quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Planos sinistros


Recuperado do mau bocado, Ó Bössta reuniu-se com Linda e decidiram realizar uma assembleia extraordinária dos criadores de cabeça de gado já que a ordinária não tinha concluído normalmente e o governador pretendia influenciar nova decisão da mesma.
A assembleia foi convocada com três pontos na ordem de trabalhos:
1. Os acessos ao palácio do governador
2. As feiras de gado de Golden City e
3. O ciclo de conferências da cidade do pioneiro.
No dia da assembleia, para além dos rancheiros, muitos populares resolveram comparecer para assistir.
Linda abriu a sessão e Ó Bössta tomou de imediato a palavra:
- Como sabem, o palácio do governador está concluído. Nele, para me servir, trabalham muitos dos vossos familiares nas mais diversas actividades. Acontece que os acessos ao palácio são francamente maus e um conjunto de barracas que existe nas proximidades retira ao mesmo toda a dignidade que ele merece. A minha proposta é que corramos com os indivíduos que vivem nessas barracas e construamos um acesso decente ao palácio do governador.
Esta entrada de Ó Bössta tinha a sua razão de ser. Ele tinha identificado alguns dos indivíduos que tinham participado na vaia de que fora alvo e sabia que grande parte deles vivia na Castle Street, sendo esta um dos seus principais focos de oposição.
Alguns populares não puderam conter alguns murmúrios de reprovação, mas a assembleia aceitou com agrado e sem oposição significativa a proposta do governador. Videra não estava presente por não ter sido convocado e alguns oposicionistas conhecidos não levantaram qualquer entrave a Ó Bössta. Assim a proposta foi aprovada.
Zeca Marth, que assistia à reunião, e sendo um dos afectados pela decisão, saiu da mesma, extremamente intranquila. E mais ficaria se conhecesse o segundo ponto da ordem de trabalhos introduzido por Linda Simon...
- Meus amigos, penso que tenho a solução para a nossa feira mensal de gado. Como sabem, tradicionalmente temos grandes dificuldades para realizar a feira e ter apoio logístico em termos de bebidas e refeições. Tudo mudaria se passássemos a realizá-la frente ao Central Saloon, naquele local ocupado por um jardim inútil...
Mais uma vez, esta proposta trazia água no bico. Sabia-se que os principais admiradores do jardim eram exactamente os habitantes da Castle Street que tinham brindado Ó Bössta com a vaia. Linda tinha pensado no assunto e resolvera estragar-lhes o foco de admiração.
A proposta foi aprovada por aclamação. Estranhos à vida em Golden City, a grande maioria dos rancheiros não via necessidade em manter aquele jardim, privilegiando a utilização daquele espaço em algo com utilidade para eles.
Finalmente, Farison tomou a palavra a pedido de Ó Bössta:
- Como sabem, o governador atribuiu-me recentemente a gestão dos assuntos culturais. Temos em marcha a realização das conferências da cidade dos pioneiros. Inicialmente, pensava-se realizar todas as sessões em Peaceful City, mas resolvemos concretizar alguns módulos nesta terra devido a um conjunto de calúnias que nos levantaram e diziam que só beneficiávamos os interesses dos outros... Conseguimos a colaboração de alguns vultos de prestígio: a professora Blacksmith, a solicitadora Near Water e o próprio Small River mostrou boa vontade. Vamos ocupar aquele edifício junto ao Central Saloon onde funcionou o Golden City General Bank e posso garantir-vos que tudo será um êxito.
Alguns rancheiros não percebiam bem a utilidade das conferências, mas o grande aplauso que se seguiu à intervenção de Farison convenceu-os da inutilidade de qualquer intervenção.
Ouviu-se então uma voz proveniente da assistência:
- Devíamos ter um hino para a conferência. Um hino!
A face de Farison abriu-se num largo sorriso.
- Com certeza! Tem toda a razão. E já tenho esse hino comigo. Um hino não da conferência mas da nossa cidade. Um hino à altura de ser lido pela nossa Läss Carina...
A assembleia ficou abafada sob o forte aplauso que se fez ouvir. Farison tinha um hino para a cidade. Onde é que tal coisa se tinha visto no velho Oeste? Que alegria para toda aquela gente. Os chapéus foram pelos ares...
Todos queriam ouvir o hino e desataram a gritar:
- Läss Carina! Läss Carina! Vem dizer o hino...

E agora, amigos oureenses? Como vamos sair desta? Há planos sinistros para a Castle Street e a frente do Central Saloon, mas toda aquela gente está entusiasmada com a promessa de Farison. E Zeca Marth? E os outros habitantes da Castle Street? Acham que vão deixar-se tramar pelo governador Ó Bössta e seus comparsas? E o Hino? Onde vamos arranjar um hino para Golden City?

2 comentários:

Anónimo disse...

Ena, tanta inspiraçâo, Luís!!!!!!
Onde irás buscar tantas ideias?
Será aos bons alunos?
E, a razão de ser dos nomes?
Bem que gostava de descobrir...
O certo, é que me dá um certo gozo ler as tuas aventuras e imaginar o que estará por trás...
écse

Anónimo disse...

Bem gostava de ver a tua cara amanhã!
Eh!Eh!

LUis

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