sábado, junho 19, 2004

Praia
Tudo tão calmo, aqui estou eu livre da bagunça de Lisboa e Parede.
Adoro isto, ainda por cima sem ninguém.
Hoje, o banho não apeteceu. Já era tarde, as águas ainda estão um bocadinho frias.
Mas é uma maravilha estar aqui. Gosto de ficar até à chegada das gaivotas. Acho-lhes piada, porque ficam a olhar para nós como se lhes estivéssemos a roubar o lugar.
Tavira
E cá estamos.
O heli pôs-nos cá em pouco mais de meia-hora.
Vamos lá ver se está tudo como deixámos.
Primeiro, o rio. Será que a Câmara ainda permite que o rio passe pelo meio da cidade?
Respiro aliviado, ele aqui está...

Agora, as igrejinhas. Em Tavira, não faltam, o que significa que estes irrecuperáveis pecadores aqui podem vir pedir perdão para depois, aliviados, poderem voltar a pecar.

E que mais haverá por aqui? É verdade, a ponte. Será que ainda lá está? Será que o São Macário não a mandou abater? Com certeza que não, ei-la, linda como sempre. Ele teria feito um referendo

Agora, vamos parar. Quero ver se ainda vou à praia tomar uma banhoca.
Emigrou?
Paula...
Doce Paula...
Não, essa era a canção do Adamo.
Carla...
Carla Jorge...
Não, pá!
Carla Lopes!!!
Onde estará?
Nunca mais veio ao Ourém Blog. Zangou-se comigo. Viu que não tinha razão.
Terá, pela certa, emigrado.
Não havia necessidade. Este vosso amigo tudo sabe perdoar.
Desesperadamente à procura de assunto
Diariamente acordo pelas quatro da manhã. Não por minha causa que sou um grande dorminhoco, a culpada é a Pipoca, uma gatinha de quatro anos que se cruzou connosco em Cabanas, junto a um supermercado, quando tinha pouco mais de um mês. Nunca mais nos abandonou e assitimos à sua evolução e crescimento. Brincalhona no início, terrível a atirar-se a tudo o que mexesse ou raspasse, mas agora cada vez mais dorminhoca. Especialmente durante o dia. O problema é de noite. Sobem-lhe aqueles instintos de caçadora e é ouvi-la a andar por aí à procura de algum roedor ou a chamar-nos para lhe darmos comidinha. Escusado será dizer-se que este hábito gravou-se na sua maneira de ser e, a partir das quatro, este vosso amigo deixa de dormir.
Seguem-se as preocupações. Antes tinha tema para dezenas de posts, aterrorizava-me só de pensar no tempo que aquilo demoraria a passar para papel ou para digital. Agora, tudo mudou, é obrigatório descobrir novo tema sobre a nossa Ourém e a verdade é que nada me ocorre.
E revejo-me a descer do Largo de Castela para a Avenida, ao fundo viro à direita, passo para o outro lado, vou até àquelas escadinhas que dão para uma ruela que me pode levar à praça. Inicio a descida e, de repente, o receio ocorre: será que ainda não se lembraram de as destruir?, de fazer ali uma rampa de acesso à praça ou para os skaters se divertirem?
Sigo até ao Central e olho em volta. A loja do sr. Pina, a loja do sr. David, o Melo, a loja do Mariano, a padaria do Jeremias, o telefone dos automóveis, a farmácia Leitão. Não há nada que me desperte recordações.
Quê? Mas o que é aquilo ali? Sim, ali perto do telefone e da loja do Jeremias. Aquele cubiculozinho.
Ali, era a leitaria do Guerra.
Temos tema. É dela que vamos falar num dos próximos posts.

sexta-feira, junho 18, 2004

Fado
Chego a casa com os magníficos livro e disco do Público.
Recordo as três divas que vos falei esta manhã. Gosto delas, gosto de as ver mesmo sem as ouvir.
Mas este disco com fados da nova geração é bem diferente. "Amor de Mel, Amor de Fel". Adoro a Kátia Guerreiro, é mesmo para ver e ouvir.
Alguém escreveu
Tu comoves-me, pá. Ainda me fazes chorar!
Mas ao falar do Central nunca esqueçam Joaquim Espada e a sua acção pedagógica, formativa, amiga, oureense. Pelo menos eu beneficiei muito dessa faceta.
Abraços
Sérgio, a pessoa melhor colocada para o recordar és tu.
Dar-me-ias uma grande honra se o fizesses aqui, com um post.
Como fazer?
Um texto dos teus em quatro parágrafos. Envias-me para aquele mail que já conheces e eu responsabilizo-me por aqui o colocar com a devida explicitação de autor.
Festas de Ourém
Associando-nos ao espírito de paz social patente nas festas da nossa terra que há pouco começaram e, para marcar todo o apoio do Blog d’Ourém às mesmas, prometemos fabulosos prémios a todos os que responderem certo às seguintes perguntas:
1. Quem é o oureense que aparece na forografia do Café Central?
2. Quem são os oureenses de que se fala em:
Pi-Pi, Uma história de amor, Interrogações, Bem-feito, O tiro saiu pela culatra, Mata-borrão, Uma chegada imponente?
3. Quem é o aspirante Sampaio?
Só se aceita uma resposta por participante que deve identificar-se com email para contacto relativo a prémios.
Em qualquer contexto, quer acertem quer errem, não será publicada a solução. Será, no entanto, elaborada uma classificação.
O período para respostas, que podem ser enviadas para aqui, termina no momento da inauguração do mercado municipal, indo envidar-se todos os esforços para os prémios serem distribuídos por uma das altas individualidades presente em tão significativo acontecimento.
Apanhei-o
Vejam esta maravilha proveniente de helvética criatura às riscas
Temos de chegar aos quatro dígitos
Há pouco estava nos 998.
Vamos lá, façam um esforçozinho. Quero chegar ainda hoje aos 1000 visitantes.
Aquele que chegar a esse número que deixe aqui um comentário.
Terá magnífico prémio.
UM quiosque
A concentração capitalista que se opera em Fátima, mas que pode estender-se a outros locais, e a troca de impressões no Castelo sobre as festas de Ourém deram-me uma ideia excelente.
Vou montar um quiosque no centro da praça Dr. Agostinho Albano de Almeida.
Não se lembram? Havia um bem engraçado junto do edifício da Câmara. Talvez os seus restos ainda existam e possa transladá-los para lá, recuperando-o.
Aí encontrareis produtos magníficos para vosso regalo: banca de jornais, secção de totojogos, palhete de Ourém, bicas e todas as maravilhas que a vossa imaginação determine.
Vou rodeá-lo de magnífica esplanada de acordo com todos os requisitos legais para local tão importante. Quero lá saber se implicam avultado investimento, eventualmente não recuperável, o que importa é o que os olhos vêm.
No dia da inauguração, actuarão, em palco especial para o efeito, três divas que muito prezo: Ágata, Romana e Ruth Marlene.
Central e Belle Époque cuidem-se! Vão ter concorrente de peso à perna.

quinta-feira, junho 17, 2004

Concentração capitalista em Fátima
Fátima foi durante muito tempo um fenómeno glocal.
A sua mensagem é o testemunho da sua característica de global. Ela estendeu-se por todo o mundo, ela afectou todo o tipo de pessoas. Eu próprio fui influenciado, pois cercou-me desde tenra idade. E, mesmo hoje, quando entro naquele santuário, sinto como seria bom para a minha consciência ter algo como o que surgiu aos pastorinhos e lhes retirou todas as dúvidas sobre o sentido da sua efémera existência. E como gostaria de ali me encontrar com Cristo que todos afirmam ter sido o primeiro comunista consciente. Ele que recomendava a igualdade e a partilha, o que se celebra na missa a que o praticante assiste regularmente com o objectivo de procurar o reino do céu, esquecendo, por vezes, que ele só faz sentido se primeiro for construído na terra.
Mas se Fátima era global na perspectiva da sua mensagem, era muito específica na sua prática local. As famílias habituaram-se a produzir pequenos serviços de habitação e a disponibilizá-los aos peregrinos. Muitos recebiam o peregrino como se de um familiar se tratasse. Pouco a pouco foram aproximando das suas casas objectos de culto que vendiam ao preço que melhor podiam, conferindo à religião um carácter por um lado amistoso, por outro, um tanto mesquinho.
Tinha-se assim uma pequena produção de serviços que era complementada pela restauração. Com o tempo tudo foi mudando, lá e à sua volta.
De Fátima ainda recordo as oliveiras e azinheiras que enchiam aqueles sítios onde hoje se vêm caixotes sobre caixotes para pessoas receber, numa mescla desordenada que revela bem o caos urbano que ali se instalou. Por todo o lado surgem atropelos ao que pode ser considerado o desfrutar decente de uma povoação, apesar de ainda restarem pequenas pérolas de que é exemplo a Via Sacra para os Valinhos.
E é neste meio que surge há um ou dois anos a notícia: "o número de visitantes está a diminuir". Mas, coisa estranha, uma notícia veiculada pelo Castelo indica-nos que o número de camas aumenta. Estarão os deuses loucos? Em termos economicistas simplistas dir-se-ia: "a procura diminui, mas a oferta aumenta". Que comportamento mais estranho da parte dos agentes económicos!
Simultâneamente, a superestrutura jurídico política, expressa no poder autárquico, adapta-se e eis dois elementos novos curiosos:
- leis que estavam na gaveta e não eram aplicadas há anos a deverem ser respeitadas pelo comércio e pela exploração de quartos
- normas veiculadas pela integração europeia com novas exigências relativas à produção de serviços de habitação, restauração e comércio.
E a consciência que se tem disto é a seguinte: os mais fracos, aqueles que encontram aqui um meio para subsistir e não para investir, não vão aguentar. Vão ser proletarizados. Vai-lhes acontecer o mesmo que ao pequeno comércio quando sofreu o impacto das grandes superfícies. Vai repetir-se o que já aconteceu à pequena produção independente e que foi descrito no capítulo dedicado à acumulação primitiva que pode ser lido em O Capital.
Resumindo, o que se passa hoje em Fátima já foi descrito por Marx há uns cento e cinquenta anos. Trata-se do processo de concentração capitalista que agora surge no contexto mais largo da construção europeia e com todos os seus reflexos ao nível do político e do ideológico que ali estão para o apoiar.
Desmascarado (continuação)
Caros Sérgio Ribeiro e Jorge Cardoso,
Se quiserdes, podeis prosseguir aqui os vossos simpáticos comentários.
E se esgotarem as possibilidades, eu abrirei novo "desmascarado".

quarta-feira, junho 16, 2004

Ganhámos
Durante hora e meia parecia que tinham desaparecido as contradições sociais neste país.
Foi bonito. O Estado esteve quase a extinguir-se.
Domingo, volta a ilusão. Esperemos que a realidade não seja semelhante à da Coreia.
A estranha aliança
Intervalo.
Ganhamos por 1-0. Há pouco, o Otchi foi espulso. Aquilo não está fácil.
E aqui estamos nós nesta estranha aliança: eu, de braço dado com os meus irredutíveis inimigos, contra a armada russa. Então um adepto deles, descarado, não desfraldou ainda há pouco uma bandeira com o Ulianov frente ao estádio da Luz?
Vamos lá, é preciso ganhar. Amanhã, o nosso primeiro terá aqui outro fundamento para anunciar a retoma.
O Regresso dos Heróis
Falta cerca de meia hora.
A bandeirinha já lá está a anunciar o nosso apoio.
Na Parede, o trânsito cresce com as pessoas possuídas daquela necessidade de ver tudo desde o primeiro minuto. Quando tudo começar um estranho silêncio invadirá o ambiente.
É um simples jogo de futebol, como diz o nosso amigo de Santa Cita e nós estamos de acordo.
Mas vou puxar pelos nossos, não há mal nenhum nisso pelo menos durante hora e meia.
Não faço previsões, da outra vez deram azar. Agora, nada pode falhar!
Posts
Só sei que hoje avisei que não haveria posts.
Afinal voltei.
Já nem sei se amanhã avisarei se posts haverá ou não.
Houve um adiamento
Carla
Ainda me lê?
Ou emigrou você?
O Castelo noticia
"Proibida exposição de artigos religiosos nas ruas de Fátima"
Também estou de acordo por todos os motivos invocados.
MAs pergunto: se isto fosse sujeito a um referendo local será que iria para a frente?
Boas recordações
sf, PIM-PAM-PUM era o nome de um magnífico suplemento que eu lia no Século há uns 50 anos.
O dever chama-me
Hoje não há posts.
Sérgio, li o teu recado. Boa viagem e bom trabalho.

terça-feira, junho 15, 2004

Férias
A partir do próximo fim de semana, vou fazer quinze dias maravilhosos na magnífica ilha de Tavira.
Abaixo a poluição!
Talvez leve o portátil.
Assim, poderemos comunicar sempre, mas compreenderão com certeza que, alguma vez, falte ao encontro.
Blog d’Ourém
Não fui eu quem atribuiu este nome a esta coisa. Mas aceito-o.
Recorde-se o que é um blog: algo em que alguém põe os seus pensamentos eventualmente sujeitando-os a comentários.
Isto não é um jornal.
Por opção, não escrevo no Notícias de Ourém nem no Ourém e seu Concelho.
Não estou interessado em falar para as massas, isto é o meu blog, onde me exponho naquilo que me foi muito querido. Quem quiser lê, quem não quiser não lê.
Falo, como sempre disse, para distintos oureenses, melhor, para os que dentre eles quiserem ler. A liberdade é total. Mas se a infinita e natural curiosidade de alguèm a faz vir aqui dar uma espreitadela, sujeita-se ao que lê e tem de acreditar numa coisa: não estou a criticar ninguém, é apenas o que penso. E, nesta perspectiva, não me é indiferente que ande desordenado a fazer-me penar pelas noites sem dormir, ou que fique descansado em formato digital devidamente arrumado.
Emigrar?
Quem me dera.
Quem me dera emigrar para a Ourém da minha juventude...
Rever o Amândio, o Oliveira, o Trinca Espinhas...
Ficar por lá eternamente, na casa do Largo de Castela, no Colégio Fernão Lopes...
Mas os meus poderes são muito limitados, não posso retornar no tempo a não ser recordando. Por isso, Carla, fica condenada a ler-me para todo o sempre.
Estatísticas
E, de um dia para o outro, as estatísticas dispararam. Num instante, passámos de 20 acessos diários para 60, uma taxa de crescimento na ordem dos 200%. Melhor que o PS.
É óbvio que tudo isto foi motivado pelo especial dia de ontem, ânimos quentes com o resultado das eleições. Como tal, não é significativo.
Formiguinha poluidora
Mas quem deve sofrer os resultados de uma determinada política? Obviamente os que, avisados e conscientes, votaram nela.
Sei bem que isso é impossível. Sei bem que não me posso pôr de fora, mas...
quando vejo os combustíveis a subir incessantemente...
quando sinto o salário a decrescer, trabalhando mais...
quando vejo o aumento do desemprego...
quando passo anos e anos sem médico de família e sem consulta no posto médico
quando vejo toda a miséria associada à política que nos domina...
sinto vontade de lançar esta maldição aos que os apoiaram.
Desmascarado
Tinha a secreta esperança numa lista de independentes para conquistar a Câmara.
Tinha planeado alterar a inscrição eleitoral, recenseando-me pela terra que tanto gosto, mas que, ao mesmo tempo, tanto desconheço pois estou afastado dela há muitos anos.
De repente, apareço a toda esta gente como perigoso comuna.
Que ideia mais falsa os meus amigos podem ter.
Nunca estive inscrito num partido político desde a magnífica data do 25 de Abril.
Sempre fui o mais anti-comunista possível relativamente ao fantasma de comunismo que as pessoas tanto temem e que se pode traduzir no fim das liberdades, no assalto à propriedade privada e em feroz controlo estatal.
Isso não me impediu de, em eleições, apoiar um homem coerente, lutador, bom e acima de tudo, honesto. Fi-lo porque o conhecia, independentemente do seu partido e também porque me dei ao trabalho de ler o programa da coligação que o suportava. Mas só votei nele porque, infelizmente, em eleições, apenas podemos escolher uma das opções, o que eu gostava era de ter três votos. No final saudei-o, mas não esqueci o candidato do Bloco nem deixei de apreciar a vitória do PS.
É no verdadeiro entendimento destas forças, que pode e deve estender-se a independentes e a sociais democratas no verdadeiro sentido da palavra, que reside a solução para Ourém e para o Mundo.
Cheguei!
Dormi impaciente pelo amanhecer para ver os magníficos comentários dos meus fervorosos admiradores.
Do meu escritório, a partir do qual domino o Tejo, folheio os posts do blog. Lá ao fundo uma canoa de vela erguida lembra-me o magnífico Carlos do Carmo.
Afinal só me apareceu um comentador, ainda por cima disfarçado de Fantasma.
Confesso que nunca simpatizei muito com esta figura de Lee Falk e Ray Moore.

O cão que o acompanhava não tinha piada nenhuma e a noiva não se podia comparar a uma Dale, a uma Narda ou a uma Lucy.
Apreciava bem mais o MAndrake sempre cheio de truques para enganar poderosos bandidos.
Mas que diz o nosso amigo FAntasma?
- Que eu apoio a esquerda mesmo que lá esteja um burro...
- Que confundo partidos com pessoas...
- Que vomito ódio...
- BBBUUUUUUUU....
Nada disto é verdade, exceptuando possívelmente aquele suspiro. Mas o Fantasma tem uma particularidade que me leva a respeitá-lo: não ofendeu, disse o que pensava.
Numa manhã que talvez não seja tão animada como a de ontem, algumas passagens dos próximos posts são para ele.

segunda-feira, junho 14, 2004

Actas da Câmara
Folheio a acta de 24 de MAio e vejo lá:

PERÍODO DE ANTES DA ORDEM DO DIA
Nos termos do artigo 86.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, o Excelentíssimo Presidente deu seguidamente a palavra aos Senhores Vereadores para tratamento de assuntos gerais para a autarquia.
Intervieram durante este período os Vereadores Senhores Dr. Avelino da Conceição Subtil e Dr.ª Maria de São José Pereira Gil Ferreira, que apresentaram a proposta que se passa a transcrever: “Existe na Rua S.ta Teresa de Ourém, nas imediações da Escola Básica do 1.º Ciclo de Ourém e da Escola Profissional uma fonte centenária em evidente estado de degradação.
Estando o uso para o fim que foi construída ultrapassado, não deixa de ser um marco da nossa história colectiva que merece ser preservado.
Assim, propõem os vereadores do P.S. que seja equacionada a sua preservação e conversão, valorizando o espaço envolvente em que se insere, permitindo a sua utilização didáctico/pedagógica.”

A CÂMARA DELIBEROU, POR UNANIMIDADE, JUNTAR A PRESENTE PROPOSTA AO PROJECTO DE BENEFICIAÇÃO DA RUA SANTA TERESA DE OURÉM E INCUMBIR A DIVISÃO DE ESTUDOS E PROJECTOS DE TER A MESMA EM CONSIDERAÇÃO.

São e Avelino, deram-me uma grande alegria. Obrigado!
Fred, cuidado!
Anda para aí gente a disfarçar-se...
Legislativas antecipadas?
Vem no Público que o PCTP/MRPP quer legislativas antecipadas.
Confesso que discordo.
Acho que a coligação deve ir até ao fim do mandato.
Deve afundar-se ainda mais. Isso permitirá que se pense calmamente em soluções para o país e que ela perca mais votos para a esquerda de modo a evitar igualdades do tipo 115 contra 115.
Dirão: mas assim o país continuará a afundar-se. É possível, mas penso que só isso tornará transparente, em certas zonas, quanto estes indivíduos são perniciosos.
Não poluo mais o blog dos outros
Está decidido.
Só porei qualquer coisa no Castelo quando for algo de positivo.
Se querem chatear-me, ponham aqui os comentários. Aqui, tenho a certeza de que o que é assinado com o meu nome em posts é meu. Além disso, sempre melhoram as estatísticas.
Vem isto a propósito de alguém ter utilizado, no CAstelo, o meu nome num comentário para brincar com o Sérgio Ribeiro. Quanto aos outros, entre as 8.00 e as 12.00 podem acreditar que foram todos meus.
Nem me admiro que tenha sido esse famigerado Júlio. Foi quase à mesma hora...
Nossa Senhora da Piedade
Nunca achei piada a esta designação.
Ao que me consta é aqui que está a minha Ourém.
Mais um bocadinho, e a esquerda será maioritária, posso respirar aliviado.
Espite, Formigais, Freixianda, Olival, Nossa Senhora das Misericórdias, Rio de Couros, Matas
Diria o Haddock: com trezentos milhões de formiguinhas que andam a poluir aqueles olivais e matas!!!
Não há misericórdia para eles. Que a real política da coligação se abata sobre eles!
Cercal
Curiosa votação.
A coligação leva logo 81%, a abstenção baixou para os 48%.
O PS conseguiu uns envergonhados 11%, o Bloco teve 3 votos e o Sérgio levou 0 votos.
Que raio de ódio de estimação é este para aqui?
Haverá efeito cacicagem?
Caxarias
Mas não é a Teresa que é daqui?
54% de votos à direita e mais 68% de abstenção...
Teresa, o que é que fizeste por lá para eles embirrarem tanto com o pessoal?
Só espero que o campo de golfe seja mesmo designado por Campo de Golfe de Fátima. Pelo menos, acho que a estação de comboio já não se livra da designação do vizinho.
Agora lembraram-se da Dona Mécia. Ah! Ah! Ah!
E o pessoal de Caxarias não consegue impor o nome da sua terra. Só para não ofenderem a coligação que tanto apoiam.
Alburitel
Apesar de ser a terra do professor, não foi mau de todo.
A abstenção foi das menores.
Com mais um esforçozinho, aquilo está quase... Alburitel não será o exemplo de que: "com subsídios e bolos se enganam os tolos"
Gondemaria
Terra do magnífico arroz de cabidela. E lembro-me de lá ter provado um excelente vinho branco.
Mas nem com as constantes visitas do pessoal de Ourém que lhes viabiliza o negócio, eles mudam.
Vitória da coligação quase nos 80% e ainda faltaram 65% das abstenções. Uma autêntica desgraça...
Fátima
A coligação com cinco vezes mais votos que o PS!!!!
Senhor, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem...
Apressem-se, apressem-se a ser concelho.
Por que é que o Sampaio se lembrou daqueles disparates?
Seiça
Um verdadeiro oasis...
Já há uns trinta anos, quando eu andava por Ourém, era assim.
Nessa altura dizia-se: Seiça é vermelha!
Pessoal, vocês são um bom exemplo. Se mudarem, lembrem-se sempre de alguma alternativa à esquerda.
Casal dos Bernardos
Credo!
Os meus olhos não podem crer no que estão a ver.
Zé Pereira, como consentes tu aquilo?
Foi para isso que andaste na FEC-ml, no Grito do Povo?
Toca de ir para a tua terra fazer trabalho de base!
E o Oliveira?
Donde é que era o OLiveira que não me consigo lembrar?
Se calhar de Ribeira de Farrio...
Abençoadas chapadas que o Dr. Armando te espetou.
Urqueira
Terra do Amândio que todos os dias vinha de bicicleta para o CFL.
Um dia, distraiu-se, travou com o da frente, fez o pino em cima do guiador e apareceu cheio de mazelas.
Foi o castigo antecipado pelo desaforo que se passa na tua terra e pelo qual possivelmente és responsável!
Atouguia
A terra do velho amigo Trinca Espinhas que já não vejo há uns 40 anos abandonado que foi o CFL.
Estive a ver os resultados viabilizados pelo Castelo e acho aquilo algo de insólito e incrível. Nem com o dobro dos votos o pessoal lá chega...
Trinca Espinhas, como é que tu e a tua irmã consentem tal desaforo? Serás tu um dos responsáveis? Estás contente com a obra?

domingo, junho 13, 2004

Boa vitória
Irmãos de esquerda, parece que vem aí boa onda.
O PS sózinho deve chegar para eles. Oxalá o Ferro recorde os velhos tempos do MES.
EStou contente pelo Sérgio e pelo Miguel. ESperemos que a Odete impeça que entre mais algum da coligação e que nas legislativas ainda seja melhor.
Isto é que é espírito de unidade...
e-desinteresse
E o Fred argumenta relativamente à nossa ideia da e-assembleia:
É uma idéia que pode resultar. No entanto, duas razões para pensar que isso irá ser difícil: por um lado, a câmara não deverá concordar com a coisa, uma vez que diálogo, e-democracia, são conceitos que não lhes interessam. Por outro, a taxa de utilização da Internet em Ourém e concelho não é lá grande coisa. Os leitores dos blogs oureenses ainda são uma minoria dentro da população concelhia.
Mais uma vez, eu acho que o Fred tem razão. Mas, reportando-nos ao primeiro argumento, há que reconhecer que esta prática do responsável autárquico não é a melhor para o nosso concelho. Para o demonstrar consultemos a entrevista hoje publicada no jornal Público com o académico Derrick De Kerckhove onde este afirma:
a minha experiência no Canadá diz-me que o Governo adoptou a internet com entusiasmo. Foi um dos primeiros a dotar as escolas com ligações à rede; tem uma das mais avançadas estruturas de "e-government"; e também tem uma das experiências mais interessantes nos mais recentes desenvolvimentos do uso da rede para fins políticos… Os serviços governamentais na internet são tão bons que no Canadá os eleitos estão a tornar-se menos relevantes. E porquê? Porque as pessoas contactam os serviços sem passarem por eles.
O receio de os problemas de Ourém serem sujeitos a uma e-discussão só faz sentido quando se acredita que o poder é eterno. Deste ponto de vista, Ourém e a Madeira têm uma parecença muito marcante. Mas que ninguém duvide que alguma vez isto mudará. Ou o PS, ou independentes, ou uma coligação à esquerda, mais acto menos acto ganhará eleições em Ourém. E então as forças actualmente no poder, então perdedoras, poderiam desfrutar de uma ferramenta que conheceriam tão bem ou melhor que os outros.
Uma última nota para comparar este e-desinteresse com o facto de, no Alandroal, o encontro de blogs programado para 3 de Julho ser entusiasticamente apoiado pela autarquia.
E talvez fosse bom Ourém apoiar o comboio digital sem se sujar muito mais do ponto de vista industrial.

Pi-Pi


Voltemos ao CFL.
Vamos falar de uma professora que nos deixou uma deliciosa recordação nos dois ou três anos que precederam o formidável calhambeque do Roberto Carlos.
Residente no centro de Ourém, utilizava um carrinho verde, julgo, para se deslocar para o colégio. A velocidade era moderada, dava a sensação que nunca ultrapassava os 20km/h e que não passava da segunda velocidade. De dez em dez metros, anunciava a sua presença com fortes buzinadelas para afastar algum incauto transeunte ou algum cãozito que, vendo o seu andamento, se atrevia a desafiá-la para uma corrida até à curva junto à casa do Zé Canoa.
Ensinava (e bem) Físico-Químicas, Botânica e Ciências Naturais. Foi nesta última matéria que consegui pela primeira vez a classificação máxima num teste, que durante anos tinha perseguido infrutiferamente. Tratava-se daquele tema em que se estudavam os mamíferos, as aves e aquelas ordens todas que o esquecimento já levou.
E quando o ambiente na magnífica sala do CFL era de todo insuportável devido a efervescência desobediente dos alunos que mereceria muito mais do que um valente abanão, ouvia-se a sua voz, com um misto de carinho e repreensão, numa frase que, neste momento, todos os que a conheceram decerto recordam:
- Que coisa! Vocês são de uma impertinência única.
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