Descaradamente contra o sistema
O Serafim é muito simpático. E deve conhecer-me muito bem, pois percebeu que eu gostaria de ler isto.
Mas não me atribuam mais do que eu sou.
Sou contra o sistema de clientelismo, de especulação, de sistemática destruição de expectativas dos humildes, estou geralmente do lado dos mais fracos, mas não sou abertamente contra a sociedade em que vivemos.
Por exemplo, a livre iniciativa. Pode parecer estranho, mas defendo a sua concretização e entendo que muito da economia se deve desenvolver a partir da mesma. O problema está em que são as pessoas que mais defendem a livre iniciativa que, depois, através dos mecanismos existentes, se encarregam de a destruir. Que viabilidade tem o pequeno comércio perante os impérios comerciais que dominam o nosso país? Haverá livre iniciativa no comércio? Pelas dificuldades que muitas destas pessoas terão, julgo que serão correctas propostas que lhes garantam algum apoio ao nível de produtos e serviços de que todos poderão desfrutar, matéria em que a campanha para as autárquicas já deixou algumas propostas.
A propriedade privada. É claro que não sou pela sua abolição. Então uma pessoa mata-se a trabalhar e depois fica sem aquilo para que contribuiu? Mas reparem também que são os que mais defendem a propriedade privada aqueles que já a aboliram para uma boa parte da população.
Mais uma vez, a religião. Fui criado no ambiente de Ourém, na proximidade de Fátima, no seio de uma família que frequentava regularmente a Igreja. Acham que posso ser contra a religião? Mesmo em relação à questão de Fátima, tenho uma postura de quase aceitação. Mas o problema está em que, muitos dos que mais defendem aquele local como de religião, de culto, o deixaram transformar num local de especulação que em nada abona à mensagem da Igreja. E não estou a referir-me à actividade económica legítima como em qualquer outro sítio desde que satisfaça necessidade física ou espiritual.
O desporto. É claro que sou pelo Estádio Municipal de Fátima. Mas a servir o desporto praticado por todos os oureenses e não posto exclusivamente ao serviço de uma equipa quase profissional.
E a verdade é que o interesse mesquinho que tem comandado muitas realizações, apesar da positividade das mesmas, é que nos leva a considerar que a acção dos que têm dominado o sistema é globalmente negativa e não nos permite qualquer conciliação com os mesmos.
Alguém dirá: todos esses problemas derivam do próprio sistema, não é possivel reformá-lo. Se calhar isso é verdade...
O Serafim é muito simpático. E deve conhecer-me muito bem, pois percebeu que eu gostaria de ler isto.
Mas não me atribuam mais do que eu sou.
Sou contra o sistema de clientelismo, de especulação, de sistemática destruição de expectativas dos humildes, estou geralmente do lado dos mais fracos, mas não sou abertamente contra a sociedade em que vivemos.
Por exemplo, a livre iniciativa. Pode parecer estranho, mas defendo a sua concretização e entendo que muito da economia se deve desenvolver a partir da mesma. O problema está em que são as pessoas que mais defendem a livre iniciativa que, depois, através dos mecanismos existentes, se encarregam de a destruir. Que viabilidade tem o pequeno comércio perante os impérios comerciais que dominam o nosso país? Haverá livre iniciativa no comércio? Pelas dificuldades que muitas destas pessoas terão, julgo que serão correctas propostas que lhes garantam algum apoio ao nível de produtos e serviços de que todos poderão desfrutar, matéria em que a campanha para as autárquicas já deixou algumas propostas.
A propriedade privada. É claro que não sou pela sua abolição. Então uma pessoa mata-se a trabalhar e depois fica sem aquilo para que contribuiu? Mas reparem também que são os que mais defendem a propriedade privada aqueles que já a aboliram para uma boa parte da população.
Mais uma vez, a religião. Fui criado no ambiente de Ourém, na proximidade de Fátima, no seio de uma família que frequentava regularmente a Igreja. Acham que posso ser contra a religião? Mesmo em relação à questão de Fátima, tenho uma postura de quase aceitação. Mas o problema está em que, muitos dos que mais defendem aquele local como de religião, de culto, o deixaram transformar num local de especulação que em nada abona à mensagem da Igreja. E não estou a referir-me à actividade económica legítima como em qualquer outro sítio desde que satisfaça necessidade física ou espiritual.
O desporto. É claro que sou pelo Estádio Municipal de Fátima. Mas a servir o desporto praticado por todos os oureenses e não posto exclusivamente ao serviço de uma equipa quase profissional.
E a verdade é que o interesse mesquinho que tem comandado muitas realizações, apesar da positividade das mesmas, é que nos leva a considerar que a acção dos que têm dominado o sistema é globalmente negativa e não nos permite qualquer conciliação com os mesmos.
Alguém dirá: todos esses problemas derivam do próprio sistema, não é possivel reformá-lo. Se calhar isso é verdade...
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