Exorcismo consumado
"O OUREM está um pouco parado...", diz-me aquela que eu confundo com a formoza amazona.
É verdade, mas, como verão, tenho as minhas razões.
Tempos houve em que o OUREM se arvorou numa voz que trazia um pouco da Ourém das décadas de cinquenta e sessenta, procurando gerar um sentimento e uma prática colectiva que levassem à não destruição de alguns símbolos dessas gerações. Houve mesmo pessoas que prometeram contribuições na mesma linha para o blog...
Mas, não menosprezando duas ou três honrosas excepções, pouco ou nada consegui.
É verdade, mas, como verão, tenho as minhas razões.
Tempos houve em que o OUREM se arvorou numa voz que trazia um pouco da Ourém das décadas de cinquenta e sessenta, procurando gerar um sentimento e uma prática colectiva que levassem à não destruição de alguns símbolos dessas gerações. Houve mesmo pessoas que prometeram contribuições na mesma linha para o blog...
Mas, não menosprezando duas ou três honrosas excepções, pouco ou nada consegui.
Nenhuma bela oureana me mandou o seu livro de memórias para eu desfolhar e aqui apresentar os factos mais significativos. Também não consegui contribuições de pessoas que conheciam alguns da nossa geração. E quanto a protestos pela defesa do património urbano da época o melhor é estar calado porque o bicho que domina a casa amarela não é para brincadeiras e ainda estraga algum favor que pode vir a ser necessário.
Pouco a pouco, fui vertendo o que me recordava de Ourém. Mas, com o tempo, desapareceu-me o encanto de escrever sobre a terra: uns não ligavam nenhuma, outros estragaram tudo o que me recordava o passado...
No final, tenho a sensação de um exorcismo, porque acabei por me livrar daqueles fantasmas todos... e entrar na indiferença que se deseja para regra.
Pouco a pouco, fui vertendo o que me recordava de Ourém. Mas, com o tempo, desapareceu-me o encanto de escrever sobre a terra: uns não ligavam nenhuma, outros estragaram tudo o que me recordava o passado...
No final, tenho a sensação de um exorcismo, porque acabei por me livrar daqueles fantasmas todos... e entrar na indiferença que se deseja para regra.
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