Caminhavam pela encosta do moinho imbuídos pelo espírito de mil aventuras. Por vezes transportavam lanças, resultado da mutação de canas em virtual exercício mental, julgando ter com eles elemento de arremesso.
Naquele dia procuravam algo de diferente. Que encontraram...
No chão, a uns 100 metros da estrutura já esventrada do moinho, estava uma mó. Algo bem pesado pela certa. Em forma circular, convidava imediatamente a exercício mais radical.
- E se a apontássemos ao colégio?
- Temos de ser vários a agarrá-la. Vamos a isso.
Com a força que tinham, lá a conseguiram pôr de pé. Um ainda pôs ligeiro entrave:
- E se acertamos em alguém?
- Deixa-te disso.. Isto vai trespassar o ginásio e fazer monumental alarido no recreio.
Continuaram a apontar a mó.
- Vamos largá-la.
E a encosta começou por viabilizar a insólita descida. Algo impediu que ela se concretizasse na totalidade. Ou uma oliveira ou inclinação mais abrupta fizeram com que ela fosse encontrada uns metros mais abaixo e deitada de lado...
Lá em baixo, no colégio, o sr. Nunes tocou a campainha e, pouco depois, o recreio estava cheio de estudantes que ali foram gozar as delícias do intervalo…
2 comentários:
Mais uma estória bem contada.
Ficamos a imaginar a brincadeira e o suspense pelo seu resultado...
écse.
Tomei parte nesta cena. Fui até o seu mentor.
Por deficiente informação do autor deste blogue, a história não esta contada correctamente.
A "filosofia" não foi esta e a aventura passou-se um pouco depois da meia noite, num qualquer mês de Agosto da década de 60.
Os meliantes ainda são amigos, andam todos por aí e são ilustres Ourienses.
Para eles, um grande abraço do Aires
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