Conheci Rui Rio na década de 80. Na altura, eu funcionava mais na área de Informática do que na do ensino ou economia e a resposta a um anúncio levou-me até às instalações do GTI (Gabinete Técnico de Informática).
Aí fui recebido e entrevistado por Costa Freire e por um sujeito que parecia estar sempre a rir-se e a gozar comigo. Algum tempo depois, a resposta foi de que «não servia», e, avaliando pelas realizações de Costa Freire no Ministério da Saúde, é bem verdade que não servia mesmo para aquilo.
Algum tempo depois, recordei aquela figura risonha quando das eleições para a Câmara do Porto e estranhei muitos aspetos do seu comportamento, a sua mentalidade de contabilista.
Não deixo de simpatizar com a pessoa, mas pergunto-me se é quem o PSD precisa para recuperar o fulgor antigo.
Estou longe desse partido, mas alguns aspectos do seu programa eram-me simpáticos e não me admira que uma figura como Pacheco Pereira faça parte do mesmo.
Há dias fui surpreendido pela veia poética de Rio. Olhem-me esta pequena maravilha:
PS governa mal,
Só o presente lhe interessa.
O futuro de Portugal
É coisa que não tem pressa.
Só o presente lhe interessa.
O futuro de Portugal
É coisa que não tem pressa.
O circo monta e desmonta,
Dramatiza e sobressalta.
Tem sempre a novela pronta,
Espetáculo nunca falta.
Dramatiza e sobressalta.
Tem sempre a novela pronta,
Espetáculo nunca falta.
Não são dadas a rigores
As políticas socialistas.
Foi assim com os professores,
E agora com os motoristas.
As políticas socialistas.
Foi assim com os professores,
E agora com os motoristas.
Mas o teatro montado
Que o povo irá julgar.
Por certo será derrotado
E o PSD vai ganhar.
Que o povo irá julgar.
Por certo será derrotado
E o PSD vai ganhar.
E como pode o PSD ganhar com um homem que, quadra a quadra, só diz disparate? O homem cuja principal medida é transformar o «Ministério da Saúde» em «Ministério da Promoção da Saúde»...
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