O aparador de relva
Resolvi adquirir uma simpática máquina com uma configuração engraçada para cortar as ervas que me andam pelo quintal. As pessoas lá de casa gozam comigo:
- Comprou um aparador de relva para cortar ervas daninhas... Eh!Eh!Eh!
- Ó Luís, isso só serve para tu limpares à volta dos canteiros, para fazeres um rebordo.
Gente limitada! Estas almas não percebem que é tudo uma questão de proporção e, por vezes, de dedicatória.
Vejam só.
Na semana em que a camarilha fez destruir o depósito fiz questão de ir a Ourém para uma última fotografia com essa nossa recordação ainda viva. Ele lá estava ainda firme frente ao estaleiro. Comecei a fotografá-lo, apontei também para os destroços da edifício da GNR que ainda me pareceu ver. O vereador Moura cruzou-se comigo olhando-me de modo estranho. Depois, fui para casa e dei início à obra....
Liguei o aparador e pus-me a limpar as ervas daninhas.
- Olha ali erva catrina que tão mal faz à terra.
Apontei-lhe o aparador e “Zing”, a erva catrina, antes daninha, desapareceu de imediato. Mais ao lado a erva mourisca queria crescer e dominar. Mais um “Zing” e logo desapareceu.
E assim continuei durantes horas a fio. De quando em quando, refazia as pontas da bobine, chegando mesmo a substituí-la quando gastei todo o fio. Mas não tive piedade nem sequer da erva frazónica.
No final, contemplei o meu trabalho e vi que valeu a pena. Tinha tido o cuidado de deixar algumas flores. As papoilas parece que me saudavam a rir-se. Os malmequeres também pareciam mais vivos. O meu pedaço de terra parecia outro com um prado esverdeado salpicado de flores...
Ali foi fácil porque tudo dependia de mim. Tanta erva daninha foi eliminada e isso moralizou-me um pouco.
Na vida, nem tudo é tão fácil. Este aparador que vos sirvo em blog não está a conseguir a eficácia do aparador da relva. É talvez demasiado fraco, mas é o único instrumento que tenho e, por isso, me é precioso...
Resolvi adquirir uma simpática máquina com uma configuração engraçada para cortar as ervas que me andam pelo quintal. As pessoas lá de casa gozam comigo:
- Comprou um aparador de relva para cortar ervas daninhas... Eh!Eh!Eh!
- Ó Luís, isso só serve para tu limpares à volta dos canteiros, para fazeres um rebordo.
Gente limitada! Estas almas não percebem que é tudo uma questão de proporção e, por vezes, de dedicatória.
Vejam só.
Na semana em que a camarilha fez destruir o depósito fiz questão de ir a Ourém para uma última fotografia com essa nossa recordação ainda viva. Ele lá estava ainda firme frente ao estaleiro. Comecei a fotografá-lo, apontei também para os destroços da edifício da GNR que ainda me pareceu ver. O vereador Moura cruzou-se comigo olhando-me de modo estranho. Depois, fui para casa e dei início à obra....
Liguei o aparador e pus-me a limpar as ervas daninhas.
- Olha ali erva catrina que tão mal faz à terra.
Apontei-lhe o aparador e “Zing”, a erva catrina, antes daninha, desapareceu de imediato. Mais ao lado a erva mourisca queria crescer e dominar. Mais um “Zing” e logo desapareceu.
E assim continuei durantes horas a fio. De quando em quando, refazia as pontas da bobine, chegando mesmo a substituí-la quando gastei todo o fio. Mas não tive piedade nem sequer da erva frazónica.
No final, contemplei o meu trabalho e vi que valeu a pena. Tinha tido o cuidado de deixar algumas flores. As papoilas parece que me saudavam a rir-se. Os malmequeres também pareciam mais vivos. O meu pedaço de terra parecia outro com um prado esverdeado salpicado de flores...
Ali foi fácil porque tudo dependia de mim. Tanta erva daninha foi eliminada e isso moralizou-me um pouco.
Na vida, nem tudo é tão fácil. Este aparador que vos sirvo em blog não está a conseguir a eficácia do aparador da relva. É talvez demasiado fraco, mas é o único instrumento que tenho e, por isso, me é precioso...
2 comentários:
Deve ser bem curioso e eficaz esse aparador de relva, Luís.
Até me ensinaste alguns nomes de ervas que desconhecia. Um professor numca deixa de o ser.
E não desanimes, petit-à-petit, ainda conseguirás aparar "outro tipo de ervas" que se atravessem no teu caminho.
écse
sempre enigmática, écse!
Ora explicita lá melhor essas ervas...
Enviar um comentário