Prisioneiro de valores
Torga
Mas abandonar a Pátria com um saco às costas? Para poder partir teria de meter no bornal o Marão, o Douro, o Mondego, a luz de Coimbra, a biblioteca e as vogais da língua. Sou um prisioneiro irremediável numa penitenciária de valores tão entranhados na minha fisiologia que, longe deles, seria um cadáver a respirar...
Torga
Mas abandonar a Pátria com um saco às costas? Para poder partir teria de meter no bornal o Marão, o Douro, o Mondego, a luz de Coimbra, a biblioteca e as vogais da língua. Sou um prisioneiro irremediável numa penitenciária de valores tão entranhados na minha fisiologia que, longe deles, seria um cadáver a respirar...
2 comentários:
Que livre é um homem "prisioneiro" de valores!
Mesmo, ou talvez ainda mais..., quando está fisicamente privado de liberdade por defender esses seus valores!
Antes a prisão ou a morte
que a desonra ou mentira por sorte...
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