sábado, julho 09, 2005
Protecção ao peão
Quem se passeia pelas cidades do nosso concelho apercebe-se do caos rodoviário, do monumental risco que é a travessia de ruas em passadeiras não protegidas por semáforos. O insulto, o desrespeito, o atropelamento, o incumprimento da lei estão na ordem do dia sem que as autoridades ou os responsáveis autárquicos tenham uma atitude para contrariar tais manifestações.
Nas aldeias, as estradas são herança de estreitas ruas antigas, sem passeios, para as quais as casas despejam directamente os habitantes. Aí, a situação ainda é pior, pois a circulação faz-se a uma velocidade excessiva.
Os responsáveias autárquicos não têm manifestado a mínima intenção de modificar este estado de coisas.
Mas é possível a realização de um levantamento por todas as terras do concelho com o objectivo de recurso a acções que garantam:
- a existência de passeios para peões com largura mínima de um metro de cada lado da estrada em todas as ruas das localidades do concelho;
- a modificação das condições de circulação rodoviária de forma a diminuir a velocidade de circulação no interior das localidades ou a garantir alternativas.
Essas acções poderão e deverão ser acompanhadas por outras:
- nas escolas, de forma a desenvolver nos jovens uma atitude cívica mais correcta quando adultos;
- junto das autoridades, que levem a uma modificação da atitude dos agentes de segurança que, de repressiva, se deverá tornar mais pedagógica.
Sérgio Ribeiro, candidato à Assembleia Municipal pela CDU (Coligação Democrática Unitária) compromete-se a apresentar na mesma um conjunto de propostas com o objectivo de melhorar a segurança na circulação dos habitantes, levando-os a poder desfrutar o seu espaço nas melhores condições.
CDU Ourém
Sérgio Ribeiro de volta à Assembleia Municipal
Por uma vereação em que haja oposição
sexta-feira, julho 08, 2005
Consultando a página da Câmara na Internet, podemos concluir que o concelho dispõe de um valioso conjunto de bibliotecas.
Mas não é preciso muito tempo para nos apercebermos que os oureenses não podem tirar delas todo o partido a que têm direito: não têm funcionamento em horários satisfatórios, não dispõem dos recursos humanos necessários, possivelmente não existe qualquer comunicação entre elas.
A autarquia ignora esta situação como se a organização actual fosse a única possível.
Numa acta recente da Câmara, mostra-se preocupada com a aquisição de uma impressora no valor de centenas de euros para produção de cartões de identificação como se este fosse o problema essencial do funcionamento de um conjunto de bibliotecas (ou mesmo, acrescentamos, como se isto fosse problema).
A CDU (Coligação Democrática Unitária), através da acção de Sérgio Ribeiro na Assembleia Municipal e dos seus candidatos eleitos para essa e outras estruturas representativas do poder autárquico, bater-se-á pela melhoria do acesso à cultura por parte dos oureenses, promovendo acções que conduzam:
- à criação de uma rede digital de bibliotecas no concelho;
- à informatização dos seus catálogos;
- à disponibilização dos seus serviços em linha, possibilitando o acesso dos utentes a qualquer das suas unidades constituintes para empréstimo ou leitura local;
- à dotação com os recursos humanos necessários e
- à adaptação dos horários às necessidades dos utentes.
O voto na CDU é, assim, um voto na melhoria das condições de vida dos oureenses, designadamente nas condições de acesso à cultura.
CDU Ourém
Sérgio Ribeiro de volta à Assembleia Municipal
Uma vereação em que haja oposição
Uma conferência
Eis mais um livro integrando o fabuloso espólio que recolhi na minha recente visita a Ourém. Desta vez, o texto de uma conferência sobre poesia brasileira do início do século passado.
Confesso que não tenho paciência para ler o texto da conferência.
Quanto à poesia, os meus amigos julgarão a partir das amostras que vos deixo.
Eu gosto
Floresta espessa a terra toda inteira
Cobria duma viride folhagem:
Partindo-a ao meio a sinuosa esteira
Dum fio d’água rindo, entre a folhagem...
Foi na aza transparente duma aragem
Que a centelha chegou, e fez fogueira.
Tudo caiu nessa infernal voragem,
Na pagada agonia verdadeira.
Vento frio levou a cinza quente;
E ao vir, em um estremecimento,
Renasceu a floresta, mais virente...
Fogo-do-Amor! Ó centelha dum beijo!
ó Floresta do humano sentimento!
Ó chama vã e eterna do Desejo.
Flexa Ribeiro
É o fim da tarde. No vapor dourado
Que ourela e frange as nuvens do ocidente,
Todo se envolve o laranjal. Pesado
Chia um carro de bois morosamente.
Súbito, range a rústica porteira
Num som ríspido, escancara, se abrindo;
Voam no espaço nuvens de poeira
E o gado investe p’ra o curral, mugindo...
Crianças brincam lépidas, saltando,
Numa alegria tréfega e radiosa;
E num concerto misterioso e brando
Soa de noite a voz misteriosa...
Frémito de azas trémulo e macio
Pelo arvoredo, vagos sons, rumores
De entrechocadas folhas... e erradio;
Por toda a parte, o hálito das flores.
Em ranchos desce a gente da lavoura,
De enchada ao ombro, contornando a serra;
E, languida, no céu, formosa e loura,
Vénus, o olhar pacífico descerra.
Zalina Rolim
É perfumada e faz lembrar o ninho
De um madrigal à sombra dum poema!
Ao vê-la, sinto a perfeição suprema,
A mais alta beleza eu adivinho
Coral que se faz cálix para o vinho
Que dá vida e calor a quem se algema
No imaculado e escultural dilema
De dois braços de mármore e arminho.
Rosa de primavera, altiva e casta,
Estrela que anda aqui pelo universo
Clareando a minha solidão nefasta...
Boca vermelha, onde, mavioso e terso,
De beijos virgens um colar se engasta
Como a palavra “amor” dentro dum verso.
Mendes de Oliveira
- Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso! – E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...
E conversamos toda a noite, enquanto
A via látea, como um pálio aberto,
Scintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: - Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?
E eu vos direi: - Amai, para entendê-las,
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas.
Olavo Bilac
quinta-feira, julho 07, 2005
Ourém precisa de mudança no poder autárquico - 14
Estas “notas”
Estas “notas” começaram a ser divulgadas há algum tempo, procurando-se, com elas, dar a conhecer posições nossas, relativas às autárquicas 2005, e promover debate, troca de impressões.
A primeira foi elaborada e distribuída ainda em Março. Há, portanto, mais de três meses. E temos mantido uma saída regular, o que faz com que esta seja a 14ª e já duas estejam prontas para serem distribuídas.
Dizemos o que somos, ao que vimos, levantamos questões, apresentamos as nossas propostas. Estamos em campanha eleitoral, tal como a entendemos, há mais de três meses.
Mas a política em geral, e a oureense em particular, não é assim que se faz. Faz-se com nomes, com “fulanização”, o que este disse, o que aquela fez àquele, a intriga doméstica, o clientelismo na tradução “se queres o nosso apoio, o nosso subsídio, participar na partilha do bolo… vota em nós” com a contrapartida “sim, senhor… voto eu e a família toda… mas vejam lá se me empregam o rapaz, se me alcatroam a estrada e etc.”, e com troco ou bónus “tá bem… ainda te levamos os velhotes a dar um passeio anual”. Só que se parte de um logro inicial: o apoio não é “deles”, o subsídio não é “deles”, o bolo “deles” não é. Tudo o que “dão” é nosso (sem aspas) e “eles” “dão” a uns, segundo critérios seus, o que de todos é por direito de todos.
E parece que só os nomes dos candidatos é que interessa. Na verdade, as equipas são indispensáveis. Mas equipas/soma são uma coisa, nomes/parcelas são outra. Bem diferente.
Há três meses que estamos em campanha para as autárquicas, que definimos o objectivo nº. um de eleger Sérgio Ribeiro para a Assembleia Municipal, que distribuímos estas “notas”, que são fruto de participações várias… e é como se só houvesse aquele nome e nada mais contasse.
A seu tempo, haverá mais nomes mas, por agora, insistimos em apresentar ideias e levantar questões.
É a nossa maneira, procurando implicar cada vez mais pessoas na reflexão sobre os seus problemas.
CDU OURÉM______________________________
Sérgio Ribeiro de volta à Assembleia Municipal
uma vereação em que haja oposição
quarta-feira, julho 06, 2005
Passar a manhã a corrigir testes...
Chegar ao fim da mesma e ver que ainda faltam muitas horas.
Testes que me fazem lembrar Ourém...
... e as coisas boas que ela tem...
Diz o Correio da Manhã que são apenas cinco... tantos quantos os dias úteis da semana... ou serão tantos quantos os membros do agregado familiar?
A ser verdade, em momento de elevado desemprego, louve-se esta contribuição do sr. Ministro para a sua descida...
Promover a habitabilidade das aldeias do concelho
Ao longo dos anos, temos vindo a assistir à concentração da população nos meios urbanos mais desenvolvidos e ao progressivo abandono das aldeias do concelho. Nos próprios meios urbanos, pequenos núcleos como o de Castela e dos Álamos, foram e continuam a ser sujeitos a formidável agressão em ordem a viabilizar a construção em altura e o enclausuramento das pessoas em habitações com melhores condições, é certo, mas onde se perde a vivência ao ar livre e algum sentido comunitário.
Paralelamente, desenvolve-se a especulação imobiliária e torna-se a população trabalhadora exclusivamente dependente das actividades nas cidades.
O desenvolvimento da crise da União Europeia e do país leva-nos à consideração de que o retorno à aldeia será uma alternativa que poderá minorar, nos viveres quotidianos, os efeitos da crise do sistema capitalista.
O trabalho no campo, a criação de aves e outras espécies para autoconsumo e troca de excedentes no mercado proporcionarão aos oureenses uma almofada paara resistir aos vorazes avanços do sistema em que estão inseridos representado e defendido pelos actuais detentores do poder na autarquia.
Por outro lado, o aproveitamento de aldeias correctamente equipadas, com fins turísticos, poderá apoiar novas direcções de desenvolvimento do nosso concelho.
Sérgio Ribeiro, candidato à Assembleia Municipal – como os outros candidatos nas listas da CDU – promoverá, se eleito, o levantamento completo e sistemático das necessidades das aldeias do concelho com o objectivo do fazer ressurgir uma nova vida nas aldeias adaptando-as a novas necessidades dos produtores ou à sua reutilização em termos turísticos.
CDU Ourém________________________________
Sérgio Ribeiro de volta à Assembleia Municipal
Uma vereação em que haja oposição
terça-feira, julho 05, 2005
A instalação de uma antena retransmissora de telemóveis na Moita Redonda está longe de ser consensual. Um grupo de moradores daquela localidade não aceita que a antena seja instalada num terreno privado situado a poucos metros das habitações, por temerem eventuais consequências para a saúde. Alegam também que nunca foram consultados sobre o processo.
Os contestatários concentraram-se quarta-feira, dia em que estava prevista a colocação da nova antena, junto ao local da obra, impedindo assim a sua instalação.
Vítor Frazão, que também esteve quarta-feira de manhã no local, deu a garantia aos populares de que a antena não iria ser instalada, assegurando que iria mandar embargar a obra. E, de facto, um fiscal municipal deslocou-se ao local, ainda durante a manhã de quarta-feira, com a ordem de embargo. Mas na realidade a obra acabou por não ser embargada, uma vez que a notificação do embargo só pode ser feita à direcção técnica da obra ou ao titular do alvará de licença
Ourém precisa de mudança no poder autárquico - 12
Apoio à edição de obras de autores oureenses
Uma breve consulta às actas das reuniões do município permite-nos concluir que os actuais responsáveis autárquicos têm uma actuação relativamente à edição de obras de autores oureenses extremamente negativa e incompreensível. Assim, é fácil constatar que é possível a existência de apoios, manifestados na decisão de aquisição de um certo número de exemplares de obras relacionadas com outras autarquias e a recusa de autores locais.
É legítimo que a autarquia adquira os livros que muito bem entender necessários à sua actividade ou destinados ao conhecimento da envolvente e da sua evolução. O estranho é que o faça com um carácter de apoio. A que propósito a autarquia de Ourém subsidia o Seminário Diocesano de Leiria adquirindo 10 exemplares de “Catedral de Leiria. História e Arte”, de Virgolino Ferreira Jorge (coordenador), cujo preço de venda ao público é de 30,00 euros por unidade?
Tal atitude mostra que se torna necessária uma política mais clara e cujo objectivo seja o apoio à publicação de obras de autores oureenses, independentemente, das suas opções ideológicas ou da sua filiação partidária.
São bem conhecidas as restrições que as editoras mais ou menos conceituadas utilizam na relação com autores desconhecidos. A sociedade tão livre em que vivemos não permite que os autores cheguem ao mercado, porque a acção das editoras tem de subordinar-se à actuação neste e procurar atingir o lucro. Assim, autores consagrados têm o caminho normalmente aberto, novos autores encontram inúmeras dificuldades e veem a sua produção ser desestimulada.
É possível fazer algo para contrariar esta total dependência perante as leis de mercado, de modo que os autores desconhecidos consigam lá chegar para dar visibilidade às suas obras. É possível a definição de uma política de apoio a obras de autores não consagrados.
Para ter essa política basta a definição de um conjunto de requisitos em termos de formato, número de páginas, conteúdo não ofensivo e pertinente, a constituição de uma pequena equipa de apreciação, o acordo com tipografias para a feitura em condições económicas de certo número de exemplares e o acordo com algumas livrarias para a sua distribuição interna e exposição. Definido um padrão quanto ao livro, o orçamento autárquico estabeleceria ano a ano os valores a alocar a esta rubrica, os quais em termos individuais não deveriam ultrapassar o padrão estabelecido por tipo de obra.
Sérgio Ribeiro tem sido um dos autores oureenses mais produtivos, mas a quem não tem sido atribuído apoios pela Câmara para a feitura de livros importantes, embora de mercado restrito, de que o exemplo mais significativo é a obra “Nos 50 anos da Casa de Ourém”.
Por isso, torna-se necessária uma nova política, uma política clara de apoio a autores oureenses. A mudança por que a CDU se bate – bateu e baterá –, independentemente dos lugares em que possam estar eleitos seus, é antes de mais uma mudança de entendimento da política de apoio à edição de obras de autores oureenses que deverá processar-se criando estímulos à sua actividade.
CDU Ourém___________________________________
Sérgio Ribeiro de volta à Assembleia Municipal
uma vereação em que haja oposição
...voltou a atacar, desta vez virando a sua fúria quase asssassina contra os desgraçados da China, da Índia, da Roménia que não encontram condições de vida no seu país e procuram vender a sua força de trabalho pelo Mundo.
Sejamos claros. Todas os imigrantes têm lugar na nossa sociedade desde que se sujeitem às leis que nos regem a todos e desde que exista para eles uma ocupação útil em termos sociais.
Fala-se na insegurança, no desemprego, mas aqui só há uma resposta. Controlem-se as entradas e o que essas pessoas vêm fazer. Muitos vêm para empregos que não competem com os que os portugueses procuram, outros têm habilitações que seriam muitos úteis ao desenvolvimento do país...
Têm trabalho? Vêm estabelecer-se e o seu projecto tem sustentabilidade no país? Oferecem garantias de que podem educar os filhos, evitando-se a marginalização? Muito bem, fiquem...
Portam-se mal, vêm para a mendicidade, para a economia paralela? Aeroporto mais próximo...
Vêm para a construção, ilegais, arrastados por promessas de melhores mundos? Chame-se o empresário à pedra, caia-se sobre a rede de tráfico, examine-se se é reintegrável...
Ontem, Belmiro arrasou na primeira intervenção: “melhorem o que já têm“.
Esta mensagem também se aplica a Ourém: “recuperemos e melhoremos o que possuimos. Não permitamos que continuem a destruir o nosso passado para construir falsos modernismos. Acabemos com o despesismo que conduziu a Câmara aos limites do endividamento”.
segunda-feira, julho 04, 2005
Um excelente conjunto de posts no Outrora complementa o que aqui inserimos sobre este oureense ilustre. Considerando que eventuais sobreposições não são relevantes, deixamos apontadores para o que os dois blogs terão publicado:
No Ourém
Pela Democracia Participativa
Com o objectivo de envolver os cidadãos na construção dum Projecto de Desenvolvimento para o nosso concelho num exercício de Democracia Participativa, a candidatura socialista levará a efeito, durante o mês de Julho, um ciclo de debates com os seus candidatos onde serão tratados os temas:
- Planeamento e ordenamento do território (11 de Julho)
- Associativismo, cultura e desporto (13 de Julho)
- Acção social e saúde (15 de Julho)
- Educação (18 de Julho)
- Proximidade ao cidadão (20 de Julho)
- Juventude (22 de Julho)
- Desenvolvimento Económico e Inovação (25 de Julho)
E assim se vai contribuindo para construir uma Ourém melhor.
O OUREM regista e agradece a amável atitude do candidato socialista no convite para estar presente.
Considero muito importante o que se diz num comentário de um anónimo ao texto “A semente do mal”.
Diz o nosso leitor que a autarquias têm, elas próprias, interesse na especulação, seja qual for a sua orientação (PS, PSD, CDU).
Confesso a minha ignorância sobre a questão de financiamento das autarquias.
Julgo que o argumento tem alguma razão: com a subida dos terrenos e do valor das habitações, as contribuições para as autarquias sobem pelo que há é que alimentar o processo...
Mas penso que a lei de financiamento é o quadro em que se desenrola a actividade do autarca e, consequentemente, a campanha. Por outras palavras, penso que é mais um problema do governo central do que local. Pelo facto de existir este fenómeno, condicionante da actividade dos autarcas, não me parece legítimo que se preconize a abstenção de acção ou de participação.
Pessoalmente, acredito que a oposição em Ourém, designadamente a oposição alicerçada na CDU, não pactuará em qualquer contexto com a especulação e que apoiará todas as acções tendentes a bani-la do concelho. Será uma forma de se poder enunciar nova palavra de ordem: por um desenvolvimento limpo em Ourém.
É possível um desenvolvimento diferente, com mais participação e associação entre as pessoas, menos virado para o lucro imediato, um desenvolvimento que potencie os recursos que a nossa terra já dispõe e que os tente aproveitar no benefício dos oureenses (de todos e não apenas daqueles que...) e do país. E a campanha vai mostrar isso...
A garça vermelha
Ninguém respondeu...
Tratava-se de Eduardo Barrento nascido em 1968 em Torres Novas. Cresceu em Vilar dos Prazeres, Ourém, onde contactou pela primeira vez com os animais selvagens: répteis, que um velho sábio o ensinou a conhecer e a respeitar.
Alguns prémios:
1º. Prémio - Concurso Nacional de Fotografia Científica, Coimbra, Abril de 1999;
1º. Prémio e Menção Honrosa - Cor é Vida da Minolta, Lisboa, Janeiro de 2000;
1º. Prémio - concurso on line fotoclube.com, Outubro de 2000.
Via Eduardo Barrento - Fotografia
domingo, julho 03, 2005
Perspectivas estratégicas (?!)
Consultando o documento que apresenta as perspectivas estratégicas para Ourém, vê-se que em 128 milhões de euros que os actuais responsáveis pelos destinos do concelho contam gastar até 2013, não existe uma palavra dedicada aos sistemas de informação e de comunicação, à relação com o munícipe, à melhoria dos processos administrativos na Câmara, matéria que faz sofrer e muito todos os que necessitam dos serviços da mesma.
Não faz qualquer sentido a Câmara tratar do que está à sua volta sem tratar de si mesma. E, aqui, era necessária total reengenharia de processos.
Sem produzir qualquer despedimento, é possível apostar na substituição do trabalho manual pelo trabalho digital e no aproveitamento das pessoas assim libertas, para a relação com o munícipe, no edifício central ou em pequenas delegações espalhadas pelas freguesias, requalificando-as como guias para o acesso aos serviços da autarquia.
É visível a pobreza em matéria de articulação das nossas freguesias com a Câmara Municipal em termos de sistemas de informação e comunicação.
Quem quiser comunicar com esta tem de deslocar-se a Ourém com custos e perdas de tempo. Seria benéfico para os oureenses a criação de gabinetes de apoio ao munícipe pelas freguesias que, articulados em rede entre si, com a Câmara e eventualmente com as Finanças e o Registo Predial, permitissem a submissão de processos, a sua consulta e inclusivamente a recepção de resposta, tudo isto devidamente apoiado em pessoas.
Aliás, seria mais proveitosa a descentralização dos serviços da Câmara pelas freguesias do que a sua concentração em novo edifício.
Esta descentralização, apoiada em tecnologias de informação e comunicação, procuraria suprimir o suporte papel, apoiar-se-ia em pessoas libertas de funções ultrapassadas e, como tal, não levaria forçosamente ao aumento de despesa.
Ourém precisa de uma voz que apresente novas perspectivas para a relação da autarquia com todos os oureenses, desenvolvendo uma cultura de respeito e submissão às necessidades dos mesmos que contrasta com a arrogância e sobranceria que caracterizam os actuais responsáveis.
A mudança por que a CDU se bate – bateu e baterá –, independentemente dos lugares em que possam estar eleitos seus, é antes de mais, uma mudança de atitude na relação com os munícipes: os eleitos e os serviços de que vão ser responsáveis existem única e exclusivamente para servir o povo oureense.
CDU Ourém__________________________________
Sérgio Ribeiro de volta à Assembleia Municipal
uma vereação em que haja oposição
Esta atitude é a mesma que legitima a acção de Catarino, transformando Ourém numa coutada subordinada a espíritos superiores que não são obviamente os que adoram esta terra.
Há dias, tive um pesadelo. Para o bem e para o mal, não posso deixar de o partilhar com os meus amigos...
Acordei e, rapidamente, descobri que tudo era um disparate. Efectivamente, em Fátima, não há sinal de especulação operada com terrenos e imóveis. Não existem monumentais mamarrachos, desocupados, à espera de revalorização. Estava enganado, a semente do mal não concorre com a palavra de Deus.Sonhei com uma lucubração estatística que conseguia levar tudo à mesma unidade, comparando a situação em 1960 com a situação em 2000 para cinco elementos fundamentais: culto, restauração, comércio, serviços de alojamento e especulação. Admiti que faziam um todo e tentei medir a contribuição de cada um para esse todo...
Que dizer do culto? Com certeza que em 1960 era extremamente importante, talvez o elemento mais importante dessa cidade, claramente dominante, atribuamos-lhe, numa escala de 0 a 100 o valor de 65.
E a restauração? Na década de 60, haveria alguns locais, umas tasquinhas, talvez 5%.
Quanto ao tradicional comércio, também não seria excessivo, admitamos 15%.
A produção de serviços de alojamento estaria entre os dois valores: 10%.
Finalmente, a especulação: já existia, um terreno nessa cidade custava bem mais do que em Ourém, mas não era muito significativa: 5% .
O desenvolvimento veio a modificar este equilíbrio. A cidade, de bonita, transformou-se num trambolho onde o cheiro a frango assado, misturado com o gasóleo queimado dos autocarros que em plena rua põem os motores em funcionamento para os seus passageiros desfrutarem de ar fresco quando a ele regressarem, mais o esburacado criminoso do arvoredo que rodeava o santuário bem patente nas clareiras, mais o ruído associado a manifestações que têm a ver com tudo menos com a religião evidencia brutal degradação do ambiente. Mas podemos ir mais longe: quantas habitações lá existem à espera de revalorização?
Dirão: mas existem mais e melhores serviços de hotelaria e alojamento. Sem dúvida, é uma realidade indesmentível, aí está um activo valioso para o desenvolvimento.
Apesar de tudo, a especulação teve um incremento notável. À custa de um pequeno cochicho, fazem-se negociatas de milhares de euros. Isto não é criação de riqueza, é um facto económico, mas em nada beneficia o concelho e o país. A partir deste exercício de constatação tentemos uma medição nos moldes anteriores.
A especulação será muito mais importante, digamos 15%.
A produção de serviços de alojamento cresceu muito e terá ultrapassado ou igualado
o comércio (20%, para ambos).A restauração também cresceu e melhorou: 10%
Que resta para o culto? É importante, mas um valor bem inferior ao de 60: 35%.
Façamos as contas: qual foi a alteração sentida em cada um dos elementos considerados?
Representemos graficamente os resultados a que chegamos e que, recordamos, são resultado do meu pesadelo: