quinta-feira, fevereiro 03, 2005

Cartas do Viúva Negra ao Ourem


Meu Caro Luís,
Estás a puxar por mim!

“Viuvinha” fui. E campeão universitário. Mas, além do desporto, a Associação teve grande importância para mim, para o que fui e sou.

Comecei por colaborar, por criar uma secção de papelaria e fui co-responsável pela secção de folhas.

Andei nas lutas do “célebre” 40900, de 1956, decreto do MEN fascista para retirar democraticidade às AE e torná-las departamentos dos Centros Universitários da Mocidade Portuguesa. Lutámos, com manifestações e outras formas de luta, e ganhámos! A Assembleia Nacional suspendeu o decreto.

Em 1957/58, meu último ano (com surpresa para muitos que me viam a chumbar dada a assiduidade aos “amigáveis”), fui vice-presidente da direcção e representante de Económicas nas RIAs, onde conheci muitos camaradas, como o João Cravinho e o Zé Bernardino (IST), o Ramos de Almeida e o Orlando Neves (Direito), o Marques Pequito (Veterinária), o Branco Ló (Arquitectura), Portas (Agronomia).

Participei muito activamente no 1º Dia do Estudante. E, já curso acabado, acompanhei de perto tudo o que levou às lutas de 1962, fazendo parte de uma Comissão de Antigos Dirigentes, que, numa semi-clandestinidade, muito apoiou os Sampaios, Vengorovius, Abreus...

A luta do CDUL, e outras, fica para outra “provocação” tua. Das boas.


Amigos Oureenses, isto tem a ver com a nossa história recente.

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