sexta-feira, julho 15, 2005
O rei da laranjada
Eis a terra oureana
De David, o arrogante
Figura pouco bacana
Algo activa e petulante
Essa terra de eleição,
Hoje, triste e deformada,
Terá visita de ocasião
Pelo Rei da Laranjada
- Marques, mentes?
- Minto.
Perguntava a Galinha,
Respondia o Pinto
O Marques vem a Ourém
Visitar uma quinta sua
Dar apoios, vejam bem,
Dar apoios em plena rua
- Olhem esta carneirada
Que me segue prazenteira,
Dou-lhes morcela afamada
E coelhos da ribeira.
Invocará as suas hostes
Plenas de fervor sentido
Andará por essas ruas
Lembrar feitos que aqui digo.
- Marques, mentes?
- Minto.
Perguntava a Galinha,
Respondia o Pinto
Um dia numerosa cavalgada
Parou em frente ao portão
E, apalpando o cu à criada,
Pergunta: - Onde está o Garanhão?
- Não está,
Saiu,
Já cá não está
Quem o viu...
- Mas não há muito que enganar
Só da fé ele é amigo,
A Fátima irá parar,
Espreite por esse postigo...
- Marques, mentes?
- Minto.
Perguntava a Galinha,
Respondia o Pinto
Pintainha vai à fonte
Olhem que sorte a minha
Assembleia no horizonte
Quer o voto a Pintainha
D’arruaceiros receosa
Outros anda a insultar
Melhor estaria silenciosa
Se é que pensa ganhar...
- Marques, mentes?
- Minto.
Perguntava a Galinha,
Respondia o Pinto
Lá para os lados do Linear
O Moura olha esta feira
Tem vontade de defecar
E aproveita a ribeira
Mas eis que alguém amigo
Ali o vai encontrar
- Joãozinho d’Aguyllar!
- Como vê, estou a...
- E veja bem a triste sorte
De quem meu legado herda
Tive a a cultura por norte,
Só consegui fazer m...
- Marques, mentes?
- Minto.
Perguntava a Galinha,
Respondia o Pinto
Condenaste o Valentão
O Isaltino e o Jardim
Mas de Ourém não levas nada
Não me enganas a mim!
Abaixo a laranjada
Que o palhete é bem melhor
Catarino não vale nada
E a equipa ainda é pior
Eis porque o Ourem insiste
Aproveitem a ocasião
“Há sempre alguém que resiste,
Há sempre alguém que diz não!”
quinta-feira, julho 14, 2005
Criar o Observatório Social do concelho de Ourém
Observamos páginas de outras Câmaras na Internet e, em dezenas delas, encontramos referências a um Observatório Social ou ao seu embrião. Curiosamente, os nossos autarcas são completamente omissos nessa matéria.
CDU - Ourém
Sérgio Ribeiro de volta à Assembleia Municipal
uma vereação em que haja oposição
É a principal ideia que me fica do último comunicado da CDU que disponibilizarei lá para o meio da tarde. Isso é alicerçado nesta passagem:
O conhecimento da nossa terra passa ... pelo conhecimento da situação social do indivíduo (natural do concelho, nacional ou estrangeiro), seja qual for o ponto do nosso concelho em que o mesmo se encontre.O que isto significa é que se defende que todos somos livres e iguais em direitos e deveres. Não há que desejar o melhor para os de cá e espezinhar os de fora. Não há que ter direitos para os de cá e obrigações para os de fora.
O mundo é de todos.
A manhã já vai avançada e a última passagem pelo sítio casa amarela está a produzir efeitos.
Queria uma morcelinha de Ourém com batata cozida e couves da finca.
Mas não vai ser possível.
E imagino as delícias que os oureenses vão ter, decorrentes desse financiamento anual de 500 euros à Confraria Gastronómica da Morcela de Arroz da Alta Estremadura, sediada em Leiria, que a Câmara vai atribuir. O presidente David, quando é para tratar da barriguinha, é sempre mãos largas...
Mostrar aos alunos descontentes (poucos) com a nota o teste, onde tinham errado, qual a resposta correcta, porquê a classificação.
Alguns sairam convencidos. Outros não. Houve quem me dissesse que tinha trabalhado para a disciplina, prejudicando até outras e que não achava a nota correcta. Mas como poderia ser melhor se o seu conhecimento não transparecia nas respostas que tinha elaborado (utilizando todos os elementos de consulta que quisesse, excepto o colega ou família, claro!)?
Muitas vezes, os estudantes confundem esforço com aproveitamento e entendem que, por fazerem um grande esforço (de que não duvido), devem ter melhor nota.
Para justificar o não aproveitamento, um chegou ao ponto de afirmar (isto depois de ter dito que tinha tido grande dedicação à disciplina, de forma até a prejudicar outras, mas tendo assistido apenas a três aulas!!!) que eu o tinha desmotivado, um dia, a meio de uma aula, com o semestre já relativamente avançado, em que me pediu ajuda para ligar o computador e eu lhe respondi:”O quê? Ainda aí está?”. Isto com um aluno que está num dos últimos anos do curso de Economia de uma escola que não facilita...
Têm mais duas oportunidades. Uma sábado, dia 23, outra em Setembro. Apesar disso, o mesmo não queria essa oportunidade mas substituí-la por uma oral. Porquê uma oral, prova por todos reconhecida como das mais violentas e daquelas em que o aluno está em pior situação de desvantagem? E porquê mudar as regras quando o jogo está no fim?
Não percebo nada isto. E o Eng. Sócrates já leu a sentença: “Luís, tens de aturar isso mais dois anos do que os três que pensavas. Querias ir para Ourém, mas terás de esperar...”.
Levado pelos Exterminadores
Era muito mais bonito do que a fotografia deixa transparecer. Mais folhas nas árvores, mais flores, relva mais espessa. Mas esta fotografia desperta em mim toda a nostalgia desse tempo.
É curioso, ainda ontem tinha falado naquele banco lá ao fundo mesmo em frente que tem um candeeiro por trás, a propósito daquela canção dos Beatles.
Mas haveria muito mais estórias. As corridas cronometradas em que o Avião e o Luís NUno eram os inevitáveis vencedores, os jogos de criança, o passeio com o carrinho de madeira oferecido pelos que estavam na prisão, a apanhada, os namoricos...
Lá ao fundo uma fila de casinhas de cujos habitantes ainda recordo alguns rostos.
quarta-feira, julho 13, 2005
A arte de Peon
A digitalização não é a melhor para percebermos a magnífica arte de Peon: o ambiente, o negro, a narrativa. Parece que se sente o medo. Tom, pouco cauteloso, entra pelo desfiladeiro e algo vai acontecer. É atingido!!!
Ainda me recordo das questões que deixo aos amigos oureenses:
- Que lhe irá acontecer?
- Aparecerá alguém para o ajudar?
4 amigos do OUREM
A passagem pelo Buraco da Fechadura do Zé Oliveira foi rentável.
EStes quatro amigos teimam en não me abandonar desde os treze, catorze anos.
Ainda lembro uma noite no extinto jardim de Ourém, frente à Câmara, onde ouvi num radiozito preto, a pilhas 10*20, o I want to hold Your Hand, na altura magnífica canção. Depois conheci pequenas maravilhas como o Listen, do You want to know a secret, Any time at all, Misery, Anna, And I love her que já ninguém recorda e não os larguei por toda a vida.
Para mim são e serão os melhores.
terça-feira, julho 12, 2005
Ourém precisa de mudança no poder autárquico - 18
Desenvolver um portal turístico de Ourém e pô-lo ao serviço dos agentes económicos (uma ideia para desenvolver)
Há dias, o vereador Moura esforçava-se por definir mensagens para um conjunto de outdoors que custaram milhares de euros, destinados a indicar direcções turísticas na zona de Fátima. Compreendemos a sua acção: é a velha caça ao pato bravo.
Quem, hoje em dia, se dirige ao nosso concelho já tem destino previamente definido. A questão que pode pôr-se é a de saber se se tiveram em conta todas as potencialidades do concelho.
O apoio prestado pela autarquia aos pequenos e médios industriais de hotelaria, às pousadas, às unidades de turismo de habitação, às potencialidades de tratamento com as nossas águas não tem sido significativo, nem o mais eficaz.
É importante dar uma imagem positiva das nossas potencialidades, do nosso concelho, inserindo-as em motivos que podem desfrutar a hotelaria, a paisagem, o repouso e outros recursos importantes. Essa imagem passa pela presença na Internet.
Os milhares de euros que a actual vereação gastou nos outdoors poderiam ter sido aplicados com maior utilidade num portal turístico do concelho de Ourém.
Este portal basear-se-ia num levantamento de todas as unidades hoteleiras do concelho, das pousadas, das unidades de turismo de habitação, dos pontos de interesse paisagístico, das rotas, dos produtos do concelho e organizaria o resultado do levantamento num produto informático que integraria as potencialidades de reserva e confirmação da mesma, e saídas para desenvolvimentos informáticos específicos e da responsabilidade de cada aderente.
O desenvolvimento e manutenção do produto seria confiado a uma pequena empresa de sistemas de informação que poderia ser financiada por futuros desenvolvimentos do produto, por encomendas de outros produtos, por uma taxa não muito significativa dos aderentes ao sistema de reservas e, em momento de arranque, pela Câmara. Essa empresa poderia ter no início de actividade a assistência de um perito em comunicação e marketing.
Os eleitos da CDU comprometem-se com a apresentação de propostas que levem a autarquia a promover o turismo no nosso conselho e desencadear acções que ajudem a rentabilizar as pequenas e médias unidades que não têm, isoladas, vocação ou possibilidades para manter um produto na Internet.
CDU - Ourém
Sérgio Ribeiro de volta à Assembleia Municipal
uma vereação em que haja oposição
Em nota que divulgaremos esta tarde, pelas 14.30, a CDU defenderá a criação do Portal turístico de Ourém e sua disponibilização aos agentes económicos.
Amigo oureense, esta tarde, não se esqueça de voltar ao OUREM. Sempre matéria nova, ideias novas, propostas novas...
segunda-feira, julho 11, 2005
Gostei deste artigo de Graça Franco, hoje publicado no Público, onde a autora afirma que os britânicos deram uma lição de cidadania madura, fiéis à imagem que temos deles, sendo a diferença em relação a nós ligada à elite e à forma como age em situação de crise.
Estou completamente de acordo com os exemplos que aponta e que servem de comparação ao que se passa no nosso país. Eu também fiquei revoltado com a promiscuidade das imagens transmitidas no noticiário da RTP, há dias, com uma jovem dentro de um carro sinistrado (onde havia mortos) a fitar, em choque, as câmaras.
E que dizer da violência que diariamente nos tem chegado com o terrorismo que assola o nosso país materializado nos fogos que por aí andam? Será necessário mostrar o pânico das pessoas, a sua luta para salvarem o pouco que têm no meio daquela aflição, a monumentalidade das chamas? Imagino incendiários, refastelados no sofá, a deleitarem-se com o espectáculo...
Ourém precisa de mudança no poder autárquico - 17
Desenvolver o amor à lingua e à terra onde nascemos, pela prática
São conhecidas as graves dificuldades que os estudantes manifestam quanto ao conhecimento da nossa língua e quanto ao interessamento no seu estudo.
A acção de pais, pedagogos e outros agentes e estruturas manifesta-se insuficiente neste mundo complexo em que a nossa terra se insere.
As escolas do nosso concelho manifestam, no chamado “ranking”, um desempenho mediano, isto é, não ofensivo, mas que, apesar de tudo, se afasta das condições de excelência.
A autarquia passa ao lado deste problema como se a educação, a inserção cívica dos nossos estudantes, não lhe dissesse respeito. Compreendemos a sua prática ou, melhor, a sua ausência: uma actuação nessa área não produz resultados de curto prazo, isto é, não dá votos para eleições.
A acção dos eleitos da CDU é suportada por grande patriotismo, grande dedicação às gentes, aos costumes, à tradição, à cultura da sua terra e procura dotar as pessoas com o maior número de instrumentos de qualidade que lhes permitam uma inserção profícua na economia e no país.
É assim que se justifica uma proposta tendente a conhecer melhor a nossa língua, a nossa terra pela prática.
A CDU anuncia que os seus eleitos proporão e apoiarão a realização anual de um concurso ao qual podem concorrer os estudantes das escolas básicas, secundárias e profissional (com apreciações independentes) do nosso concelho, que se pode traduzir na ideia: “um conto, um poema, um desenho”.
Tal concurso destinar-se-á a recolher trabalhos dos jovens estudantes, executados sob a supervisão pedagógica dos respectivos professores, que serão publicados em livro a editar com o financiamento da autarquia. Os contos e os poemas tenderão a reproduzir tradições da nossa terra ou a divulgar novas criações. Todos os trabalhos serão sujeitos a um juri e os melhores serão premiados.
Os eleitos da CDU batem-se e bater-se-ão sempre por uma melhor educação, por um melhor conhecimento da nossa terra, por uma educação cívica irrepreensível para todos.
CDU - Ourém
Sérgio Ribeiro de volta à Assembleia Municipal
uma vereação em que haja oposição
Em artigo publicado no NO, e reproduzido na sua página na NET, o candidato socialista, José Manuel Alho, interroga-se sobre a qualidade do desenvolvimento em Ourém. E esta pequena reprodução mostra que há muita coincidência na análise que fazemos da situação e que parece mais uma vez a concretização da máxima "com subsídios, pavilhões e bolos se enganam os tolos":
Não se contesta que há obras mas podemos questionar as prioridades, os métodos, os resultados. Em alternativa a uma estratégia de crescimento podemos responder que não há efectivo desenvolvimento.
Será que soubemos equilibrar o investimento público, respondendo às muitas solicitações das freguesias mais distantes das duas cidades de Ourém e Fátima? Que dinâmica foi criada para a efectiva utilização dos equipamentos entretanto concluídos?
Que vias de comunicação verdadeiramente estruturantes avançaram neste mandato? Que investimentos foram feitos para responder à degradação das condutas de água? Em que fase de concretização estão as chamadas zonas industriais?
Como respondemos ao desajustamento da rede escolar do 1ºciclo?
Em termos de qualidade urbanística podemos estar satisfeitos com o que acontece em Ourém e Fátima?
Via Acreditar Ourém
Reconheço algumas daquelas pessoas que seriam como que irmão e irmãs mais velhas: eu teria 4 anos, eles e elas teriam 15 ou mais.
Muitas daquelas pessoas viveram perto do largo de Castela o que já é testemunho da animação do mesmo.
Pode ser que eu este fim de semana possa saber um pouco mais sobe este acontecimento, pois vou estar com um dos presentes na fotografia e farei a devida entrevista.