Garanto que não sou contra a construção da União Europeia nem contra o Euro.
Mas o ensinamento dos últimos anos mostrou que economias débeis como a portuguesa não conseguem manter-se no espaço da moeda única sem uma constante desvalorização interna, isto é, sem constantes cortes em salários, pensões e regalias sociais, sendo sistematicamente olhadas como vivendo acima das possibilidades.
A capitulação do Syriza mostrou como a força dos grandes da UE se mune de todas as armas, levando a chantagem a limites impensáveis.
Assim, não sendo contra a UE nem contra o euro, ideias com que simpatizo bastante, sou forçado a reconhecer que é preciso preparar a saída do euro para quando esta se operar não se traduzir em monumental calamidade.
É isso que um economista como João Ferreira do Amaral anda a dizer há muito tempo.
É isso que se pode ler nesta entrevista de Jerónimo Sousa, publicada no Público de 18 de Julho e enquadrada por uma bela ilustração que não podíamos deixar de trazer para o Ourem...