Poemas entrelaçados..., 11
Porta #9: Matar a sede com água salgada
Não tenho palavras para apresentar este poema. Ele é porta para um conjunto de posts que tinham a ver com o ambiente nas aulas na escola em Ourém. Tantas vezes eu afirmo que gostava de lá voltar, rever aqueles livros, pensando até em repetir testes para ter melhores resultados e agora avanço com esta súplica que, apesar de tudo, partilho.
Não há dúvida, o ser humano é pleno de contradições.
Porta #9: Matar a sede com água salgada
Não tenho palavras para apresentar este poema. Ele é porta para um conjunto de posts que tinham a ver com o ambiente nas aulas na escola em Ourém. Tantas vezes eu afirmo que gostava de lá voltar, rever aqueles livros, pensando até em repetir testes para ter melhores resultados e agora avanço com esta súplica que, apesar de tudo, partilho.
Não há dúvida, o ser humano é pleno de contradições.
Súplica
Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.
Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor
Durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada.
Miguel Torga
1 comentário:
Ouvir de novo a tua voz seria como "Matar sede com água salgada" - Belíssima comparação.
No ano do centenário do seu nascimento, reler Miguel Torga é imperativo. Este ano e sempre, claro está.
Enviar um comentário