quinta-feira, setembro 20, 2007

Espírito de prisioneiro



Olhem-me este Mamarracho!
Reparem como o seu tamanhão contratasta com as suas tristes janelas. Estas tão pequeninas são que denunciam que não houve preocupação em aproveitar a luz solar e que quem lá estiver estará condenado à presença do ar condicionado a incidir impiedosamente sobre as costas de quem trabalha e ao desprezo pelos bons ares que a encosta do moinho pode trazer.
Não admira esta aproximação do ambiente de trabalho ao ambiente de cárcere. A obra, resultante das manobras do presidente David sempre incapaz de um projecto, com revisão em cima de revisão em cima de revisão..., com disfuncionalidades que só se descobrirão após o início de uso, repousa sobre as cinzas da velha prisão de Ourém. E este espírito acompanhará os que lá se encontrarem.
Menos espirituais e mais reais serão os sacrifícios do contribuinte, prisioneiro da má gestão financeira que o condenará a rendas de que nem filhos e netos escaparão.

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