sexta-feira, julho 20, 2007

Esperança

Pouco passa das dez. À porta da Assembleia houve-se essa música fabulosa: Camaradas cantemos unidos porque é nossa a vitória final...
Uma sindicalista fala, os carros vão acompanhando desencadeando uma espécie de buzinão dirigido à política do governo. Não sei como se sentirão os deputados do PS. Eu, no seu papel, depois das promessas eleitorais sentir-me-ia muito mal ao ver que as pessoas não reconheceriam este meritório serviço que vêm prestando ao país (isto é aos grandes capitalistas). Mas também não estou lá e nem todos usam dos escrúpulos que eu uso...
Os protestos continuam, agora em relação ao desemprego. Poderá haver alguma esperança no meio de tudo isto? Ou o que se escreve não é mais do que uma “crónica do desemprego anunciado” a avaliar pela legislação recente aprovada relativamente à função pública?
Parece-me agora reconhecer a voz do novo doutorado Carvalho da Silva a denunciar tentativas parta alterar a constituição no sentido de maior facilitação de desemprego ainda hoje relatadas pelo Público. “O que é que o patronato quer mais?”, pode perguntar-se perante a selvajaria que caracteriza actualmente as relações laborais.
Lá em baixo o sindicalista promete: “a luta vai continuar, camaradas”. Sócrates parece ter esse mérito de unir todos e conseguir levar as pessoas para a rua, para o protesto.
A canção volta: "Venceremos, venceremos, na batalha da terra e do pão...". Os carros continuam o buzinão. No final, há que dizer que a esperança permanece.

1 comentário:

Pata Negra disse...

O patronato não quer mais nada! Quer apenas aguentar o bode espiatório: a lei, a constituição, os sindicatos!
A lei, a constituição e os sindicatos pouco valem quando o poder está do lado deles!
Veja-se: preocupados com a lei da greve!? Quantas greves afectaram o sector privado nos últimos tempos?!
Eles até insinuam que a greve é um privilégio da função pública!!

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