Beware of Darkness
É este o título da canção do nosso amigo George que nos tem vindo a acompanhar esta semana. Através do PUTFILE, ouvimos uma versão pela Banda do George (Clapton, Lynne, e companhia) tocada no concerto de homenagem póstuma e o original gravado pelo George em 1970.
É outra das canções que normalmente me comove talvez pelo seu tom deprimente bem claro na voz do George e pela sua utilização no concerto de homenagem.
Separados os Beatles, ninguém acreditava que musicalmente alguém resistisse para além de Lennon e McCartney. O George tinha contribuído com três exitos para a monumental lista do conjunto e com algumas músicas que não passaram da vulgaridade. Esses êxitos situaram-se na parte final da produção da banda (Abbey Road, uma espécie de fabulosa manta de retalhos e no álbum branco).
Afinal, terminado o grupo, a produção do George surgiu como se antes existisse uma rolha a estorvá-la. Ela jorrou, logo em 1970, com um álbum triplo e canções notáveis como “Beware of darkness”, “isn’t it a pitty”, “all things must pass” e a polémica “my sweet lord” (o George foi acusado de plágeo, mas respondeu logo de seguida com outras canções que mostravam que não precisava disso para nada).
Comparando a sua produção posterior com a dos seus antigos companheiros, vê-se que ela é bem mais rica melódica e instrumentalmente e, o que é curioso, que o som anterior dos Beatles era mais parecido com o seu isoladamente do que com o de Lennon e McCartney. Daqui a minha suspeita de que as canções que constituiram aquele álbum de 27 canções number 1 (e eu era capaz de criar outro álbum dos Beatles com 27 canções not number 1 tão engraçadas ou melhores que as aí publicadas...) só terão tido aquele êxito retumbante devido ao empenhamento musical do George nas mesmas.
A minha interpretação é que, estabelecido o grupo, a tirania e a sobranceria da dupla impedia que as qualidades do George como criador viessem ao de cima.
Foi pena e mais pena foi a separação. Eu imagino o que os quatro poderiam ter feito daquele lote de magníficas canções que produziram após esse momento se tivessem colaborado para elas juntos...
Mas, voltando à nossa canção, ela alerta-nos contra a escuridão, a obscuridade.
Alerta muito importante, nesse tempo e, mesmo, agora. Alerta muito importante em Ourém e em qualquer outro espaço do nosso país, onde os poderosos não querem que nós conheçamos o pormenor do que fazem com o dinheiro do povo para continuarem a poder alimentar os seus bolsos propagando a crise para os mais fracos. Na nossa sociedade, o fosso vai-se alargando, o que significa que, para alguns, apesar do empobrecimento progressivo das pessoas, o enriquecimento é a palavra de ordem...
É este o título da canção do nosso amigo George que nos tem vindo a acompanhar esta semana. Através do PUTFILE, ouvimos uma versão pela Banda do George (Clapton, Lynne, e companhia) tocada no concerto de homenagem póstuma e o original gravado pelo George em 1970.
É outra das canções que normalmente me comove talvez pelo seu tom deprimente bem claro na voz do George e pela sua utilização no concerto de homenagem.
Separados os Beatles, ninguém acreditava que musicalmente alguém resistisse para além de Lennon e McCartney. O George tinha contribuído com três exitos para a monumental lista do conjunto e com algumas músicas que não passaram da vulgaridade. Esses êxitos situaram-se na parte final da produção da banda (Abbey Road, uma espécie de fabulosa manta de retalhos e no álbum branco).
Afinal, terminado o grupo, a produção do George surgiu como se antes existisse uma rolha a estorvá-la. Ela jorrou, logo em 1970, com um álbum triplo e canções notáveis como “Beware of darkness”, “isn’t it a pitty”, “all things must pass” e a polémica “my sweet lord” (o George foi acusado de plágeo, mas respondeu logo de seguida com outras canções que mostravam que não precisava disso para nada).
Comparando a sua produção posterior com a dos seus antigos companheiros, vê-se que ela é bem mais rica melódica e instrumentalmente e, o que é curioso, que o som anterior dos Beatles era mais parecido com o seu isoladamente do que com o de Lennon e McCartney. Daqui a minha suspeita de que as canções que constituiram aquele álbum de 27 canções number 1 (e eu era capaz de criar outro álbum dos Beatles com 27 canções not number 1 tão engraçadas ou melhores que as aí publicadas...) só terão tido aquele êxito retumbante devido ao empenhamento musical do George nas mesmas.
A minha interpretação é que, estabelecido o grupo, a tirania e a sobranceria da dupla impedia que as qualidades do George como criador viessem ao de cima.
Foi pena e mais pena foi a separação. Eu imagino o que os quatro poderiam ter feito daquele lote de magníficas canções que produziram após esse momento se tivessem colaborado para elas juntos...
Mas, voltando à nossa canção, ela alerta-nos contra a escuridão, a obscuridade.
Alerta muito importante, nesse tempo e, mesmo, agora. Alerta muito importante em Ourém e em qualquer outro espaço do nosso país, onde os poderosos não querem que nós conheçamos o pormenor do que fazem com o dinheiro do povo para continuarem a poder alimentar os seus bolsos propagando a crise para os mais fracos. Na nossa sociedade, o fosso vai-se alargando, o que significa que, para alguns, apesar do empobrecimento progressivo das pessoas, o enriquecimento é a palavra de ordem...
Oiça o George no Beware of Darkness
1 comentário:
Muito agradecido pela informação e pelo som!
Abraço.
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