A trupe de Fátima
Lembro-me especialmente de quatro: o Matias, o José Augusto, o Seminário (Frazão) e o Zé Carlos. Operando em turmas diferentes, recordo o Pinto e o Rui.
Eles aí vinham na fabulosa camioneta dos Claras a caminho do CFL.
Tenho uma boa recordação de quase todos.
O Matias ainda o vejo, de quando em quando, perto do Cinquentenário em Fátima.
O Zé Augusto foi o protagonista da história do mata-borrão e, por isso, está imortalizado pela nossa crónica.
O Pinto encontrei-o há anos em Ourém como gerente de um banco. Exactamente o mesmo, excelente pessoa sempre disponível.
O Rui já não encontro há muitos anos, sempre convivi pouco com ele.
Deixei para o fim aqueles com quem me dei mais.
O Frazão, excelente ponta de lança, portador da alcunha Seminário devido à existência na época de famoso jogador com esse nome, brindava-me sistematicamente com os livros de banda desenhada que devorava nos intervalos e que, conhecida a história, deixavam de lhe interessar. Um dia, foi-se embora e nunca mais o encontrei.
Por fim o Zé Carlos. Foi um amigo, acompanhou-me por aquele CFL durante vários anos. Falou-me nas estrelas de Hollywood que tanto admirava. Mas há anos, passou-se uma cena caricata com ele.
Foi na Milano, em Fátima. “Zé! Eh, pá! Não és o Zé Carlos?”. “Sou, sim”. “Não me conheces? Sou o Luís. Do CFL”. “Não, não faço a menor ideia...”.
Que lhe terá passado pela cabeça? Estaria assim tão diferente? Não foi um dia, dois, foram anos...
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