Semana de “O Poço”
A convocatória já chegou e cita Pessoa: “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”.
Pois é...
Eu queria criar um CD com alguma músicas, das difíceis de encontrar, daquela época.
Acho que fiz tudo bem: até adquiri um conversor de vinil para formato digital. Tive tempo e mais que tempo. Seleccionei. Ouvi. Propagandeei no blog. Fiz.
Parecia que havia tempo para tudo.
Mais ou menos há um mês, levei o resultado de tanto trabalho ao grande chefe...
Os dias foram passando. Criei mais texto, aprontei as capas. Neste momento, repousam num cantinho uns 40 CDs cheios de canções (há quem não goste desta palavra, mas era a nossa).
Toca o telefone.
Ouve-se a voz do grande chefe: “não consigo ouvir esta gaita”.
Eu respondi: “é pá, é MP3, muitos leitores de CD conseguem...”. Ele: “vai ser uma grande barraca”.
Lá em casa, a reacção não foi melhor: “és tu, com as tuas manias, quem tem a culpa. As canções já são o que são, ninguém se lembra delas. Agora isto... trata de pôr num formato audível”.
Imaginam a louca correria para o próximo fim de semana. Mas o MP3 dava tanto jeito, parecia que bastava carregar num botãozinho e o CD ficava pronto. Agora, está para ali o gravador a ronçar e nunca se sabe se acaba bem. E eu até me pergunto: “porque é que ando tão longe dos desígnios divinos?” ou “por que são eles tão difícis de cumprir?”.
A convocatória já chegou e cita Pessoa: “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”.
Pois é...
Eu queria criar um CD com alguma músicas, das difíceis de encontrar, daquela época.
Acho que fiz tudo bem: até adquiri um conversor de vinil para formato digital. Tive tempo e mais que tempo. Seleccionei. Ouvi. Propagandeei no blog. Fiz.
Parecia que havia tempo para tudo.
Mais ou menos há um mês, levei o resultado de tanto trabalho ao grande chefe...
Os dias foram passando. Criei mais texto, aprontei as capas. Neste momento, repousam num cantinho uns 40 CDs cheios de canções (há quem não goste desta palavra, mas era a nossa).
Toca o telefone.
Ouve-se a voz do grande chefe: “não consigo ouvir esta gaita”.
Eu respondi: “é pá, é MP3, muitos leitores de CD conseguem...”. Ele: “vai ser uma grande barraca”.
Lá em casa, a reacção não foi melhor: “és tu, com as tuas manias, quem tem a culpa. As canções já são o que são, ninguém se lembra delas. Agora isto... trata de pôr num formato audível”.
Imaginam a louca correria para o próximo fim de semana. Mas o MP3 dava tanto jeito, parecia que bastava carregar num botãozinho e o CD ficava pronto. Agora, está para ali o gravador a ronçar e nunca se sabe se acaba bem. E eu até me pergunto: “porque é que ando tão longe dos desígnios divinos?” ou “por que são eles tão difícis de cumprir?”.
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