A aula de Matemática que nunca houve no CFL
A Dra. Nazaré Nunes terá sido talvez um dos melhores professores que encontrei até à entrada na Universidade. A sua influência terá sido de tal ordem que gente amiga confessou-me ter seguido uma carreira nessa área devido ao gosto que as suas aulas lhe deixaram. Eu também nunca a esqueci - a vocação teria aí uma perninha - apesar de me ter vendido ao poder dos cifrões. Imagino o que seria uma das suas aulas se nos tivesse de explicar a Torre de Hanói.
Dir-nos-ia:
A Dra. Nazaré Nunes terá sido talvez um dos melhores professores que encontrei até à entrada na Universidade. A sua influência terá sido de tal ordem que gente amiga confessou-me ter seguido uma carreira nessa área devido ao gosto que as suas aulas lhe deixaram. Eu também nunca a esqueci - a vocação teria aí uma perninha - apesar de me ter vendido ao poder dos cifrões. Imagino o que seria uma das suas aulas se nos tivesse de explicar a Torre de Hanói.
Dir-nos-ia:
Em 1883, o matemático francês Édouard Lucas inventou o famoso puzzle das Torres de Hanoi , também conhecido pelas Torres de Brahma e contado em forma de lenda.
E não se escusaria de recorrer à explicitação dessa lenda:
No grande templo de Brahma em Benares, numa bandeja de metal sob a cúpula que marca o centro do mundo, três agulhas de diamante servem de pilar a sessenta e quatro discos de ouro puro.
Incansavelmente, os sacerdotes transferem os discos, um de cada vez, de agulha para agulha, obedecendo sempre `a lei imutável de Brahma: Nenhum disco se poderá sobrepor a um menor.
No início do mundo todos os sessenta e quatro discos de ouro, foram dispostos na primeira das três agulhas, constituindo a Torre de Brahma. No momento em que o menor dos discos for colocado de tal modo que se forme uma vez mais a Torre de Brahma numa agulha diferente da inicial, tanto a torre como o templo serão transformados em pó e o ribombar de um trovão assinalará o fim do mundo.
Estabeleceria a relação da lenda com o problema matemático:
A versão original das Torres de Hanoi consiste em três postes e oito discos de diâmetro 1; 2; ...; 8, inicialmente dispostos no primeiro poste por ordem decrescente do diâmetro formando uma estrutura cónica semelhante à da figura 1. O objectivo do puzzle consiste em formar a torre no terceiro poste, movendo um disco de cada vez, não sendo permitido colocar um disco maior sobre um menor.
E, pela certa, permitir-nos-ia também praticar como neste exemplo.
4 comentários:
Sem dúvida, a Dra. Nazaré foi uma grande professora.Marcou-me muito.
E hoje, sendo professora de Matemática, tento seguir-lhe o exemplo... X
écse,
bem aparecida!
E não terás nenhum episódio curioso passado com a Dra. Nazaré que nos queiras contar?
Talvez, Luís Manuel, só que não tenho o teu engenho e arte para o apresentar.
Na verdade, tanto nos brindas com belos textos ou poemas como nos desafias para problemas matemáticos.
Grande nível! Não vou competir, já bastou...
... este cruel destino que me conduz sempre a contundente nega!...
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