descida, mas que não podemos ter sérias esperanças de uma melhoria significativa para o próximo ano.
Mas o responsável pelo artigo não fez este gráfico. Resolveu cortar-lhe a parte de baixo e criar uma escala entre 7% e 8%. Vejam o resultado:
Notável, não é? Mais um anito e acaba o desemprego...
Claro que podem não ter sido estas as intenções do autor, tanto mais que a tendência decrescente já anteriormente teve uma inversão. Mas mostra que, quando se quer, consegue-se dar à informação económica o ar que mais convem a quem a trata...
1 comentário:
São mesmo as percentagens com que nos embrulham,confundem e iludem...
Fazem-me lembrar as percentagens da greve dos professores:
Sindicatos - entre 80% e 85%;
Ministério da Educação - 32% a 50%.
écse.
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