sexta-feira, maio 29, 2020

Um braço ergue-se acima dos destroços

Noite cerrada.
O silêncio abateu-se sobre o local onde existira uma cabana.
Agora, não passava de um monte de destroços, depois de ter sido o cenário de um estranho caso passional.
Tudo parecia parado, morto…
Parecia que os ventos, as aves e a restante bicharada se tinham posto de acordo para se calar.
Mas eis que no meio desse silêncio tétrico, algo parece ganhar vida.
Naquele escuro tenebroso, uma ou duas telhas começam a mover-se. E, de repente, uma mão, um braço aparecem. A vida voltava à cabana…
Pouco a pouco, uma figura começou a movimentar-se, a levantar-se lentamente. E o corpo da Deolinda surgiu do meio dos destroços.
«- Malvados! Destruíram tudo! Malvado Estorietas…»
Procurou algumas coisas suscetíveis de recuperar.
«Ainda me aparecem aí com a polícia. Tenho de me pirar. Mas voltarei… juro que voltarei para me vingar. Aquele Passarinho duma figa vai pagar-mas todas. E a lascarina do Castelo…

*

Rompia a manhã quando o jeep da GNR chegou às imediações da casa da Deolinda a qual tinha sido cercada por um cordão policial.
- Guarda Ernesto, procure se existe algum corpo no meio dos destroços…
A busca foi infrutífera.
- Ninguém, não há ninguém, meu comandante.
- Então, essa rapariga selvagem fugiu. Esperemos que não volte.
E os guardas voltaram para Ourém onde deram notícia dos resultados da busca aos nossos amigos…
«-Talvez a volte a encontrar – pensou o João. – E então não me escapará. Jejjjejjjjjjejjjejejej»





FIM

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