Sem viatura de aluguer
Carro velho, a cair de pobre, sem ar condicionado, a lembrar o célebre Calhambeque, o arruaceiro convenceu-se que lhe era mais económico alugar viatura quando realmente precisasse dela do que empatar 15000 ou 20000 pacotes num quatro rodas que ficaria a maior parte do tempo parado a enferrujar.
A ideia até nem era má se as organizações cumprissem com a sua missão. Ora vejam...
Manhã de Julho numa tasca da Avis no Estoril.
- Preciso de uma viatura para uns dias...
- Uma viatura...?...
Irritava-o solenemente esta repetição com ar de estranheza da necessidade expressa como se estivessem ali para algo de diferente.
- E que tipo de carro quer?
- Olhe, aquele Punto novinho em folha que está ali serve-me muito bem...
Era a veneração pelo carro novo: a cor, o brilho, o cheirinho interior antes da degradação pela utilização e maus tratos, a condução com as peças todas bem assembladas...
- Aquele não pode ser, já está reservado.
Claro, pensou logo, para algum camon que lhe untou as mãos...
E o homem lá tentou convencer o arruaceiro a usar umas velharias cujo prazo de validade já estaria mais que esgotado e que não correspondiam exactamente à necessidade: ou muito pequenos, ou sem ar condicionado, ou excessivamente grandes... o arruaceiro começava a não gostar da conversa...
E a verdade é que não saiu dali qualquer serviço ou contrato. O problema da viatura foi resolvido noutros moldes, mas, no final, ficou uma interrogação: como é possível uma empresa como a referida desprezar o aluguer de uma viatura por mais de uma semana sem aquele agente sequer recorrer a um depósito central...
Alguém sugeriu: ”Sabe? O negócio deles não é bem esse... eles compram os carros sem o IA.. depois, é só esperar uns tempos e vendê-los que até ganham sem eles andaram...”.
Curiosa interpretação. Seria verdade? Olhando para o país onde é, até parece que sim...
Carro velho, a cair de pobre, sem ar condicionado, a lembrar o célebre Calhambeque, o arruaceiro convenceu-se que lhe era mais económico alugar viatura quando realmente precisasse dela do que empatar 15000 ou 20000 pacotes num quatro rodas que ficaria a maior parte do tempo parado a enferrujar.
A ideia até nem era má se as organizações cumprissem com a sua missão. Ora vejam...
Manhã de Julho numa tasca da Avis no Estoril.
- Preciso de uma viatura para uns dias...
- Uma viatura...?...
Irritava-o solenemente esta repetição com ar de estranheza da necessidade expressa como se estivessem ali para algo de diferente.
- E que tipo de carro quer?
- Olhe, aquele Punto novinho em folha que está ali serve-me muito bem...
Era a veneração pelo carro novo: a cor, o brilho, o cheirinho interior antes da degradação pela utilização e maus tratos, a condução com as peças todas bem assembladas...
- Aquele não pode ser, já está reservado.
Claro, pensou logo, para algum camon que lhe untou as mãos...
E o homem lá tentou convencer o arruaceiro a usar umas velharias cujo prazo de validade já estaria mais que esgotado e que não correspondiam exactamente à necessidade: ou muito pequenos, ou sem ar condicionado, ou excessivamente grandes... o arruaceiro começava a não gostar da conversa...
E a verdade é que não saiu dali qualquer serviço ou contrato. O problema da viatura foi resolvido noutros moldes, mas, no final, ficou uma interrogação: como é possível uma empresa como a referida desprezar o aluguer de uma viatura por mais de uma semana sem aquele agente sequer recorrer a um depósito central...
Alguém sugeriu: ”Sabe? O negócio deles não é bem esse... eles compram os carros sem o IA.. depois, é só esperar uns tempos e vendê-los que até ganham sem eles andaram...”.
Curiosa interpretação. Seria verdade? Olhando para o país onde é, até parece que sim...
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