segunda-feira, agosto 22, 2005

Uma palavra para os trabalhadores autárquicos

... que poderei vir a coordenar e orientar caso vença esta batalha.
Reconheço o vosso valor em termos profissionais e o vosso amor ao nosso concelho.
Mas é imperioso mudar e melhorar. É necessário estar mais perto do munícipe, atendê-lo melhor, fazê-lo abandonar o encontro connosco com certezas e não com dúvidas.
É importante reforçar a presença nas freguesias onde é necessário passar a iniciar os processos, a acompanhá-los e receber resposta aos mesmos. É necessário criar condições para que idêntico funcionamento se processe a partir de casa do munícipe.
Para isso, há que modificar o modo como fazemos as coisas, usar mais o digital e as comunicações e usar menos o papel.
Connosco esta postura não oferece qualquer risco. Somos exigentes, queremos proporcionar um serviço de excelência, reconhecemos a necessidade da mudança, mas salvaguardamos a posição de quem trabalha. Nós entendemos que o trabalhador é o factor de produção mais rico e mais criativo. Nós entendemos que a Economia é para servir as pessoas e não o inverso. A nossa acção será sempre a de utilizar alguém liberto de uma função em novas funções, após reciclagem se necessário, através das quais possam enriquecer o serviço prestado aos oureenses. Connosco, os vossos postos de trabalho estarão a salvo.

5 comentários:

Anónimo disse...

É preciso fazer com que nunca mais aconteça o aconteceu ao M…, paraplégico. Foi à CMO tratar de umas formalidades, ficou na rua, claro. Há cães que lá podem entrar mas há homens que são obrigados a ficar na rua.

Pediu a um amigo de 70 e tal anos que fosse ao 1º andar dizer que queria ser atendido e explicar a sua situação (grave deficiência impeditiva de subir escadas; nem uma porcaria de um intercomunicador há para se solicitar a comparência de um funcionário. Isto é vexatório e humilhante). Marimbaram-se … Coitado do velho, andou horas para cima e para baixo … ora preenche isto, agora assina aqui, esganaste-te aqui, dá cá o BI, paga aquilo… depois ainda obrigaram o pobre do paralítico e o incansável do velho a ir buscar (ou entregar) mais um papel qualquer a uma dependência da câmara que se situava a 100 metros dali… Não há contínuos nem circulação de expediente entre os diversos departamentos da câmara?
Já que a inteligência e formação dos funcionários municipais envolvidos não lhes permite atingir um estrato civilizacional/intelectual ao nível desses dois porque razão o alto decisor da câmara nunca implementou um esquema de funcionamento para obviar a estas situações?

Por aqui me fico porque a raiva se intromete entre o que penso deles e o que pretendo escrever e não quero quem me leia pense que sou mal-educado como eles, os funcionários da câmara.
Força Luís!
Joca

Lobo Sentado disse...

Obrigado pela colaboração, caro Joca.
Tudo o que disse será tido em conta.
Comigo, a Câmara irá junto do Munícipe!
Abraço
Luis

Anónimo disse...

O que dizem poderá estar correcto, em alguns casos, mas generalizar dessa forma normalmente não espelha a verdade. Quando chamam "elefante branco" ao novo edifício dos Paços do Concelho, que terá previstas as acessibilidades a pessoas com mobilidade condicionada e que permitirá que um munícipe não tenha de se deslocar a uma depedência da Câmara fora da "Casa Amarela" que pretendeis manter(onde claramente não há condições eficientes de atendimento) confesso que não entendo algumas das ideias expostas por vós.
Com todo o respeito, não se deve ser contra tudo.
Sobre a construção de um novo edifício, que permita a junção dos serviços camarários, espalhados actualmente por toda a cidade, penso que, se estudarem a questão a fundo, a vossa opinião poderá mudar.
E esta é uma opinião de alguém independente, que ainda não decidiu se vai votar em si. Com cordialidade.

Lobo Sentado disse...

Obrigado pela opinião e pelo tom, caro anónimo.
Nós não contestamos a necessidade de um eventual novo edifício para a Câmara. Contestamos este. Porquê?
Porque não foi pensado antes o papel dos sistemas de informação e comunicação. Porque mantem a filosofia de a todos ali atender.
Na nossa perspectiva deve ir-se de outro modo, pensar primeiro como é uma autarquia moderna e como vai vai ser a relação com o munícipe, pensar também em descentralizar e atender melhor.
Já temos um texto critico ao novo edifício. Dois monumentais parques automóveis. Gabinetes de quase 100 metros quadrados para vereadores. O que se salva é o atendimento à globalidade de questões que acaba por nem ser muito dotado, isto é , a breve trecho, acabam por ver que ainda é pequeno.
Peço-lhe, veja esse artigo.
Na apresentação da candidatura, defendi também a ideia de que este edifício é mais uma forma de transferir dinheiro para as construtoras do que resolver os problemas que deveriam começar pela perspectiva que indiquei: sistemas de informação e comunicação.
Obrigado pela sua contribuição. Quer vote em nós ou não apareça e comente sempre. Quem sabe se não estamos a ver mal uma questão e você nos traz uma preciosa ajuda?
Abraço
Luis

Anónimo disse...

Sr. Luís, obrigado pelo esclarecimento. Vou procurar esse artigo.

Sr. Joca, nem todos os funciónários da Câmara são mal-educados (assim como nem todos os utentes, felizmente, o são). Muitos dos funcionários da Autarquia tudo fazem (com todas as dificuldades que sentem, até a nível da dispersão dos serviços) para atender todos os munícipes com a dignidade que estes merecem. Era a este nível que eu queria dizer que não se deve generalizar.

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