A continuação do erro
Os senhores autarcas estiveram reunidos e manifestaram-se com um profundo não, de mais de 800 votos num total de oitocentos e setenta e tal votantes, relativamente à nova lei das finanças locais. Fizeram-no através de um documento onde não enunciam qualquer acção de resposta em termos de constestação.
No fundo, consideram que o Governo tem razão quando assume que, em grande parte dos casos, os seus gastos estão feridos de ineficácia, que muito do investimento é podre (destinado às clientelas ou à propaganda eleitoral), mas esperam que haja uma revisão da situação de forma a uma atitude menos radical do executivo (“gastem lá à balda, mas não tanto...”).
Este é mais um daqueles casos em que uma votação, por mais rotundo que seja o resultado, não dá razão ao votante: é que este está a ser juiz em causa própria. Assim, o peso esmagador do seu voto demonstra quão errada está a organização do poder local no nosso país.
Os senhores autarcas estiveram reunidos e manifestaram-se com um profundo não, de mais de 800 votos num total de oitocentos e setenta e tal votantes, relativamente à nova lei das finanças locais. Fizeram-no através de um documento onde não enunciam qualquer acção de resposta em termos de constestação.
No fundo, consideram que o Governo tem razão quando assume que, em grande parte dos casos, os seus gastos estão feridos de ineficácia, que muito do investimento é podre (destinado às clientelas ou à propaganda eleitoral), mas esperam que haja uma revisão da situação de forma a uma atitude menos radical do executivo (“gastem lá à balda, mas não tanto...”).
Este é mais um daqueles casos em que uma votação, por mais rotundo que seja o resultado, não dá razão ao votante: é que este está a ser juiz em causa própria. Assim, o peso esmagador do seu voto demonstra quão errada está a organização do poder local no nosso país.
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