quarta-feira, agosto 02, 2006

Hábitos

Na vida quotidiana, existem algumas coisas cuja falta só sentimos e avaliamos no momento em que se manifesta: exemplos, água e electricidade.
Começo agora a notar outras. Imaginem o automóvel. Imaginem que o põem na revisão ali no caminho para a Caridade e que regressam a Ourém a pé ou que vão ao Leitão (Veneza) tomar um café.
Já é desconfortável andar a pé sob este calor. Mas com aqueles passeios ou a ausência deles é quase aventura radical e a tender para o porcalhão. São as valas junto à estrada, é a erva que não é cortada, é a poeirada a emporcalhar tudo, é a própria velocidade dos carros que não atendem a que já estão dentro de uma povoação. Exitem pessoas que, na nossa terra, estão verdadeiramente desterradas.
Ourém nada tem melhorado em termos de condições de vida para a sua população. A camarilha passeia-se de automóvel e ar condicionado e não avalia as condições de deslocação de quem não usufrui desses meios. Talvez por isso digam que em Ourém se vive melhor que no resto do país. Claro, ignoram a existência dos outros...

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