Acordo e desacordos quando os recursos são escassos
Em tudo o que fazemos há acordos e desacordos amigos.
Vem isto a propósito do nosso post sobre a reunião de autarcas motivada pela nova lei das finanças locais.
Alguns comentários amigos mostraram-me o seu desacordo, mas eu, relendo o que está escrito, hesito...
Sempre tenho adoptado uma posição de que é possível modificar as coisas para o melhor mesmo num contexto em que se preconize uma mudança mais radical da sociedade.
Neste caso concreto, está em causa a utilização do que nos foi retirado pelo Estado em termos do rendimento que era nosso. É óbvio que aceito que os senhores autarcas, democraticamente eleitos e democraticamente transparaentes, têm todo o direito de afectarem os recursos que lhe são confiados ao que melhor entenderem. Isto é devem escolher, prioritizar procurando o melhor para a sua região e sujeitando-se à crítica dos que os elegeram.
Mas não é de todo incorrecto aceitar que a melhor perspectiva de conjunto é aquela que o governo - também democraticamente eleito, democraticamente transparente e democraticamente dialogante (até parece que estou a gozar, mas não...) - em determinado momento possui e que, se de acordo com o mesmo, só é possível atribuir a uma região ou distrito determinada verba, garantido que esteja o funcionamente corrente do órgão autárquico, o melhor que os senhores autarcas têm a fazer é escolher a sua melhor aplicação, mesmo que isso lhes traga perdas eleitorais e sem comprometer o futuro dos que se lhe seguirem. Uma atitude como esta, mais do que acusar sempre o poder central de boicote e insuficiência, o que faz é chamar a atenção para as escolhas em função de recursos que, por definição e realmente, são escassos.
Finalmente, não me sinto a atacar o poder local quando digo que muito do investimento que concretiza é podre (destinado a satisfazer clientelas ou com fins eleitoralistas). Bem pelo contrário, isto é visível no nosso concelho e em muitos outros e a sua denúncia só serve para o reforçar, extirpando-o deste monstro que lhe transforma completamente a natureza...
Em tudo o que fazemos há acordos e desacordos amigos.
Vem isto a propósito do nosso post sobre a reunião de autarcas motivada pela nova lei das finanças locais.
Alguns comentários amigos mostraram-me o seu desacordo, mas eu, relendo o que está escrito, hesito...
Sempre tenho adoptado uma posição de que é possível modificar as coisas para o melhor mesmo num contexto em que se preconize uma mudança mais radical da sociedade.
Neste caso concreto, está em causa a utilização do que nos foi retirado pelo Estado em termos do rendimento que era nosso. É óbvio que aceito que os senhores autarcas, democraticamente eleitos e democraticamente transparaentes, têm todo o direito de afectarem os recursos que lhe são confiados ao que melhor entenderem. Isto é devem escolher, prioritizar procurando o melhor para a sua região e sujeitando-se à crítica dos que os elegeram.
Mas não é de todo incorrecto aceitar que a melhor perspectiva de conjunto é aquela que o governo - também democraticamente eleito, democraticamente transparente e democraticamente dialogante (até parece que estou a gozar, mas não...) - em determinado momento possui e que, se de acordo com o mesmo, só é possível atribuir a uma região ou distrito determinada verba, garantido que esteja o funcionamente corrente do órgão autárquico, o melhor que os senhores autarcas têm a fazer é escolher a sua melhor aplicação, mesmo que isso lhes traga perdas eleitorais e sem comprometer o futuro dos que se lhe seguirem. Uma atitude como esta, mais do que acusar sempre o poder central de boicote e insuficiência, o que faz é chamar a atenção para as escolhas em função de recursos que, por definição e realmente, são escassos.
Finalmente, não me sinto a atacar o poder local quando digo que muito do investimento que concretiza é podre (destinado a satisfazer clientelas ou com fins eleitoralistas). Bem pelo contrário, isto é visível no nosso concelho e em muitos outros e a sua denúncia só serve para o reforçar, extirpando-o deste monstro que lhe transforma completamente a natureza...
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