Achei uma certa piada à entrevista dada ao Expresso pelo Inspector Geral da Administração Interna. Primeiro, foi a perplexidade pelo facto de um agente do Governo trazer para a praça pública assuntos que mereceriam primeiro uma reflexão bem cuidada dos principais responsáveis. Que se terá passado? Não lhe terão dado suficiente atenção? Depois, o conteúdo...
Muitas vezes, simplesmente a partir da observação do dia a dia, tenho sentido dentro de mim as palavras que li na entrevista.
Claro que há raízes, desde a célebre chegada do polícia Cunha aos nossos campos de futebol improvisados na Rua de Castela onde o desenvolvimento mais normal se traduzia na apreensão da bola. Esse facto, associado à atitude mais ou menos intolerante e arrogante dos agentes, nesses tempos, criou uma imagem que tantos anos não conseguiram apagar. A literatura formativa também não ajudou muito: a polícia é um agente da repressão estará sempre do lado de quem detém o poder...
Hoje, os factos relatados pelo inspector geral, desde a atitude de cowboy ao uso e abuso do poder, fazem com que a imagem se reforce e nos faça olhar o polícia não como pessoa com quem se cultiva a proximidade, mas como alguém diferente, pronto a reprimir-nos, pronto a dispara se não pararmos no STOP, alguém pertencente a uma casta diferente...
E nem aqui a perspectiva sindical parece correcta. É que, em vez de procurar fazer uma reflexão interna para corrigir o que naquelas afirmações existe de verdade, aparece a defender cegamente os seus associados, a defender o silêncio e o respeito baseados no facto de estarem ao nosso serviço. Como se na sociedade não estivéssemos ao serviço uns dos outros...
Muitas vezes, simplesmente a partir da observação do dia a dia, tenho sentido dentro de mim as palavras que li na entrevista.
Claro que há raízes, desde a célebre chegada do polícia Cunha aos nossos campos de futebol improvisados na Rua de Castela onde o desenvolvimento mais normal se traduzia na apreensão da bola. Esse facto, associado à atitude mais ou menos intolerante e arrogante dos agentes, nesses tempos, criou uma imagem que tantos anos não conseguiram apagar. A literatura formativa também não ajudou muito: a polícia é um agente da repressão estará sempre do lado de quem detém o poder...
Hoje, os factos relatados pelo inspector geral, desde a atitude de cowboy ao uso e abuso do poder, fazem com que a imagem se reforce e nos faça olhar o polícia não como pessoa com quem se cultiva a proximidade, mas como alguém diferente, pronto a reprimir-nos, pronto a dispara se não pararmos no STOP, alguém pertencente a uma casta diferente...
E nem aqui a perspectiva sindical parece correcta. É que, em vez de procurar fazer uma reflexão interna para corrigir o que naquelas afirmações existe de verdade, aparece a defender cegamente os seus associados, a defender o silêncio e o respeito baseados no facto de estarem ao nosso serviço. Como se na sociedade não estivéssemos ao serviço uns dos outros...
1 comentário:
Bem visto, Luìs!
Pois claro, vivendo em sociedade, estamos sempre ao serviço uns dos outros.
Quer sejamos professores, padeiros, motoristas, ministros,...
écse
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