Carilada de cartilagem de caranguejo
Os azares com os indianos tinham começado logo no segundo dia, quando, num espaço de Lago Azul, bem afastado do centro, o nosso arruaceiro e a sua simpática companheira tinham sido apanhados numa armadilha.
- Gosto tanto de caril!
- Qual será o prato do dia?
Daí a algum tempo algumas dúvidas eram respondidas.
- Temos arroz à valenciana, mas podem encomendar qualquer prato...
- Mas vai demorar muito tempo...
A empregada não parecia muito segura. Aproximou-se o insigne responsável.
- Escolham o que quiserem. A nossa comida é esplêndida. Verão que nem sequer é muito picante.
Ao lado, a miudagem tomava banho na piscina em grande algazarra. A conversa do indiano foi convincente pelo que se encomendou um caril de frango e um arroz dito valenciana.
O tempo foi passando e uma mesa foi sendo formada à frente do arruaceiro com pratos para vários. Algum tempo depois, chegou a comida. Vistosa, o arroz trazia uma série de camarões com boa cara.
- Vão ver que vão gostar.
Mas a verdade é que aquilo era pior que estopa. Nenhum produto utilizado no arroz tinha um mínimo de frescura e o frango do caril de frango devia estar cozido há vários dias. Quando o homem voltou, cheio de salamaleques, a perguntar se tinham gostado, o arruaceiro disse-lhe das boas e que não voltaria ali:
- Oh! Não faça isso.
O indiano foi para a cozinha e deixou algumas ordens. A mesa formada à nossa frente começou a encher-se com o indiano e a cachopada que tomava banho na piscina, mais um empregado que não mudava de camisa há uns três meses e a empregada. Deliciaram-se com uma travessa cheia de arroz embora sem camarão. Pouco depois a conta era um manancial de problemas: coisas que não tinham sido consumidas, parcelas cujo total não coincidia com o produto da quantidade pelo unitário... o arruaceiro concluiu que tinha pago o almoço àqueles preguiçosos todos já que mais nenhum cliente a sério chegou àquele espaço.
Esta má experiência não apagou o desejo de reexperimentar esta comida e a passagem pela marina criou novo pretexto. Luxo e preços eram outros:
- Caril de borrego e caril de caranguejos...
Pouco depois, o arruaceiro e a companheira estavam perante exóticos contentores da comida pedida e alguns acompanhamentos adicionais. No prato, a sensação não foi das melhores...
- Este borrego não presta para nada...
- É só ossos de caranguejo, não tem nada que comer.
Sairam dali danados, furibundos, amaldiçoando restaurantes indianos e todos os que suportam esta cambada que vende a peso de ouro produtos que, na nossa simples Ourém, não teriam qualquer cabimento.
- Gosto tanto de caril!
- Qual será o prato do dia?
Daí a algum tempo algumas dúvidas eram respondidas.
- Temos arroz à valenciana, mas podem encomendar qualquer prato...
- Mas vai demorar muito tempo...
A empregada não parecia muito segura. Aproximou-se o insigne responsável.
- Escolham o que quiserem. A nossa comida é esplêndida. Verão que nem sequer é muito picante.
Ao lado, a miudagem tomava banho na piscina em grande algazarra. A conversa do indiano foi convincente pelo que se encomendou um caril de frango e um arroz dito valenciana.
O tempo foi passando e uma mesa foi sendo formada à frente do arruaceiro com pratos para vários. Algum tempo depois, chegou a comida. Vistosa, o arroz trazia uma série de camarões com boa cara.
- Vão ver que vão gostar.
Mas a verdade é que aquilo era pior que estopa. Nenhum produto utilizado no arroz tinha um mínimo de frescura e o frango do caril de frango devia estar cozido há vários dias. Quando o homem voltou, cheio de salamaleques, a perguntar se tinham gostado, o arruaceiro disse-lhe das boas e que não voltaria ali:
- Oh! Não faça isso.
O indiano foi para a cozinha e deixou algumas ordens. A mesa formada à nossa frente começou a encher-se com o indiano e a cachopada que tomava banho na piscina, mais um empregado que não mudava de camisa há uns três meses e a empregada. Deliciaram-se com uma travessa cheia de arroz embora sem camarão. Pouco depois a conta era um manancial de problemas: coisas que não tinham sido consumidas, parcelas cujo total não coincidia com o produto da quantidade pelo unitário... o arruaceiro concluiu que tinha pago o almoço àqueles preguiçosos todos já que mais nenhum cliente a sério chegou àquele espaço.
Esta má experiência não apagou o desejo de reexperimentar esta comida e a passagem pela marina criou novo pretexto. Luxo e preços eram outros:
- Caril de borrego e caril de caranguejos...
Pouco depois, o arruaceiro e a companheira estavam perante exóticos contentores da comida pedida e alguns acompanhamentos adicionais. No prato, a sensação não foi das melhores...
- Este borrego não presta para nada...
- É só ossos de caranguejo, não tem nada que comer.
Sairam dali danados, furibundos, amaldiçoando restaurantes indianos e todos os que suportam esta cambada que vende a peso de ouro produtos que, na nossa simples Ourém, não teriam qualquer cabimento.
Mas o pior estava para vir, materializado na oitava praga de David...
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