terça-feira, junho 29, 2004
Durmo
Um gracioso tropel de donzelas formosas,
Frescas e virginais como botões de rosas,
A saia curta, o rir brejeiro, o arzinho honesto,
Deixando ver a perna e fantasiar o resto,
Vinha cantando atrás esta canção feliz,
Ao som de tiorbas d'oiro e avenas pastoris:
Somos trezentas sessenta e seis,
Olhos maganos, bocas em flor...
Dignas de reis!
E vimos todas, senhor Prior,
Dar-vos aquilo que vós sabeis...
Somos trezentas sessenta e seis!
Um calendário d'ano bissexto,
Feito d'amor!
Livro novinho!... papel e texto!...
Abra-lhe as folhas sem medo ao sexto,
Abra-lhe as folhas, Padre-Prior!
in A Sesta do Senhor Abade
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