segunda-feira, abril 23, 2007

Promessas tontas

O desempenho de Marques Mendes nos últimos tempos está muito longe de brilhante: o seu aproveitamento oportunista do caso de engenharia académica da Independente deixou muito a desejar; o seu comentário à eventual aproximação de Pina Moura da TVI é disparate completo; ontem, em Espinho prometeu, num contexto de vitória eleitoral em 2009, uma aproximação ao rendimento médio da UE, a partir do racio actual de 70%, mais ou menos nos moldes seguintes:
Há que encontrar uma nova forma de governar para Portugal, temos que ser ambiciosos e colocar como meta do nosso futuro governo pôr o país a crescer pelo menos a três por cento ao ano e comprometermo-nos a que em 2013, no final da nossa legislatura, o nosso país tenha um rendimento de 80 por cento da média europeia.
A verdade é que umas simples contas demonstram que isto é impossível. Vejamos:
- se a UE crescer a 2% ao ano, seria preciso Portugal crescer à taxa de 5,47% para cumprir a promessa;
- se a UE crescer a 1% ao ano, essa taxa desceria para 4,43%;
- se a UE não crescesse, Portugal teria de atingir 3,4% ao ano bem superior à baliza de 3%.
Portanto, só num cenário de crescimento negativo da Europa, a promessa seria exequível.
O homem está tonto de todo.

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