O Jó Rodrigues foi mais um companheiro da infância e adolescência, talvez aquele a quem eu mais atribuo as qualidades de irreverência e permanente disposição para a paródia.
O Jó era detentor de bondade insuperável - não havia gelado que comprasse que não fosse imediatamente duplicado em espécie para este seu amigo - e de notável capacidade de audição de música como podem notar em alguns dos posts associados ao marcador.
Guardo dele as melhores recordações e são essas que quero conservar: bailaricos, Nazaré, King no Avenida e no parque, bilharadas no Central, passeatas a Tomar, discos, lancharadas, monumental repositório de anedotas, entradas intempestivas pela minha casa, caçadas com pressão de ar...
Tinha, no entanto, uma certa animosidade em relação ao CFL e ao Dr. Armando de que nunca cheguei a perceber a razão. Tal levava a que, tendo inegáveis qualidades de líder, tudo o que de malvado se fazia na juventude tinha aqueles imediatamente como primeiro candidato a alvo.
Recordo, por exemplo, as bombas de Carnaval com que, pelas dez da noite, o nosso grupo mimoseava os habitantes de tão pedagógico espaço, levando a que, num dia, escondidos, víssemos o Dr. Armando assomar à janela de carabina em punho:
Recordo, por exemplo, as bombas de Carnaval com que, pelas dez da noite, o nosso grupo mimoseava os habitantes de tão pedagógico espaço, levando a que, num dia, escondidos, víssemos o Dr. Armando assomar à janela de carabina em punho:
- Apareçam, malandros! Apareçam que eu já vos digo...
Ena, pá! Que saudades daquele tempo!
(primeira publicação: 16/02/2007)
(primeira publicação: 16/02/2007)
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