O caso do financiamento das juntas de freguesia em terras oureanas - III
Carências
Apenas uma das freguesias que respondeu ao nosso inquérito não identificou qualquer carência ao nível do financiamento para concretização das suas actividades. Por outro lado, uma freguesia identificou um elemento, mas não lhe juntou qualquer montante.
O quadro relativo a esta questão parece revelador de um processo de delegação em transição e também de alguma falta de orientação em relação a grandes problemas que o concelho e o país atravessam.
Quadro de carências confessadas
Deste quadro resulta que a carência que reflecte o maior défice de financiamento é a identificada por “Recuperação e manutenção de caminhos vicinais” sem dúvida uma função extremamente importante sob todos os aspectos.
Repare-se que no conjunto de funções não executadas cabalmente, aparecem algumas que nos parecem mais da competência da Câmara do que da junta de freguesias. Tratar-se-á do processo de delegação de que o presidente David tem vindo a falar. Mas se delega e não atribui meios para a função é o mesmo que estar a atirar o problema para cima dos outros. Com efeito, parece-nos pouco normal uma junta construir o seu pavilhão desportivo, ou o seu centro de dia ou que seja responsável pelo saneamento básico. Estas funções carecem de mais meios, mais massa crítica do que o que está nas possibilidades ou nos horizontes de uma junta de freguesia.
É igualmente estranho que ainda seja referida a necessidade de obras em edifícios sede. Será que nem isto está assegurado? Mas há dinheiro para desperdiçar em estádios ditos municipais, em parques lineares inacabados?
Se agruparmos os resultados em termos de procura de melhores condições, responsabilidades delegadas e servir o freguês, obviamente com classificação da nossa responsabilidade o resultado parece-nos revelador de que as juntas estão a ser sufocadas com funções que não seriam tradicionalmente as suas... É o que pode ver-se na figura seguinte:
Sacudir a água do capote
Finalmente, uma observação relativamente ao que se não detecta nas carências reveladas. Todos se lembram da calamidade de incêndios a que o nosso concelho foi sujeito em 2005. Curiosamente, não se detecta ao nível das carências reveladas qualquer referência a sistemas de prevenção e detecção de incêndios florestais. Bem sabemos que tal função deve ser exercida a nível superior, mas quando não é, os elementes mais perto dos fregueses têm de lutar por ela. No fundo, parece que todos esperam um milagre quanto à evolução climatérica e, enquanto a batuta do estratega presidente David não apontar nessa direcção, não se seguirá o exemplo de outros concelhos. Mas o venerado presidente gosta mais dos benefícios da construção e da hotelaria...
Carências
Apenas uma das freguesias que respondeu ao nosso inquérito não identificou qualquer carência ao nível do financiamento para concretização das suas actividades. Por outro lado, uma freguesia identificou um elemento, mas não lhe juntou qualquer montante.
O quadro relativo a esta questão parece revelador de um processo de delegação em transição e também de alguma falta de orientação em relação a grandes problemas que o concelho e o país atravessam.
Quadro de carências confessadas
Deste quadro resulta que a carência que reflecte o maior défice de financiamento é a identificada por “Recuperação e manutenção de caminhos vicinais” sem dúvida uma função extremamente importante sob todos os aspectos.
Repare-se que no conjunto de funções não executadas cabalmente, aparecem algumas que nos parecem mais da competência da Câmara do que da junta de freguesias. Tratar-se-á do processo de delegação de que o presidente David tem vindo a falar. Mas se delega e não atribui meios para a função é o mesmo que estar a atirar o problema para cima dos outros. Com efeito, parece-nos pouco normal uma junta construir o seu pavilhão desportivo, ou o seu centro de dia ou que seja responsável pelo saneamento básico. Estas funções carecem de mais meios, mais massa crítica do que o que está nas possibilidades ou nos horizontes de uma junta de freguesia.
É igualmente estranho que ainda seja referida a necessidade de obras em edifícios sede. Será que nem isto está assegurado? Mas há dinheiro para desperdiçar em estádios ditos municipais, em parques lineares inacabados?
Se agruparmos os resultados em termos de procura de melhores condições, responsabilidades delegadas e servir o freguês, obviamente com classificação da nossa responsabilidade o resultado parece-nos revelador de que as juntas estão a ser sufocadas com funções que não seriam tradicionalmente as suas... É o que pode ver-se na figura seguinte:
Sacudir a água do capote
Finalmente, uma observação relativamente ao que se não detecta nas carências reveladas. Todos se lembram da calamidade de incêndios a que o nosso concelho foi sujeito em 2005. Curiosamente, não se detecta ao nível das carências reveladas qualquer referência a sistemas de prevenção e detecção de incêndios florestais. Bem sabemos que tal função deve ser exercida a nível superior, mas quando não é, os elementes mais perto dos fregueses têm de lutar por ela. No fundo, parece que todos esperam um milagre quanto à evolução climatérica e, enquanto a batuta do estratega presidente David não apontar nessa direcção, não se seguirá o exemplo de outros concelhos. Mas o venerado presidente gosta mais dos benefícios da construção e da hotelaria...
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