quinta-feira, abril 21, 2011

A questão da tolerância de ponto

Eu à espera que os arautos da burguesia trouxessem planos para um capitalismo resplandencente que ajudasse a tirar o país da fossa para onde o atiraram, que ajudasse a desenvolver as forças produtivas e o que vejo e oiço é uma histeria colectiva contra a tradicional tolerância de ponto na quinta-feira anterior ao domingo de Páscoa.
Começou com essa figura ridícula que é o presidente dos patrões, o sr Saraiva da CIP. Óbviamente, o dr. Passos tinha de acompanhar e a própria troika parece que está escandalizada...
Devo dizer que sou abertamente pela tolerância de ponto. Mais, todos os portugueses quer trabalhem na pública ou na privada, deviam desfrutar da mesma. Ela é uma forma de compensação da força que gastámos num período longo de trabalho, ela permite uma fuga do meio urbano, ela permite uma vinda até Ourém e, na segunda, vamos com muito mais força para a manif do 25...
Mas esta insistência das pessoas referidas e outras relativamente a este assunto demonstra mais uma vez uma coisa: é que não têm uma única ideia séria* para desenvolver o país...

* minto, o sr. Saraiva tem uma ideia: quer que a troika faça mudar a Constituição para que o patronato possa negociar a baixa de salários com a força de trabalho.

1 comentário:

joão da costa disse...

Concordo. Só por hipocrisia se pode ligar esta tolerância de três ou quatro horas à situação difícil em que nos encontramos.

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